Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 187 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 187 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Repensar as políticas educativas do turismo
Página 1 de 1
Repensar as políticas educativas do turismo
O que se faz hoje tem reflexos no futuro, sempre. Este senso comum estende-se aos mais variados aspectos da nossa vida, enquanto cidadãos, profissionais, enquanto membros de uma comunidade. E, por isso, o seio académico também reflecte as alterações que, ao longo do tempo, se têm verificado quer por via dos processos de ensino/aprendizagem como por via do crescimento da massa estudantil.
Se analisarmos a dinâmica do sistema de ensino superior em Portugal podemos concluir que o mesmo tem conhecido, nas últimas décadas, profundas alterações. Um dos momentos históricos foi em 1974, com a grande expansão e diversificação da oferta formativa para a qual contribuíram o aumento das instituições de ensino superior (IES) e a criação de um sub-sistema politécnico público e a abertura à iniciativa privada.
Assistimos, sem que tenha havido uma regulamentação eficaz por parte do Estado, ao aparecimento de novas instituições, novos programas e áreas de ensino e formação. E a verdade é que este excesso de oferta provocou uma necessidade de racionalização, principalmente pelas consequências resultantes da questão demográfica que assola o nosso país.
Actualmente verifica-se uma reestruturação na rede, orientada ‘espontaneamente’ pelas IES, ao nível da oferta formativa, através do encerramento de ciclos de estudos e pela fusão de outros entre várias instituições. No entanto, se analisarmos o panorama desta oferta concluímos certamente que a palavra ‘excesso’ permanece no horizonte.
Vejamos o caso da oferta formativa em turismo. Um estudo recentemente elaborado por Manuel Salgado (Instituto Politécnico da Guarda) em termos de distribuição geográfica destaca a concentração dos cursos do sector privado nas regiões Norte (10 cursos) e de Lisboa (nove cursos). Existem ainda no Algarve (dois cursos), na região Centro (um curso) e na região da Madeira (dois cursos), perfazendo um total de 24 cursos. Por outro lado, o sector público continua a revelar uma maior dispersão. Assim, a região Centro inclui 19 cursos, a região de Lisboa possui nove cursos, bem como a região Norte, mas com os nove cursos distribuídos por seis unidades orgânicas; o Algarve e o Alentejo registam ambos 3 cursos; e os Açores com 1, perfazendo o total de 44 cursos.
Parece-me claro que o número de cursos é alto para um país com a nossa dimensão, dando origem a uma certa dispersão que, inevitavelmente, acentua a falta de especialização de projectos educativos, obrigando a curto prazo a uma reorganização da oferta formativa.
Perante este panorama, a maior universidade privada portuguesa fez significativos avanços em várias áreas, nomeadamente no turismo. Assim, reestruturou o Departamento de Turismo por forma a definir uma estratégia integrada e articulada entre todas as escolas do grupo, a nível nacional e internacional, possibilitando não só uma maior mobilidade a todos os estudantes e com uma mais rica e consolidada complementaridade nas suas múltiplas ofertas de aprendizagem. Por outro lado, houve necessidade de uma utilização mais eficiente dos recursos disponíveis.
Assim, e voltando às dinâmicas que tão bem têm caracterizado o ensino em Portugal, penso que as restruturações inerentes à oferta formativa do turismo ao nível do ensino superior deveriam ser estudas de uma forma que abrangesse toda a lógica do território português.
*Directora do Departamento de Turismo do Grupo Lusófona
Mafalda Patuleia* | 22/07/2015 15:29
SOL
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin