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Por um Parque das Nações melhor
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Por um Parque das Nações melhor
Em Lisboa – à boa maneira portuguesa – consegue-se por vezes fazer o mais difícil, ficando por concretizar aquilo que é aparentemente mais fácil.
Penso nisto a propósito de vários assuntos, mas hoje gostaria de me centrar naquela que é justamente considerada uma das zonas nobres da cidade: o Parque das Nações.
Já lá vão 17 anos. Aquilo que parecia há muitos um sonho impossível acabou por tornar-se realidade: a reabilitação da zona oriental da capital portuguesa, deixada em estado de lamentável incúria durante tempo excessivo.
A pretexto da exposição mundial de 1998, o engenho de alguns visionários fez despontar ali o mais poderoso foco de modernidade que Lisboa conheceu nas últimas décadas, calando os Velhos do Restelo que sempre surgem nestas ocasiões.
De repente, morar na antiga Expo 98 – o Parque das Nações dos nossos dias – tornou-se moda. E o que era dantes uma zona degradada passou a ser uma das mais cobiçadas pela classe média-alta, atraída pela modernidade das linhas dos edifícios, pela relação de proximidade com o rio e pela qualidade de vida que em larga medida ali é possível usufruir.
Estava feito o mais difícil.
Entretanto a população cresceu, forçando o próprio mapa administrativo da cidade a modificar-se. O Parque das Nações tornou-se freguesia em 2012, no âmbito da reforma posta em prática na capital, e a oferta de serviços ampliou-se.
Toda? Infelizmente toda não. Hoje com cerca de 30 mil habitantes permanentes e outros tantos que lá trabalham, a mais jovem freguesia de Lisboa não dispõe de equipamentos escolares ao nível do que os seus moradores merecem e do que a cidadania exige.
A rede de escolas públicas – que presta uma missão de importância fundamental, dando corpo ao direito à educação previsto na Constituição da República – deve adequar-se às legítimas aspirações da população. Dezassete anos depois, dos quatro estabelecimentos escolares que estavam para ali previstos, só existem dois – a Escola Básica/Integrada Vasco da Gama e a Escola Básica do Parque das Nações. Servindo esta apenas as crianças ao nível do ensino pré-primário e do primeiro ciclo escolar: falta concretizar a segunda fase, que possibilite ali as aulas pelo menos até ao 9.º ano.
Por falta de vagas nas escolas, inclusive nas de ensino particular, muitos pais são forçados a matricular os filhos em escolas de outras freguesias. A poucas semanas do início de mais um ano escolar, é tempo de reparar nisto.
Será sempre assim tão difícil entre nós pôr em prática o que parece mais fácil?
Para o Ministro da Educação parece que sim…
Mauro Xavier
Gestor
N.E. Consulte aqui a mais recente notícia do OJE sobre a falta de infraestruturas no Parque das Nações
Por Oje
Data:Agosto 14, 2015
Penso nisto a propósito de vários assuntos, mas hoje gostaria de me centrar naquela que é justamente considerada uma das zonas nobres da cidade: o Parque das Nações.
Já lá vão 17 anos. Aquilo que parecia há muitos um sonho impossível acabou por tornar-se realidade: a reabilitação da zona oriental da capital portuguesa, deixada em estado de lamentável incúria durante tempo excessivo.
A pretexto da exposição mundial de 1998, o engenho de alguns visionários fez despontar ali o mais poderoso foco de modernidade que Lisboa conheceu nas últimas décadas, calando os Velhos do Restelo que sempre surgem nestas ocasiões.
De repente, morar na antiga Expo 98 – o Parque das Nações dos nossos dias – tornou-se moda. E o que era dantes uma zona degradada passou a ser uma das mais cobiçadas pela classe média-alta, atraída pela modernidade das linhas dos edifícios, pela relação de proximidade com o rio e pela qualidade de vida que em larga medida ali é possível usufruir.
Estava feito o mais difícil.
Entretanto a população cresceu, forçando o próprio mapa administrativo da cidade a modificar-se. O Parque das Nações tornou-se freguesia em 2012, no âmbito da reforma posta em prática na capital, e a oferta de serviços ampliou-se.
Toda? Infelizmente toda não. Hoje com cerca de 30 mil habitantes permanentes e outros tantos que lá trabalham, a mais jovem freguesia de Lisboa não dispõe de equipamentos escolares ao nível do que os seus moradores merecem e do que a cidadania exige.
A rede de escolas públicas – que presta uma missão de importância fundamental, dando corpo ao direito à educação previsto na Constituição da República – deve adequar-se às legítimas aspirações da população. Dezassete anos depois, dos quatro estabelecimentos escolares que estavam para ali previstos, só existem dois – a Escola Básica/Integrada Vasco da Gama e a Escola Básica do Parque das Nações. Servindo esta apenas as crianças ao nível do ensino pré-primário e do primeiro ciclo escolar: falta concretizar a segunda fase, que possibilite ali as aulas pelo menos até ao 9.º ano.
Por falta de vagas nas escolas, inclusive nas de ensino particular, muitos pais são forçados a matricular os filhos em escolas de outras freguesias. A poucas semanas do início de mais um ano escolar, é tempo de reparar nisto.
Será sempre assim tão difícil entre nós pôr em prática o que parece mais fácil?
Para o Ministro da Educação parece que sim…
Mauro Xavier
Gestor
N.E. Consulte aqui a mais recente notícia do OJE sobre a falta de infraestruturas no Parque das Nações
Por Oje
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