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A força das realidades aplica-se lá fora e cá
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A força das realidades aplica-se lá fora e cá
Que todos escolhamos bem no próximo domingo quando votarmos. Que não pensemos que não queremos saber, que não nos interessa, porque não vamos lá porque estamos demasiadamente desiludidos.
1. É impressionante como também em política internacional tudo muda e às vezes muito depressa. A aproximação que se está a verificar entre os Estados Unidos, a Rússia e o Irão em relação à Síria demonstra como, mesmo em situações extremadas, as mudanças inesperadas podem acontecer. Como é sabido, os EUA e várias outras potências ocidentais tudo fizeram para derrubar o Presidente Bashar al-Assad. De todo esse conflito, da sequência da intervenção na Líbia e, anteriormente, também dos graves desenvolvimentos da situação no Iraque, resultou o nascimento da realidade denominada de Estado Islâmico, que está na origem das profundas mutações em curso. E ao apreciá-las não podemos deixar de constatar como, por vezes, os inimigos dos nossos inimigos nossos amigos se tornam.
2. A verdade é que Vladimir Putin só teve de esperar para começar a receber os primeiros sinais de que os efeitos causados pela questão da Crimeia e da Ucrânia em geral se podem começar a dissipar face a essa ameaça maior que, entretanto, surgiu. A história das relações entre os Estados, nomeadamente, nas últimas décadas proporciona vários exemplos dessas alterações ou mesmo inversões. Lembremo-nos por exemplo, da política de alianças dos EUA na região do Golfo e de como o Irão foi durante muitos anos o aliado preferencial, depois passou a ser o Iraque, e depois nem um nem outro, escudando-se Washington nas relações com a Arábia Saudita e com outros países do Golfo Pérsico. Esta aproximação decidida por Barack Obama e por Vladimir Putin vai pôr em causa, de certo modo, toda a política de sanções decretada pelo Ocidente, e, nomeadamente, pela UE contra a Rússia por causa da situação na Ucrânia.
3. Mais uma vez se comprova que a política do facto consumado muitas vezes acaba por recolher dividendos. Mas em toda esta realidade do Médio Oriente e do Norte de África e das "primaveras árabes" levantam-se várias questões quanto às opções estratégicas e aos apoios concedidos pelas potências ocidentais. Não se trata de pôr em causa seja o que for, porque é muito fácil falar depois dos factos acontecerem. Mas a verdade é que Khadafi podia ser um ditador, mas substitui-se a ditadura pela anarquia e pela desagregação do Estado líbio. E noutros estados da região, incluindo o próprio Iraque, coloca-se a questão que, ao fim e ao cabo, agora se levanta também com Bashar al-Assad.
O Ocidente faz bem em levantar os princípios e valores da democracia em todas as regiões do mundo, mas tem de ser muitíssimo cauteloso na avaliação que faz das consequências das suas intervenções modificadoras da realidade política existentes em Estados soberanos. Sem estar garantida a estabilidade na realidade temporalmente posterior é muito perigoso, especialmente nos tempos de hoje, decidir intervenções que levem à mudança de regimes.
Cada vez mais volta a fazer sentir-se a relevância do princípio do respeito pela soberania de cada povo e, goste-se ou não, naqueles corredores do palácio de vidro das Nações Unidas não foi um Vladimir Putin vergado por sanções ou afastamentos diplomáticos que se dirigiu à sala da Assembleia Geral para fazer o seu discurso. Não é que Barack Obama tivesse surgido como um derrotado, mas, naturalmente, para esta aproximação acontecer teve de fazer alguma cedência. De qualquer modo, está com os créditos altos por várias razões, entre elas, outra notável evolução como a que se verificou nas relações com Cuba para além do que já tinha conseguido com o atrás mencionado Irão.
4. A propósito de créditos firmados, que todos escolhamos bem no próximo domingo quando votarmos. Que não pensemos que não queremos saber, que não nos interessa, porque não vamos lá porque estamos demasiadamente desiludidos. O direito é nosso e não deixemos ninguém decidir em vez de nós. Basta pensarmos no que é melhor para as nossas famílias e para todos aqueles a quem queremos bem. O conjunto de todas essas famílias integra a Nação, a Pátria a quem tanto queremos. Para lhe fazermos bem não devemos faltar no próximo domingo, devemos sim exercer o nosso direito e cumprir o nosso dever.
Advogado
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
01 Outubro 2015, 00:01 por Pedro Santana Lopes
Negócios
1. É impressionante como também em política internacional tudo muda e às vezes muito depressa. A aproximação que se está a verificar entre os Estados Unidos, a Rússia e o Irão em relação à Síria demonstra como, mesmo em situações extremadas, as mudanças inesperadas podem acontecer. Como é sabido, os EUA e várias outras potências ocidentais tudo fizeram para derrubar o Presidente Bashar al-Assad. De todo esse conflito, da sequência da intervenção na Líbia e, anteriormente, também dos graves desenvolvimentos da situação no Iraque, resultou o nascimento da realidade denominada de Estado Islâmico, que está na origem das profundas mutações em curso. E ao apreciá-las não podemos deixar de constatar como, por vezes, os inimigos dos nossos inimigos nossos amigos se tornam.
2. A verdade é que Vladimir Putin só teve de esperar para começar a receber os primeiros sinais de que os efeitos causados pela questão da Crimeia e da Ucrânia em geral se podem começar a dissipar face a essa ameaça maior que, entretanto, surgiu. A história das relações entre os Estados, nomeadamente, nas últimas décadas proporciona vários exemplos dessas alterações ou mesmo inversões. Lembremo-nos por exemplo, da política de alianças dos EUA na região do Golfo e de como o Irão foi durante muitos anos o aliado preferencial, depois passou a ser o Iraque, e depois nem um nem outro, escudando-se Washington nas relações com a Arábia Saudita e com outros países do Golfo Pérsico. Esta aproximação decidida por Barack Obama e por Vladimir Putin vai pôr em causa, de certo modo, toda a política de sanções decretada pelo Ocidente, e, nomeadamente, pela UE contra a Rússia por causa da situação na Ucrânia.
3. Mais uma vez se comprova que a política do facto consumado muitas vezes acaba por recolher dividendos. Mas em toda esta realidade do Médio Oriente e do Norte de África e das "primaveras árabes" levantam-se várias questões quanto às opções estratégicas e aos apoios concedidos pelas potências ocidentais. Não se trata de pôr em causa seja o que for, porque é muito fácil falar depois dos factos acontecerem. Mas a verdade é que Khadafi podia ser um ditador, mas substitui-se a ditadura pela anarquia e pela desagregação do Estado líbio. E noutros estados da região, incluindo o próprio Iraque, coloca-se a questão que, ao fim e ao cabo, agora se levanta também com Bashar al-Assad.
O Ocidente faz bem em levantar os princípios e valores da democracia em todas as regiões do mundo, mas tem de ser muitíssimo cauteloso na avaliação que faz das consequências das suas intervenções modificadoras da realidade política existentes em Estados soberanos. Sem estar garantida a estabilidade na realidade temporalmente posterior é muito perigoso, especialmente nos tempos de hoje, decidir intervenções que levem à mudança de regimes.
Cada vez mais volta a fazer sentir-se a relevância do princípio do respeito pela soberania de cada povo e, goste-se ou não, naqueles corredores do palácio de vidro das Nações Unidas não foi um Vladimir Putin vergado por sanções ou afastamentos diplomáticos que se dirigiu à sala da Assembleia Geral para fazer o seu discurso. Não é que Barack Obama tivesse surgido como um derrotado, mas, naturalmente, para esta aproximação acontecer teve de fazer alguma cedência. De qualquer modo, está com os créditos altos por várias razões, entre elas, outra notável evolução como a que se verificou nas relações com Cuba para além do que já tinha conseguido com o atrás mencionado Irão.
4. A propósito de créditos firmados, que todos escolhamos bem no próximo domingo quando votarmos. Que não pensemos que não queremos saber, que não nos interessa, porque não vamos lá porque estamos demasiadamente desiludidos. O direito é nosso e não deixemos ninguém decidir em vez de nós. Basta pensarmos no que é melhor para as nossas famílias e para todos aqueles a quem queremos bem. O conjunto de todas essas famílias integra a Nação, a Pátria a quem tanto queremos. Para lhe fazermos bem não devemos faltar no próximo domingo, devemos sim exercer o nosso direito e cumprir o nosso dever.
Advogado
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
01 Outubro 2015, 00:01 por Pedro Santana Lopes
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