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Deixem-se de saltos e digam sim ao Eixo Central!
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Deixem-se de saltos e digam sim ao Eixo Central!
Quanto mais espaço público houver ao serviço do peão, melhor para todos até para o comércio de proximidade.
Andam por aí alguns em muita algazarra por causa do pré-anúncio da CML em, ao abrigo do bem-vindo programa intitulado “Uma Praça em Cada Bairro”, querer reordenar o trânsito, o estacionamento e, muito mais importante, o espaço público no “Eixo Central” que vai do cruzamento entre a avenida baptizada com o nome do Regenerador e 1º Ministro das Obras Públicas do reino e a homóloga de António Augusto de Aguiar, e a estátua e as resistentes e desprotegidas tipuanas do Saldanha, passando pelas tais de Picoas, que ninguém já sabe muito bem o que sejam (serão o Fórum da PT?), continuando Avenida da República acima até Entrecampos (leia-se rotunda e não a urbanização homónima da Av. Forças Armadas, o que faz toda a diferença, como se verá adiante), isto porque, confessa a CML, e bem, é uma zona onde faltam… praças.
Ou seja, do que se está a falar é daquela zona de Lisboa que compreende, entre vários atentados e estafermos um pouco por todo o lado, o inenarrável troço Fontes Pereira de Melo-Saldanha, e se caracteriza (se assim se pode dizer) por uma ausência total de fruição pelo cidadão, dado o frenesim constante de buzinadelas, estrangulamento de trânsito (que dizer daquela aberração caótica na lateral junto ao Fórum Picoas?), automobilistas que não respeitam nem semáforos nem sinais de proibição (são às dezenas os que por hora violam a proibição de virar à direita na FPM vindos da Tomás Ribeiro), e o ter que se atravessar rapidamente as passadeiras não vá o verde passar a vermelho enquanto o diabo esfrega um olho e depois só mesmo de ti-nó-ni.
Ora o que este projecto de requalificação (é este o termo apropriado porque ali não há qualificação de espécie alguma) pretende é terminar com essa desarticulação (não estética ou urbanística, porque aí não há volta a dar) entre ambos os lados das duas avenidas e da praça do duque-marechal, em termos paisagísticos, de mobilidade e de conforto e usufruto.
A ideia é facilitar e promover a deslocação a pé e o atravessamento pedonal das avenidas sem sobressalto (perigosíssimo, aliás), com menos poluição mas sem mais túneis (essas excrescências construtivas, anunciadas há 40-50 anos como “soluções técnicas” para o problema das bichas), que esses mais não servem do que sustentar empreiteiras e atrair mais carros da periferia para o centro da cidade, tendo-se gasto neles milhões e milhões inutilmente, que poderiam servir para verdadeiros interfaces, para o esperado metro de superfície, para o reforço das linhas de eléctricos. Quanto mais espaço público houver ao serviço do peão, melhor para todos até para o comércio de proximidade, que não haja dúvidas sobre isso.
O objectivo é devolver-se alguma paz de espírito ao cidadão. Corrigindo-se o paisagismo (?) torpe que se foi deixando crescer, em que as árvores estão desavindas entre si, os passeios são aos “s”, intermitentes e esburacados, com caldeiras sem árvores, alcatroados (!), inexistentes, até. Isso e ciclovias. Menos faixas de rodagem para automóveis. Passeios reperfilados, mais largos. Mobiliário urbano harmonizado. Mais árvores. Praças que voltam a sê-lo de facto e não só de nome.
Ou seja, muito boas notícias, pese embora alguns detalhes (a CML não pode cair na tentação popularucha de arrancar a calçada portuguesa) e arestas por limar (por ex. a CML deve colocar candeeiros e bancos iguais aos que colocou na Av. Duque d’Ávila e não outros, e o mesmo na Rovisco Pais, aliás.)
Aparentemente, contudo, há quem assim não ache e recorra ao altifalante e misture, inclusive, alhos com bugalhos, chamando à liça heranças pesadas como a do terreno da Feira Popular e o empreendimento da Praça de Entrecampos. No mínimo, é injusto. Uma coisa era se a algazarra fosse porque a CML chegou tarde ou estar a pecar por defeito (Madrid, no âmbito do seu Pano de Mobilidades, está prestes a proibir o uso de automóveis no centro da cidade), mas berrar porque os lugares de estacionamento vão diminuir?!
Além do mais, o estacionamento existente em toda aquela zona é perfeitamente suficiente para os moradores, basta passar por lá à noite. E se há moradores que saem e voltam de carro amiúde, pois que utilizem o metropolitano ou o bus, que é coisa que não falta ali. Já a quem ali estaciona vindo de fora, apenas para apanhar o metro para o trabalho (o mesmo na Av. E.U.A, Av. Roma, etc.), temos pena, mas a cidade já cá estava, reivindiquem a quem elegem por um sistema de transportes públicos capaz de abastecer a periferia.
Por fim, para quem contesta gritando números e estatísticas, um conselho: consultem os documentos disponíveis no site da CML e façam contas, que não são precisas derivadas nem equações: há estacionamento à superfície e em parque público, desde o Campo Grande ao Marquês de Pombal, suficiente para obviar aos míseros 163 lugares que deixam de existir no resgate da Praça Duque de Saldanha que a CML em boa hora decidiu levar por diante.
Já é tempo de Europa em Lisboa, pelo menos nesta matéria!
Fundador do Fórum Cidadania Lx
PAULO FERRERO
11/11/2015 - 03:35
Público
Andam por aí alguns em muita algazarra por causa do pré-anúncio da CML em, ao abrigo do bem-vindo programa intitulado “Uma Praça em Cada Bairro”, querer reordenar o trânsito, o estacionamento e, muito mais importante, o espaço público no “Eixo Central” que vai do cruzamento entre a avenida baptizada com o nome do Regenerador e 1º Ministro das Obras Públicas do reino e a homóloga de António Augusto de Aguiar, e a estátua e as resistentes e desprotegidas tipuanas do Saldanha, passando pelas tais de Picoas, que ninguém já sabe muito bem o que sejam (serão o Fórum da PT?), continuando Avenida da República acima até Entrecampos (leia-se rotunda e não a urbanização homónima da Av. Forças Armadas, o que faz toda a diferença, como se verá adiante), isto porque, confessa a CML, e bem, é uma zona onde faltam… praças.
Ou seja, do que se está a falar é daquela zona de Lisboa que compreende, entre vários atentados e estafermos um pouco por todo o lado, o inenarrável troço Fontes Pereira de Melo-Saldanha, e se caracteriza (se assim se pode dizer) por uma ausência total de fruição pelo cidadão, dado o frenesim constante de buzinadelas, estrangulamento de trânsito (que dizer daquela aberração caótica na lateral junto ao Fórum Picoas?), automobilistas que não respeitam nem semáforos nem sinais de proibição (são às dezenas os que por hora violam a proibição de virar à direita na FPM vindos da Tomás Ribeiro), e o ter que se atravessar rapidamente as passadeiras não vá o verde passar a vermelho enquanto o diabo esfrega um olho e depois só mesmo de ti-nó-ni.
Ora o que este projecto de requalificação (é este o termo apropriado porque ali não há qualificação de espécie alguma) pretende é terminar com essa desarticulação (não estética ou urbanística, porque aí não há volta a dar) entre ambos os lados das duas avenidas e da praça do duque-marechal, em termos paisagísticos, de mobilidade e de conforto e usufruto.
A ideia é facilitar e promover a deslocação a pé e o atravessamento pedonal das avenidas sem sobressalto (perigosíssimo, aliás), com menos poluição mas sem mais túneis (essas excrescências construtivas, anunciadas há 40-50 anos como “soluções técnicas” para o problema das bichas), que esses mais não servem do que sustentar empreiteiras e atrair mais carros da periferia para o centro da cidade, tendo-se gasto neles milhões e milhões inutilmente, que poderiam servir para verdadeiros interfaces, para o esperado metro de superfície, para o reforço das linhas de eléctricos. Quanto mais espaço público houver ao serviço do peão, melhor para todos até para o comércio de proximidade, que não haja dúvidas sobre isso.
O objectivo é devolver-se alguma paz de espírito ao cidadão. Corrigindo-se o paisagismo (?) torpe que se foi deixando crescer, em que as árvores estão desavindas entre si, os passeios são aos “s”, intermitentes e esburacados, com caldeiras sem árvores, alcatroados (!), inexistentes, até. Isso e ciclovias. Menos faixas de rodagem para automóveis. Passeios reperfilados, mais largos. Mobiliário urbano harmonizado. Mais árvores. Praças que voltam a sê-lo de facto e não só de nome.
Ou seja, muito boas notícias, pese embora alguns detalhes (a CML não pode cair na tentação popularucha de arrancar a calçada portuguesa) e arestas por limar (por ex. a CML deve colocar candeeiros e bancos iguais aos que colocou na Av. Duque d’Ávila e não outros, e o mesmo na Rovisco Pais, aliás.)
Aparentemente, contudo, há quem assim não ache e recorra ao altifalante e misture, inclusive, alhos com bugalhos, chamando à liça heranças pesadas como a do terreno da Feira Popular e o empreendimento da Praça de Entrecampos. No mínimo, é injusto. Uma coisa era se a algazarra fosse porque a CML chegou tarde ou estar a pecar por defeito (Madrid, no âmbito do seu Pano de Mobilidades, está prestes a proibir o uso de automóveis no centro da cidade), mas berrar porque os lugares de estacionamento vão diminuir?!
Além do mais, o estacionamento existente em toda aquela zona é perfeitamente suficiente para os moradores, basta passar por lá à noite. E se há moradores que saem e voltam de carro amiúde, pois que utilizem o metropolitano ou o bus, que é coisa que não falta ali. Já a quem ali estaciona vindo de fora, apenas para apanhar o metro para o trabalho (o mesmo na Av. E.U.A, Av. Roma, etc.), temos pena, mas a cidade já cá estava, reivindiquem a quem elegem por um sistema de transportes públicos capaz de abastecer a periferia.
Por fim, para quem contesta gritando números e estatísticas, um conselho: consultem os documentos disponíveis no site da CML e façam contas, que não são precisas derivadas nem equações: há estacionamento à superfície e em parque público, desde o Campo Grande ao Marquês de Pombal, suficiente para obviar aos míseros 163 lugares que deixam de existir no resgate da Praça Duque de Saldanha que a CML em boa hora decidiu levar por diante.
Já é tempo de Europa em Lisboa, pelo menos nesta matéria!
Fundador do Fórum Cidadania Lx
PAULO FERRERO
11/11/2015 - 03:35
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