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Avante, taxistas
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Avante, taxistas
Ver o PCP de braço dado com os taxistas é sempre surpreendente, tendo em conta que a “classe” dos taxistas sempre vilipendiou os camaradas do partido. Deve ser a justa paga pela visita do prof. Marcelo à Festa do Avante, no passado fim-de-semana. Mas os comunistas são tradicionais contestatários da inovação empresarial porque sabem que isso elimina postos de trabalho e, muitas vezes, atenua o esforço físico dos trabalhadores (reduzindo, em consequência, a sua base de apoio). Desde o século XIX que novas máquinas e invenções têm diminuído a carga física de muitos trabalhos operários e agrícolas, ajudando a transferir o centro económico das fábricas e dos campos para os escritórios.
E o eleitorado dos serviços é bem mais conservador do que o são os operários fabris e o campesinato. Mas esta história dos táxis versus Uber, além de ser um excelente case study sobre como não promover uma causa, é um assunto com os dias contados. No espaço de duas ou três décadas, os veículos serão todos autoconduzidos. Não só porque é mais cómodo, confortável e barato como é muito mais seguro. Por esses dias, todos nós andaremos em carros que se autoconduzem, eliminando a necessidade de chamar carros com condutores (que, aliás, serão proibidos). Nos testes que se têm feito com veículos sem condutor, os únicos acidentes que ocorreram foram, aliás, carros com condutor que bateram em veículos sem condutor. Portanto, no espaço de uma geração, os taxistas serão uma coisa que contaremos aos nossos netos como agora dizemos “ah, eu ainda me lembro dos ardinas a vender jornais na Praça de Espanha” (e lembro mesmo) e o Uber ficará recordado como o Altavista dos táxis. Muito hype, pouco proveito.
Escreve à sexta-feira
José Diogo Madeira
11/09/2015 08:00
Jornal i
E o eleitorado dos serviços é bem mais conservador do que o são os operários fabris e o campesinato. Mas esta história dos táxis versus Uber, além de ser um excelente case study sobre como não promover uma causa, é um assunto com os dias contados. No espaço de duas ou três décadas, os veículos serão todos autoconduzidos. Não só porque é mais cómodo, confortável e barato como é muito mais seguro. Por esses dias, todos nós andaremos em carros que se autoconduzem, eliminando a necessidade de chamar carros com condutores (que, aliás, serão proibidos). Nos testes que se têm feito com veículos sem condutor, os únicos acidentes que ocorreram foram, aliás, carros com condutor que bateram em veículos sem condutor. Portanto, no espaço de uma geração, os taxistas serão uma coisa que contaremos aos nossos netos como agora dizemos “ah, eu ainda me lembro dos ardinas a vender jornais na Praça de Espanha” (e lembro mesmo) e o Uber ficará recordado como o Altavista dos táxis. Muito hype, pouco proveito.
Escreve à sexta-feira
José Diogo Madeira
11/09/2015 08:00
Jornal i
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