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Perversão administrativa
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Perversão administrativa
Permito-me começar por reiterar a minha enorme admiração por muitos filmes e autores do atual cinema americano, desde a produção dos grandes estúdios até ao minimalismo dos independentes. Isto porque não quero ser empurrado para as teias políticas e simbólicas do antiamericanismo primário que por aí circula. Em todo o caso, a indigência criativa de um filme como Pixels dá que pensar... E, antes do mais, por razões financeiras: como é possível que, no mero plano da gestão industrial, alguém tenha dado luz verde (leia-se, neste caso: 88 milhões de dólares!) a um filme que, da banalidade dos efeitos especiais à mediocridade da organização narrativa, nem sequer satisfaz os padrões básicos do lendário know-how de Hollywood? O caso de Pixels é tanto mais patético quanto, na origem, terá sido motivado por uma calorosa simpatia pelas formas de cultura popular (nos videojogos e não só) que foram rarefeitas pela evolução tecnológica das últimas três décadas. O certo é que prevalece a sensação de um comprometedor amadorismo. Dir-se-ia que se encontra, aqui, a assustadora ilustração de uma perversão administrativa analisada, em 2013, por um cineasta tão importante como Steven Soderbergh, numa muito comentada conferência sobre o estado do cinema, proferida no Festival Internacional de São Francisco. Segundo o autor de Sexo, Mentiras e Video e Ocean"s Eleven, chegou-se a uma absurda dicotomia: se ele avançar com a sugestão de um projeto de cem milhões de dólares, por regra os gestores dos grandes estúdios dão mostras de uma empenhada atenção às suas propostas; mas se quiser concretizar um pequeno projeto de dez milhões (valor rudimentar para os padrões correntes da produção made in USA), quase todos o contemplam com um olhar suspeito...
por JOÃO LOPES
Diário de Notícias
por JOÃO LOPES
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