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A sobretaxa e os transportes do Porto
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A sobretaxa e os transportes do Porto
É palpitante fazer as contas ao dinheiro da sobretaxa de IRS a recuperar nos próximos anos. É palpável, merecido.
Quem será mais rápido a extinguir os odiosos 3,5% criados por Vítor Gaspar, que nos levam, todos os anos, o equivalente a metade de um subsídio de Natal? Os partidos do atual governo ou o PS? É esta a preocupação do momento, aquilo que faz vibrar as famílias alimentadas a duodécimos e de memória curta, que, provavelmente, já nem se lembram que, em 2011, dois anos antes da sobretaxa mensal, pagaram o mesmo meio subsídio, mas todo de uma vez. As mesmas que o governo parece querer, agora, juntar às celebrações mensais do aumento da receita fiscal. Irónico momento de regozijo motivado pelo facto de os mesmos contribuintes pagarem cada vez mais impostos, apenas explicado pelo desespero de muitos em recuperar a parte do salário entregue nestes anos para evitar a bancarrota.
O irresistível som do metal. Não há ninguém, por mais rico que seja, que siga o seu caminho se ouvir o barulho de uma moeda a cair nas pedras da calçada. E o calor da campanha eleitoral. Os votos conquistam-se com eletrodomésticos, livros escolares ou promessas de emprego. Não são grátis e mais dinheiro ao fim do mês é um critério, legítimo, na hora de decidir.
A sobretaxa está e estará, por isso, no centro da campanha eleitoral. Os partidos do governo (PSD e CDS) despertaram para o encanto de uma execução orçamental divulgada em empolgantes fascículos. Haverá mais um, o de agosto, a lançar ainda antes das eleições. Mais uma oportunidade, por isso, para festejar a subida da receita fiscal. Afinal, se todos pagarem mais IVA e IRS, mais rapidamente se recuperará o dinheiro da maldita sobretaxa. E o PS, mesmo sem o barómetro da execução orçamental, também tem um calendário para a sua devolução, para já, mais rápido do que o do PSD e do CDS.
Pouco mais de um mês até às eleições de 4 de outubro, em que parecia não haver tempo para mais nada além deste frenesim. Mas, afinal, não é assim e há coisas tão ou mais importantes do que a sobretaxa do IRS nas mãos do atual governo. A pouco mais de 30 dias das eleições, o Ministério da Economia prepara-se para forçar a subconcessão a privados dos transportes públicos do Porto, através de um nada transparente e suspeito ajuste direto. Em fim de mandato, o governo tenta despachar, em dias, um dossiê que fracassou, já neste mês, por falta de interessados. Tem legitimidade política para o fazer, o país não deve parar meses antes das eleições, à espera de quem se segue, mas há decisões que não devem ser tomadas à pressa, como é o caso da entrega a privados de duas empresas que prestam um serviço público.
por SÍLVIA OLIVEIRA
Diário de Notícias
Quem será mais rápido a extinguir os odiosos 3,5% criados por Vítor Gaspar, que nos levam, todos os anos, o equivalente a metade de um subsídio de Natal? Os partidos do atual governo ou o PS? É esta a preocupação do momento, aquilo que faz vibrar as famílias alimentadas a duodécimos e de memória curta, que, provavelmente, já nem se lembram que, em 2011, dois anos antes da sobretaxa mensal, pagaram o mesmo meio subsídio, mas todo de uma vez. As mesmas que o governo parece querer, agora, juntar às celebrações mensais do aumento da receita fiscal. Irónico momento de regozijo motivado pelo facto de os mesmos contribuintes pagarem cada vez mais impostos, apenas explicado pelo desespero de muitos em recuperar a parte do salário entregue nestes anos para evitar a bancarrota.
O irresistível som do metal. Não há ninguém, por mais rico que seja, que siga o seu caminho se ouvir o barulho de uma moeda a cair nas pedras da calçada. E o calor da campanha eleitoral. Os votos conquistam-se com eletrodomésticos, livros escolares ou promessas de emprego. Não são grátis e mais dinheiro ao fim do mês é um critério, legítimo, na hora de decidir.
A sobretaxa está e estará, por isso, no centro da campanha eleitoral. Os partidos do governo (PSD e CDS) despertaram para o encanto de uma execução orçamental divulgada em empolgantes fascículos. Haverá mais um, o de agosto, a lançar ainda antes das eleições. Mais uma oportunidade, por isso, para festejar a subida da receita fiscal. Afinal, se todos pagarem mais IVA e IRS, mais rapidamente se recuperará o dinheiro da maldita sobretaxa. E o PS, mesmo sem o barómetro da execução orçamental, também tem um calendário para a sua devolução, para já, mais rápido do que o do PSD e do CDS.
Pouco mais de um mês até às eleições de 4 de outubro, em que parecia não haver tempo para mais nada além deste frenesim. Mas, afinal, não é assim e há coisas tão ou mais importantes do que a sobretaxa do IRS nas mãos do atual governo. A pouco mais de 30 dias das eleições, o Ministério da Economia prepara-se para forçar a subconcessão a privados dos transportes públicos do Porto, através de um nada transparente e suspeito ajuste direto. Em fim de mandato, o governo tenta despachar, em dias, um dossiê que fracassou, já neste mês, por falta de interessados. Tem legitimidade política para o fazer, o país não deve parar meses antes das eleições, à espera de quem se segue, mas há decisões que não devem ser tomadas à pressa, como é o caso da entrega a privados de duas empresas que prestam um serviço público.
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