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Parecer e ser
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Parecer e ser
Ao contrário do que pensava Maurras e Salazar repetia, em política só raramente o que parece é.
A FRASE...
"Para uma parte substancial do eleitorado moderado do centro não passa de uma birra sem sentido. para esses eleitores, os 'nãos' implicam 'porquês' e costa não tem nenhum 'porque' convincente para lhes dar."
Manuel Carvalho, "O que ganha Costa ao falar grosso?", Público 20 de Setembro de 2015
A ANÁLISE...
Parte substancial do discurso político e das mensagens eleitorais é dissimulação e preparação para outras revelações, há informações que os responsáveis políticos têm que são desconhecidas dos que os ouvem ou dos que os interpretam, há contratos e compromissos passados que condicionam as declarações públicas. Quando António Costa declara que vota contra o Orçamento do Estado para 2016, se não ganhar as eleições e mesmo sem o conhecer, não se está a pronunciar sobre um documento que ainda não existe. Parece que está a estabelecer uma posição sem objecto mas, de facto, está a revelar uma condição essencial da identidade do Partido Socialista.
Tanto na sua versão inicial do Partido Democrático do Dr. Afonso Costa, como nas várias versões que já teve o Partido Socialista que é agora orientado pelo Dr. António Costa, este partido escolheu para sua identidade a qualidade de partido de charneira, aquele que ocupa a posição estratégica em que nada pode ser feito sem ele e nada pode ser feito contra ele. Colocando-se nesta posição de partido indispensável, assume o estatuto de partido de regime: é quem decide o rumo e o ritmo do regime democrático, esteja no poder ou fique na oposição.
Enquanto o rumo e o ritmo forem favoráveis para a economia e para a sociedade, esta posição ganha sempre. Mas quando a sua função de selecção do possível e de arbitragem das decisões falha, permitindo que se abrisse uma crise económica e social de grande intensidade, esta posição partidária perde sempre - se ganhar eleições, não saberá o que fazer com esse poder para resolver a crise.
O poder do partido de charneira não é o que parece.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
21 Setembro 2015, 20:50 por Joaquim Aguiar
Negócios
A FRASE...
"Para uma parte substancial do eleitorado moderado do centro não passa de uma birra sem sentido. para esses eleitores, os 'nãos' implicam 'porquês' e costa não tem nenhum 'porque' convincente para lhes dar."
Manuel Carvalho, "O que ganha Costa ao falar grosso?", Público 20 de Setembro de 2015
A ANÁLISE...
Parte substancial do discurso político e das mensagens eleitorais é dissimulação e preparação para outras revelações, há informações que os responsáveis políticos têm que são desconhecidas dos que os ouvem ou dos que os interpretam, há contratos e compromissos passados que condicionam as declarações públicas. Quando António Costa declara que vota contra o Orçamento do Estado para 2016, se não ganhar as eleições e mesmo sem o conhecer, não se está a pronunciar sobre um documento que ainda não existe. Parece que está a estabelecer uma posição sem objecto mas, de facto, está a revelar uma condição essencial da identidade do Partido Socialista.
Tanto na sua versão inicial do Partido Democrático do Dr. Afonso Costa, como nas várias versões que já teve o Partido Socialista que é agora orientado pelo Dr. António Costa, este partido escolheu para sua identidade a qualidade de partido de charneira, aquele que ocupa a posição estratégica em que nada pode ser feito sem ele e nada pode ser feito contra ele. Colocando-se nesta posição de partido indispensável, assume o estatuto de partido de regime: é quem decide o rumo e o ritmo do regime democrático, esteja no poder ou fique na oposição.
Enquanto o rumo e o ritmo forem favoráveis para a economia e para a sociedade, esta posição ganha sempre. Mas quando a sua função de selecção do possível e de arbitragem das decisões falha, permitindo que se abrisse uma crise económica e social de grande intensidade, esta posição partidária perde sempre - se ganhar eleições, não saberá o que fazer com esse poder para resolver a crise.
O poder do partido de charneira não é o que parece.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
21 Setembro 2015, 20:50 por Joaquim Aguiar
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