Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 196 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 196 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Um país alheado
Página 1 de 1
Um país alheado
Durante a II Guerra Mundial, Portugal recebeu um enorme número de refugiados. O que mais os espantava quando aqui chegavam era como o país conseguia viver completamente alheado da guerra que atingia a Europa. Ficavam especialmente perplexos com a alegria com que Lisboa festejava os Santos Populares, celebrando com fogo-de-artifício enquanto outras cidades europeias estavam debaixo de um fogo bem real.
Hoje parece que algo semelhante se está a passar. Em 13 de Novembro, o Estado Islâmico levou a sua jihad ao coração da Europa, massacrando Paris. Bruxelas teve este fim-de-semana de declarar o estado de emergência, fechando as escolas e o metro. Mas em Portugal não se passa nada. Depois do derrube irresponsável do governo, o Presidente, que tinha todos os cenários estudados, decidiu afinal ouvir meio mundo para saber o que fazer. No intervalo das audições não deixou de ir à Madeira, de onde nos elucidou que a banana local estava maior e mais saborosa, assunto seguramente mais importante do que a resolução da crise política. O parlamento, depois de derrubar o governo, resolveu voltar à sua agenda fracturante habitual, revogando as alterações à lei do aborto e permitindo a adopção por pessoas do mesmo sexo. E o governo demitido, sem poder tomar medidas de fundo, lá se vai arrastando numa situação insustentável.
Tudo isto só faz lembrar os governantes bizantinos, que se entretinham a discutir o sexo dos anjos enquanto os turcos atacavam Constantinopla. Sabe-se como essa história acabou.
Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Escreve à terça-feira
Luís Menezes Leitão
Jornal i
Hoje parece que algo semelhante se está a passar. Em 13 de Novembro, o Estado Islâmico levou a sua jihad ao coração da Europa, massacrando Paris. Bruxelas teve este fim-de-semana de declarar o estado de emergência, fechando as escolas e o metro. Mas em Portugal não se passa nada. Depois do derrube irresponsável do governo, o Presidente, que tinha todos os cenários estudados, decidiu afinal ouvir meio mundo para saber o que fazer. No intervalo das audições não deixou de ir à Madeira, de onde nos elucidou que a banana local estava maior e mais saborosa, assunto seguramente mais importante do que a resolução da crise política. O parlamento, depois de derrubar o governo, resolveu voltar à sua agenda fracturante habitual, revogando as alterações à lei do aborto e permitindo a adopção por pessoas do mesmo sexo. E o governo demitido, sem poder tomar medidas de fundo, lá se vai arrastando numa situação insustentável.
Tudo isto só faz lembrar os governantes bizantinos, que se entretinham a discutir o sexo dos anjos enquanto os turcos atacavam Constantinopla. Sabe-se como essa história acabou.
Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa
Escreve à terça-feira
Luís Menezes Leitão
Jornal i
Tópicos semelhantes
» Primeiro - Ministro: Passos Coelho as palavras importantes para o país com o discurso verdadeiro e a frente o interesse nacional o crescimento económico do país
» O país do medo
» O "país pequeno"
» O país do medo
» O "país pequeno"
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin