Declaração de interesses

Eu, Frederico Duarte Carvalho, jornalista e escritor, nascido no Porto em 1972, declaro ter todo o interesse em viver em liberdade. Contudo, tenho consciência de que desde o dia 25 de Novembro de 1975 vivemos um sistema de partidocracia desenhado em Washington com o apoio da Internacional Socialista, nomeadamente o núcleo duro daquilo que é hoje o poder de Bruxelas.

É do meu interesse que todos os portugueses tenham consciência de que hoje não somos livres, pois fomos usados para fazer parte de uma União Europeia que nasceu com o fim único de unir a Alemanha desunida após a Segunda Guerra Mundial e promover a união económica do centro da Europa.

É do meu interesse pessoal que todos os portugueses tenham consciência de que o início da Guerra do Ultramar, o golpe de 25 de Abril e a descolonização, corresponderam a vontades militares da NATO para atingir a união da Europa e que hoje Portugal é um país “dócil” e domesticado, sem força moral ou diplomática que consiga colocar entraves a políticas economicistas e expansionistas das potências dominantes. É do meu interesse pessoal viver num país onde as pessoas conheçam a sua história passada para que possam ter um futuro. Se souberam as origens, poderão perceber que têm nas suas mãos as chaves para resolverem os problemas atuais e obter um melhor futuro para si e os seus. Como jornalista e escritor foi sempre o meu trabalho, missão, vontade, dedicação, empenho e esforço, procurar trazer à luz do dia as histórias mais esquecidas ou escondidas. Aquelas que nos iriam permitir ser senhores do nosso destino. Foi assim que investiguei e escrevi livros sobre casos como Camarate e Bilderberg.

Arrisquei pessoalmente e profissionalmente a minha carreira nesse sentido porque sempre foi do meu interesse pessoal viver num país onde os meus compatriotas fossem pessoas com capacidade de raciocínio, dotadas de conhecimentos que os pudessem levar a discutir os assuntos de forma informada e livre. Só assim é que eu também poderia prosperar. Nunca foi do meu interesse pessoal sobreviver graças à exploração da ignorância do meu semelhante. Sei que seria muito mais próspero hoje se tivesse estômago para enganar os outros. Ma, decididamente, não sei nem tenho jeito para isso. Sei que com pessoas cujos interesses sejam idênticos aos meus, podemos ter um papel ativo na Europa e não ficar apenas sentados nas reuniões com sentimento de vergonha por parecer que somos preguiçosos. Não quero ter de mendigar migalhas, quero ser parte das negociações em pé de igualdade. É do meu interesse pessoal que assim seja. É do meu interesse pessoal que isso seja do interesse pessoal de todos os portugueses. Estou disposto a agir e não deixar que estas minhas palavras sejam apenas palavras.

Por isso, vou ser candidato a deputado pelo MPT. Para quem me conhece há mais tempo sabe que fui militante do PPM durante quase 10 anos e saí para ajudar a fundar o Livre. Contudo, a experiência no Livre não me satisfez naquilo que julgava ser algo mais abrangente. Daí que sendo o MPT um partido fundado também por Gonçalo Ribeiro Telles – que também estivera na fundação do PPM -, aceitei avançar para um projeto liberal, mais responsável e livre do que esta social-democracia, centrismo e socialismo de cariz conservador e pouco equilibrado.

Acredito num Estado que seja um árbitro entre os interesses privados e públicos. Não acredito nas soluções radicais à esquerda ou à direita, sobretudo naquelas que dizem que não há esquerda nem direita. Há. Mas, isso faz parte do equilíbrio do ser humano que é tudo ao mesmo tempo.

É do meu interesse pessoal lutar contra o poder económico sem rosto que domina a livre iniciativa, destrói a classe média, vive do medo da pobreza, domina as mentes mais reivindicativas, divide pais contra filhos, afasta os melhores do futuro do país, é injusto nos impostos e nas taxas a aplicar, não promove o investimento privado, não educa os futuros donos do país. É do meu interesse pessoal lutar contra tudo isto. Espero que seja igualmente do interesse pessoal de muitos outros. Se for esse o seu caso e se ainda não souber em quem votar, fica aqui a sugestão de alguém que decidiu fazer algo. Obrigado.

Frederico Duarte Carvalho
Jornalista e escritor

Por Oje
Data:Julho 28, 2015