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A pergunta
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A pergunta
Para um país que passou tantas dificuldades nos últimos anos, que viu tanto emprego ser destruído, tanta gente a abandonar a sua terra por incapacidade de assegurar a sua sobrevivência ou perceber que as perspetivas eram limitadas, que viu pensões e salários cortados e sofreu um brutal aumento de impostos, seria normal que a campanha eleitoral se concentrasse no que foi a atuação do governo.
Talvez até a coligação PAF se saísse bem dessa discussão, que conseguisse mostrar que podia ter sido pior, que provasse que as condições impostas pelo pedido de resgate e as opções próprias do governo foram as melhores. Mais, passados quatro anos temos um país diferente. Um país que mudou mais neste período do que em várias legislaturas. Há quem diga que o que estava mal não melhorou e o que estava bem piorou, quem diga exatamente o contrário e até mesmo quem não veja grande mudança. Em qualquer circunstância, tudo isso mereceria uma avaliação, uma discussão. O facto é que se fizermos um esforço para nos lembrarmos dos temas da campanha eleitoral, ninguém diria que passamos por um período tão difícil e que marcará o nosso futuro.
A coligação passou o tempo a anunciar que agora é que vai ser bom e confiou que as pessoas acreditam, mesmo sem lhes explicar qual é o plano. Escondeu o mais que pôde Passos Coelho (deve ser a primeira campanha em que não há cartazes com um candidato a primeiro-ministro) e concentrou-se no ataque ao PS.
O PS tinha um plano, mas esqueceu-se de que em política, sobretudo numa campanha eleitoral, se se tem de explicar muito, é certo e sabido que não se vai conseguir explicar nada. Pior, quem muito explica não tem tempo para expor as fragilidades do adversário e apenas expõe as suas. O PS passou mais tempo a responder por aquilo que se propõe fazer do que a coligação pelo que fez.
Sabemos que o eleitor se rege mais pela rejeição do que pela aprovação - digamos que a confiança nas intenções ou nas promessas é pouca. Seja como for, mesmo que não se tenha falado da governação, de ser ter entendido ou não os planos do PS , de se confiar ou não nas intenções da coligação, a pergunta a que os eleitores vão responder é simples e é, no fundo, a mesma em todas as eleições legislativas: quer o cidadão manter o governo em funções ou não? Foi para isso ou, pelo menos, para o que deveria ter servido a campanha.
por PEDRO MARQUES LOPES
Diário de Notícias
Talvez até a coligação PAF se saísse bem dessa discussão, que conseguisse mostrar que podia ter sido pior, que provasse que as condições impostas pelo pedido de resgate e as opções próprias do governo foram as melhores. Mais, passados quatro anos temos um país diferente. Um país que mudou mais neste período do que em várias legislaturas. Há quem diga que o que estava mal não melhorou e o que estava bem piorou, quem diga exatamente o contrário e até mesmo quem não veja grande mudança. Em qualquer circunstância, tudo isso mereceria uma avaliação, uma discussão. O facto é que se fizermos um esforço para nos lembrarmos dos temas da campanha eleitoral, ninguém diria que passamos por um período tão difícil e que marcará o nosso futuro.
A coligação passou o tempo a anunciar que agora é que vai ser bom e confiou que as pessoas acreditam, mesmo sem lhes explicar qual é o plano. Escondeu o mais que pôde Passos Coelho (deve ser a primeira campanha em que não há cartazes com um candidato a primeiro-ministro) e concentrou-se no ataque ao PS.
O PS tinha um plano, mas esqueceu-se de que em política, sobretudo numa campanha eleitoral, se se tem de explicar muito, é certo e sabido que não se vai conseguir explicar nada. Pior, quem muito explica não tem tempo para expor as fragilidades do adversário e apenas expõe as suas. O PS passou mais tempo a responder por aquilo que se propõe fazer do que a coligação pelo que fez.
Sabemos que o eleitor se rege mais pela rejeição do que pela aprovação - digamos que a confiança nas intenções ou nas promessas é pouca. Seja como for, mesmo que não se tenha falado da governação, de ser ter entendido ou não os planos do PS , de se confiar ou não nas intenções da coligação, a pergunta a que os eleitores vão responder é simples e é, no fundo, a mesma em todas as eleições legislativas: quer o cidadão manter o governo em funções ou não? Foi para isso ou, pelo menos, para o que deveria ter servido a campanha.
por PEDRO MARQUES LOPES
Diário de Notícias
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