Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Tópicos semelhantes
Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2011  2010  2013  2015  2014  cmtv  2018  cais  2017  2023  2016  tvi24  2019  2012  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
Justiça: é preciso ser e parecer EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Justiça: é preciso ser e parecer EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


Justiça: é preciso ser e parecer Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
348 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 348 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

Justiça: é preciso ser e parecer

Ir para baixo

Justiça: é preciso ser e parecer Empty Justiça: é preciso ser e parecer

Mensagem por Admin Qui Ago 21, 2014 11:22 pm

Portugal e o Mundo estão a mudar. Fomos à procura da chamada geração de transição. Convidámos 20 nomes, com menos de 40 anos, altamente qualificados, alguns já foram filiados em partidos políticos e deixaram de o ser, não têm pertença a grupos de relevo na sociedade portuguesa e nas mãos trazem ideias para transformar o País nos próximos 25 anos.


Antecipar os próximos 25 anos da Justiça é um desafio difícil.É uma janela temporal tão vasta que permite uma perspetiva ambiciosa e otimista mas, ao mesmo tempo, um olhar para o passado deixa a certeza de que não haverá revoluções. Na verdade, é um setor em que a mudança e a imutabilidade andam de braço dado: a enxurrada de legislação que é publicada diariamente no Diário da República passa a ideia de que tudo está a mudar mas os aspetos estruturantes do sistema mantêm-se intactos há séculos.

E ainda bem que assim é. O sistema de Justiça em Portugal é, em geral, bom. A imagem negativa que é amplificada nos meios de comunicação social - de atrasos, prescrições e algumas decisões menos bem compreendidas - não é mais do que isso mesmo: a exacerbação das falhas de um sistema que, no global, funciona bem.

Mas pode, e deve, melhorar. O desafio para os próximos anos é, assim, o de oferecer um serviço público com mais qualidade, que deixe os utentes satisfeitos, a comunidade tranquila e os seus profissionais realizados. Certamente, este objetivo não será atingido com "novos" códigos de Processo Civil ou de Processo Penal a cada legislatura, alterações legislativas intermináveis, novos mapas judiciários e anúncios de grandes reformas. Não. Será, antes, pela introdução de afinações que permitam aperfeiçoar o sistema judicial que existe hoje e a imagem que os portugueses têm dele. 

Tarefa que, paradoxalmente, é muito mais difícil, pois exige que se encare a Justiça como verdadeiro serviço público que é, pondo de lado complexos de superioridade.

Desde logo, melhorar o serviço prestado tem de significar que, sem perda de qualidade, os utentes da Justiça obtêm decisões mais céleres.

Para isso, a atividade de cada profissional tem de estar concentrada no que é essencial. Por exemplo: a função do juiz deve ser a de julgar, ou seja, conduzir as sessões de julgamento e fazer as decisões. Este é o cerne da sua atividade, na qual é insubstituível, e que deve mobilizar todos os seus recursos. Tal implica, no entanto, a eliminação dos atos de simples expediente que sejam desnecessários, porque são uma perda de tempo para o processo e, portanto, para os utentes do serviço de Justiça. Quanto aos atos que, ainda assim, sejam necessários, devem, sempre que possível, ser efetuados pela secretaria ou por outros profissionais (como o agente de execução ou o administrador da insolvência).

O aprofundamento da informatização é, também, um grande aliado da celeridade na tramitação processual. 

Ultrapassadas as resistências iniciais à utilização de meios informáticos na Justiça, o futuro passa, forçosamente, pelo seu alargamento. Desenvolver as funcionalidades do sistema de informação Citius na justiça cível e alargar a sua utilização ao processo penal, à jurisdição administrativa e fiscal, à família e menores, aos tribunais superiores - é incompreensível como, ainda hoje, há acórdãos manuscritos - e ao Tribunal Constitucional são avanços que, necessariamente, vão ocorrer nos próximos anos. Será inevitável, igualmente, a cada vez maior articulação com outros sistemas e entidades com os quais os tribunais contactam diariamente (por exemplo, agentes de execução, administradores da insolvência, comissões de proteção de crianças e jovens e autoridades públicas como as finanças ou a segurança social), com ganhos de eficiência tão evidentes que apenas fazem questionar porque é que ainda não foram dados esses passos.

Porém, qualquer mudança na Justiça não pode ignorar os profissionais que todos os dias, nos tribunais, dão provas de dedicação e de competência, lidando com centenas de casos diferentes e tendo a seu cargo milhares de processos. O aumento da sua produtividade tem de passar, obrigatoriamente, pela sua motivação, através da valorização das funções exercidas e da recompensa pela obtenção de resultados. Uma solução que premeie, em termos remuneratórios, a produtividade (ou seja, decisões substantivas com qualidade e céleres) deve ser encarada sem complexos.

O desafio para a Justiça nos próximos anos é, também, o de aprender a comunicar com os seus utentes e com a comunidade. O sistema de Justiça só estará de facto legitimado se as pessoas e as empresas que o utilizam e a sociedade que o fundamenta o compreenderem, sem necessidade de recorrerem a intérpretes. A eficácia da comunicação não é uma questão menor: é fator essencial da transparência do sistema.

A comunicação para o utente deve fazer com que este se sinta familiarizado com o sistema: o processo não é do tribunal, do juiz, do advogado ou do solicitador. É das partes, que devem ter o direito de saber onde anda e como está o seu processo e, por isso, devem poder aceder, facilmente e sem necessidade de deslocação, a informação quanto ao seu estado, em que fase se encontra, quais os passos seguintes e qual a estimativa de tempo para terminar.

É fundamental, ainda, que o destinatário de cada ato do serviço de Justiça seja capaz de compreender o que lhe é dito. Isto implica, desde logo, a uniformização das notificações num modelo único e com linguagem clara, que qualquer cidadão com níveis aceitáveis de literacia consiga compreender. Mas implica, também, um esforço grande dos agentes judiciários, que devem tornar os seus atos simples e percetíveis. Afinal, o instrumento privilegiado de comunicação do juiz com os utentes é a sua decisão, que tem de ser clara e acessível.

Por outro lado, na relação com a comunidade, é importante que o sistema de Justiça se dote de meios para tornar a comunicação eficaz, nomeadamente com o estabelecimento de gabinetes de comunicação nos tribunais.


Enfim, um sistema mais célere, mais simples, com profissionais mais motivados e mais próximo dos seus utentes será, necessariamente, mais capaz de oferecer um serviço de maior qualidade, permitindo que, nos próximos 25 anos, a apreciação negativa que sempre se teve sobre a Justiça seja, finalmente, alterada.

Irene Terrasêca 
00.06 h 
Económico
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos