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É tudo uma questão de confiança
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É tudo uma questão de confiança
Reabilitação urbana, turismo, recuperação económica, alterações legislativas (Lei das Rendas e ARI), faz lembrar-lhe algo? Isso mesmo, são as atuais características do mercado de Imobiliário Comercial e em particular do comércio de rua.
Portugal continua a registar um crescimento económico sustentado e um cada vez melhor clima de confiança, quer da parte dos consumidores, quer do setor empresarial.
Para tal, é da maior relevância o aumento das exportações, que tem batido recordes após recordes, o extraordinário incremento registado no setor turístico com crescimento aproximado em 2014 de 14% no número de dormidas, em Lisboa, e ainda o nível de investimento em imobiliário. O primeiro semestre de 2015 foi encerrado com um volume recorde de investimento e as estimativas apontam para que até final do ano se registe um nível de transações de aproximadamente 2 mil milhões de euros, um valor notável e nunca alcançado anteriormente.
Similar tendência poderemos observar no setor da reabilitação urbana, que não sendo tão “fácil” de quantificar como o investimento, regista seguramente um dos seus melhores anos, se não o seu melhor. Nas yields, que continuam a registar taxas cada vez mais reduzidas, no caso do comércio de rua em zonas prime atingiram o valor mais baixo de sempre, o que depois de um processo de ajustamento violento como o que vivemos não deixa de ser notável.
Por vezes interrogo-me: será que o país mudou assim tanto nos últimos meses?
A estimativa de crescimento do PIB é de 1,7%, o aumento da procura interna nos primeiros seis meses do ano foi de 3,4 %, a taxa de desemprego desceu para 12,3% e o Indicador de Confiança do Comércio regista um valor de 3,5% em junho de 2015 -, o valor mais elevado desde Julho de 2001. Efetivamente existem alguns sinais de melhoria, mas ainda temos um longo caminho a percorrer.
Parece-me que a conjugação de um conjunto de fatores terá contribuído de forma decisiva para este “estado de graça” do imobiliário comercial, que estamos a atravessar. Reuniram-se várias condições para esta situação como o excesso de liquidez no mercado, yields em baixa nas principais capitais europeias, rendas reduzidas quando comparadas com outros mercados e como tal, com potencial de crescimento e subsequente upside. Considero que um outro elemento foi ou está a ser de extrema importância: a confiança. Sem esta, não teria sido possível que investidores institucionais pudessem voltar ao nosso país, que nos pudéssemos financiar nos mercados a taxas mais competitivas (continuamos a necessitar de financiamento porque Portugal regista execuções orçamentais deficitárias ano após ano) e voltássemos a estar no radar de quem procura um espaço seguro para realizar os seus investimentos.
Deixei para o fim este elemento – confiança – porque mesmo com sinais de melhoria económica me parece que continuamos com um deficit deste elemento e que nós portugueses, como povo, nos esquecemos da nossa história, tradição e incríveis capacidades. Afinal se não acreditarmos nas nossas capacidades e se não tivermos confiança em nós próprios, quem o irá fazer?
Carlos Récio
Diretor de Agência de Retail na CBRE
OJE.pt
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