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Trabalho temporário. Empresas dizem que esta é uma porta de entrada para o mercado
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Trabalho temporário. Empresas dizem que esta é uma porta de entrada para o mercado
Empresas afastam a ideia de precariedade e dizem que em todas as situações são feitos contratos
António Pedro Santos
Empresas ouvidas pelo i garantem que o trabalho temporário dá a flexibilidade laboral que é pedida pelos empresários e lembram que há muitos casos em que os trabalhadores passam para os quadros dessas empresas
O trabalho temporário pode ser visto como uma porta de entrada para o mercado laboral e que ganha especial relevo em determinados segmentos, como os jovens e os mais seniores. É desta forma que o presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE), Afonso Carvalho, vê a actividade destas empresas. “São estas duas franjas que apresentam o maior peso na lista de inscritos do Instituto de Emprego e Formação Profissional e os que têm maior dificuldade na colocação. Arrisco a dizer que hoje em dia o trabalho temporário é uma das portas, se não a grande porta, de entrada para essas pessoas”, salienta ao i.
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Apesar de reconhecer o seu papel na reintegração dos colaboradores no mercado de trabalho, Afonso Carvalho admite que também este sector foi atingido pela crise e houve casos de empresas que foram obrigadas a fechar portas. “O trabalho temporário começa a crescer antes de a economia crescer e obviamente quando a economia começar a crescer em força, o trabalho temporário decresce. Somos um verdadeiro termómetro da situação económico laboral do país. Em 2009 bateu no fundo e a partir daí tem vindo a crescer”, mas, apesar deste ligeiro crescimento, algumas empresas que actuam neste mercado acabaram por fechar. Os motivos são vários: “Não só por questões meramente económicas, mas também devido a questões fiscais e à falta de capacidade financeira para manter a actividade”, revela o presidente da APESPE.
Mesmo assim, Afonso Carvalho acredita que o mercado de trabalho temporário vai continuar a crescer, mas não “ao ritmo que estava no passado e que rondava uma subida na ordem dos dois dígitos”.
Também a Michael Page, empresa que actua neste mercado, considera que esta actividade é “bastante útil para empresas e candidatos”. De acordo com o manager de interim management na Page Personnel, Filipe Marques, existem vários exemplos de sucesso que é possível conseguir “na integração de profissionais verdadeiramente especializados nas suas áreas de actuação e muitos deles, cerca de 78%, conseguem a integração nos quadros após o período em trabalho temporário”, mas reconhece que “à semelhança do que já acontece noutros mercados, a forma como encaramos o trabalho temporário está a mudar. Cada vez mais, os profissionais vêm neste tipo de vínculo contratual uma oportunidade de inserção em projectos que permitem enriquecer o CV e melhorar know-how e competências técnicas, além de ser importante para a expansão da rede de contactos profissionais”.
Em relação às críticas que são feitas a este sector quanto aos vínculos dos trabalhadores, o responsável diz não entender estas acusações e lembra que este sector conta com “contratos legais, com remunerações similares às que se praticam no mercado para as mesmas funções, descontos para segurança social, subsídios de férias e Natal, portanto como se um contrato a termo directo com a entidade empregadora se tratasse. Essa questão da precariedade não se coloca, até porque precariedade é sinónimo de fragilidade e instabilidade e não é disso que se trata. Muitas vezes conseguimos transformar um posto temporário num posto permanente e isso é o completo oposto de precariedade”, acrescenta.
Também para a Egor o trabalho temporário representa uma oportunidade, principalmente para os mais jovens, para desenvolver as suas competências profissionais e aceder ao mercado de emprego “num contexto em que a instabilidade da economia torna o acesso a um posto de trabalho um recurso escasso”, revela a directora-geral, Andrea Nunes, acrescentando ainda que para as empresas “é uma forma de acautelarem a qualidade do recrutamento dos seus quadros, pois muitos destes trabalhadores temporários passam a integrar os quadros de pessoal permanente do cliente depois de uma fase bem sucedida de adaptação às suas funções”.
Com 10 mil inscrições e 6600 colaboradores colocados, a Egor chama a atenção para a necessidade de existir alguma flexibilidade no mercado de trabalho. “Num contexto socioeconómico em que empresas e mercado obrigam a uma racionalização dos recursos e se torna imperativo o aumento dos índices de produtividade, a flexibilidade contratual permite promover a competitividade, e é base fundamental para o sucesso empresarial”, acrescenta.
Perfil de candidatos Nem todos os que estão inscritos nas empresas de trabalho temporário estão numa situação de desemprego. De acordo com várias empresas contactadas pelo i, há muitos casos em que os candidatos estão nos quadros das empresas, mas estão à procura de novos desafios e tentam fazer algo que nunca fizeram até aí.
Como os clientes são variados assim como as suas áreas de negócio, também os perfis dos candidatos são diversificados. É o caso, por exemplo, do PageGroup que conta com uma base de dados de 276 780 candidatos, disponíveis para projectos de carácter permanente e temporário. “Começamos pela recepção e perfis administrativos e recrutamos até ao director financeiro. Os perfis especializados inserem-se muitas vezes nos departamentos médicos das farmacêuticas, nos departamentos comercial e marketing de empresas de FMCG, em perfis financeiros em empresas de consultoria, etc.”, refere Filipe Marques, acrescentando ainda que “não existe um perfil tipo, mas estatisticamente os candidatos que mais colocamos são controllers financeiros”.
A qualidade técnica e a experiência prévia na função são vistas, pelo responsável, como um dos principais critérios para ser recrutado. No entanto, muitas vezes a escolha é feita pelas “soft skills” – definidas como um conjunto de atributos e/ou competências que promovem boas relações com as pessoas que o rodeiam e melhoram o desempenho profissional – e pela capacidade de adaptação de cada um dos candidatos. Já o sector farmacêutico, financeiro, o grande consumo e o sector das tecnologias de informação são aqueles que estão a recrutar mais.
Filipe Marques chama, no entanto, a atenção para o facto de tentarem colocar no mercado os seus candidatos antes de completarem seis meses de desemprego.
Épocas com maior procura Por estarmos quase a chegar ao Natal também é nesta altura que se verifica uma maior procura para trabalhos temporários. Uma realidade reconhecida pela empresa Randstad. “Os recrutamentos extraordinários de época de Natal normalmente são solicitados e que já estão a decorrer são essencialmente para promotores, assistentes de loja e operadores de armazém para expedição de encomendas on-line”, refere
De acordo com o responsável, para estas situações de reforço de Natal são celebrados contratos de trabalho pelo período requerido pelo cliente. “Poderão ser situações de horários de full-time, part-time semana ou part-time fim-de-semana. Os salários base ilíquidos oferecidos variam entre 505 e 600 euros acrescidos de subsídio de alimentação”, conclui.
SÓNIA PERES PINTO
07/11/2015 19:43
Jornal i
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