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Antes da crise, adoptaram-se políticas públicas e instalaram-se dispositivos que ofereciam certeza e segurança, mas que operavam numa realidade que é incerta e com risco: todo o mundo é feito de mudança e esta nem sempre acontece como era habitual.
A FRASE...
"A esquerda dá mais relevância ao princípio da dignidade da pessoa humana e defende que o Estado deve ser um instrumento para a promoção da liberdade (positiva), isto é, a capacidade real de escolha".
Paulo Trigo Pereira, "Ideologias e políticas públicas", Expresso, 5 de Setembro de 2015
A ANÁLISE...
Os modelos genéricos, justificados pela afirmação de valores e pela distinção esquemática entre esquerda e direita, não consideram o ciclo económico, as dinâmicas demográficas, as alterações do potencial de crescimento, as mudanças no padrão das relações entre os poderes regionais e mundiais, as alterações do campo de possibilidades. Os modelos genéricos ignoram a evolução histórica e, perante uma crise, escolhem a segurança de voltar para o que já conhecem a terem de assumir o risco de ir para o que não conhecem.
Antes da crise, adoptaram-se políticas públicas e instalaram-se dispositivos que ofereciam certeza e segurança, mas que operavam numa realidade que é incerta e com risco: todo o mundo é feito de mudança e esta nem sempre acontece como era habitual. Alteradas as condições iniciais que existiam quando se adoptaram essas políticas públicas e se instalaram esses dispositivos - e é inevitável que se alterem, até pelo simples facto de terem sido adoptadas essas políticas e instalados esses dispositivos -, deve-se querer voltar para o que era ou ir para o que vai ser?
Depois de uma crise que destruiu recursos, reduziu o campo de possibilidades e criou responsabilidades pesadas para o futuro, a descontinuidade que daí resultou já não permite voltar para o passado. Na esquerda e na direita, no princípio da dignidade pela distribuição ou no princípio da liberdade pela competição, só se conseguirá evitar a degradação de todos os princípios e valores se forem reconhecidas e assumidas as diferenças com o passado. Alteradas as condições iniciais, as políticas públicas, os dispositivos, os direitos e as expectativas terão de ser alterados e ajustados. Perdem os que o ignorarem.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
08 Setembro 2015, 00:01 por Joaquim Aguiar
Negócios
A FRASE...
"A esquerda dá mais relevância ao princípio da dignidade da pessoa humana e defende que o Estado deve ser um instrumento para a promoção da liberdade (positiva), isto é, a capacidade real de escolha".
Paulo Trigo Pereira, "Ideologias e políticas públicas", Expresso, 5 de Setembro de 2015
A ANÁLISE...
Os modelos genéricos, justificados pela afirmação de valores e pela distinção esquemática entre esquerda e direita, não consideram o ciclo económico, as dinâmicas demográficas, as alterações do potencial de crescimento, as mudanças no padrão das relações entre os poderes regionais e mundiais, as alterações do campo de possibilidades. Os modelos genéricos ignoram a evolução histórica e, perante uma crise, escolhem a segurança de voltar para o que já conhecem a terem de assumir o risco de ir para o que não conhecem.
Antes da crise, adoptaram-se políticas públicas e instalaram-se dispositivos que ofereciam certeza e segurança, mas que operavam numa realidade que é incerta e com risco: todo o mundo é feito de mudança e esta nem sempre acontece como era habitual. Alteradas as condições iniciais que existiam quando se adoptaram essas políticas públicas e se instalaram esses dispositivos - e é inevitável que se alterem, até pelo simples facto de terem sido adoptadas essas políticas e instalados esses dispositivos -, deve-se querer voltar para o que era ou ir para o que vai ser?
Depois de uma crise que destruiu recursos, reduziu o campo de possibilidades e criou responsabilidades pesadas para o futuro, a descontinuidade que daí resultou já não permite voltar para o passado. Na esquerda e na direita, no princípio da dignidade pela distribuição ou no princípio da liberdade pela competição, só se conseguirá evitar a degradação de todos os princípios e valores se forem reconhecidas e assumidas as diferenças com o passado. Alteradas as condições iniciais, as políticas públicas, os dispositivos, os direitos e as expectativas terão de ser alterados e ajustados. Perdem os que o ignorarem.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
08 Setembro 2015, 00:01 por Joaquim Aguiar
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