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Oportunidades de emprego na noite das eleições
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Oportunidades de emprego na noite das eleições
Por habilidosos que sejam os speech writers que trabalham para os líderes partidários, o anúncio dos resultados das eleições legislativas testará os limites da sua criatividade.
Por mais habilidosos que sejam os speech writers que trabalham para os líderes partidários, o anúncio dos resultados das eleições legislativas testará os limites da sua criatividade. Por melhor que seja a retórica dos discursos da noite eleitoral, a matemática permitirá demonstrar facilmente que não será possível todos os partidos reivindicarem uma vitória eleitoral.
A esta distância de 4 de Outubro, atrevo-me a prever duas consequências depois de anunciados os resultados: uma mudança das lideranças partidárias e, directamente relacionada com esta mudança, uma nova vaga de candidatos presidenciais.
Haverá líderes partidários que se verão forçados à demissão logo na noite das eleições (seguindo o recente exemplo das eleições britânicas), haverá challengers, que ainda antes do anúncio da demissão dos líderes partidários a exigirão, assim se posicionando para a sucessão, e haverá processos institucionais de escolha de novas lideranças, com congressos, directas, votações na internet, e tudo o que permita escolher novos líderes para uma travessia do deserto que as sondagens prognosticam vir a ser de curta duração, já que será pouco provável a formação de um governo maioritário.
No Largo do Rato qualquer resultado que não seja uma vitória eleitoral obrigará a uma mudança de liderança a seco, com as limitações de a nova liderança não ter sido testada na governação e de vir a ser recrutada a partir de um grupo de profissionais da política nascidos na JS, criados nos gabinetes governamentais e crescidos na Assembleia da República.
Passos, seguindo a tradição do PSD, não preparou um sucessor. Relvas nunca foi um delfim, foi antes parte do molde que o enformou na liderança do PSD. A fazer fé na imprensa, Rio já terá optado por Belém;Jardim descobriu recentemente o Facebook e não deixará de tentar a sua sorte. As diversas baronias (cavaquistas, barrosistas) não deixarão de tentar influenciar o processo de escolha de um novo líder. E, claro, também no PSD se espera que possa surgir alguma renovação geracional.
Em caso de derrota da coligação, será o momento para uma mudança de liderança no Largo do Caldas. Haverá PP para além de Paulo Portas? A passagem pelo governo consolidou o potencial de uma nova geração de líderes do PP, mas mostrou também que nenhum dos putativos líderes se destacaria ou estaria em condições de federar os restantes.
Nos pequenos partidos à esquerda, com a excepção do PCP, os resultados dificilmente permitirão celebrações por parte das lideranças. A renovação será temporariamente refreada em caso de vitória do PS, com a possibilidade de acordos pontuais no parlamento.
A segunda consequência dos resultados das eleições legislativas será a tentativa, por parte de vários líderes partidários derrotados, de encetar uma fuga para a frente e de se apresentarem como candidatos presidenciais.
Marcelo Rebelo de Sousa explicará, mais cedo ou mais tarde, de forma cientificamente desinteressada, que os líderes partidários derrotados em eleições legislativas não podem dar bons candidatos presidenciais. Não só a história desmente tal raciocínio, como a tendência para transformar as presidenciais num reequilíbrio dos resultados das legislativas poderá potenciar as possibilidades presidenciais dos candidatos derrotados nas legislativas.
Costa, Passos e Portas são potenciais candidatos à Presidência da República. Afinal, Belém continua, ‘à contre--coeur’, a atrair os pesos pesados da política lusitana. Ainda bem.
Escreve à sexta-feira
Mário João Fernandes
24/07/2015 08:00
Jornal i
Por mais habilidosos que sejam os speech writers que trabalham para os líderes partidários, o anúncio dos resultados das eleições legislativas testará os limites da sua criatividade. Por melhor que seja a retórica dos discursos da noite eleitoral, a matemática permitirá demonstrar facilmente que não será possível todos os partidos reivindicarem uma vitória eleitoral.
A esta distância de 4 de Outubro, atrevo-me a prever duas consequências depois de anunciados os resultados: uma mudança das lideranças partidárias e, directamente relacionada com esta mudança, uma nova vaga de candidatos presidenciais.
Haverá líderes partidários que se verão forçados à demissão logo na noite das eleições (seguindo o recente exemplo das eleições britânicas), haverá challengers, que ainda antes do anúncio da demissão dos líderes partidários a exigirão, assim se posicionando para a sucessão, e haverá processos institucionais de escolha de novas lideranças, com congressos, directas, votações na internet, e tudo o que permita escolher novos líderes para uma travessia do deserto que as sondagens prognosticam vir a ser de curta duração, já que será pouco provável a formação de um governo maioritário.
No Largo do Rato qualquer resultado que não seja uma vitória eleitoral obrigará a uma mudança de liderança a seco, com as limitações de a nova liderança não ter sido testada na governação e de vir a ser recrutada a partir de um grupo de profissionais da política nascidos na JS, criados nos gabinetes governamentais e crescidos na Assembleia da República.
Passos, seguindo a tradição do PSD, não preparou um sucessor. Relvas nunca foi um delfim, foi antes parte do molde que o enformou na liderança do PSD. A fazer fé na imprensa, Rio já terá optado por Belém;Jardim descobriu recentemente o Facebook e não deixará de tentar a sua sorte. As diversas baronias (cavaquistas, barrosistas) não deixarão de tentar influenciar o processo de escolha de um novo líder. E, claro, também no PSD se espera que possa surgir alguma renovação geracional.
Em caso de derrota da coligação, será o momento para uma mudança de liderança no Largo do Caldas. Haverá PP para além de Paulo Portas? A passagem pelo governo consolidou o potencial de uma nova geração de líderes do PP, mas mostrou também que nenhum dos putativos líderes se destacaria ou estaria em condições de federar os restantes.
Nos pequenos partidos à esquerda, com a excepção do PCP, os resultados dificilmente permitirão celebrações por parte das lideranças. A renovação será temporariamente refreada em caso de vitória do PS, com a possibilidade de acordos pontuais no parlamento.
A segunda consequência dos resultados das eleições legislativas será a tentativa, por parte de vários líderes partidários derrotados, de encetar uma fuga para a frente e de se apresentarem como candidatos presidenciais.
Marcelo Rebelo de Sousa explicará, mais cedo ou mais tarde, de forma cientificamente desinteressada, que os líderes partidários derrotados em eleições legislativas não podem dar bons candidatos presidenciais. Não só a história desmente tal raciocínio, como a tendência para transformar as presidenciais num reequilíbrio dos resultados das legislativas poderá potenciar as possibilidades presidenciais dos candidatos derrotados nas legislativas.
Costa, Passos e Portas são potenciais candidatos à Presidência da República. Afinal, Belém continua, ‘à contre--coeur’, a atrair os pesos pesados da política lusitana. Ainda bem.
Escreve à sexta-feira
Mário João Fernandes
24/07/2015 08:00
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