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Mortea os impostos
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Mortea os impostos
Já tinha denunciado aqui neste espaço, em abril, a propósito do sistema e-fatura, que o Governo de Passos Coelho transformou cada português num contabilista. Primeiro, esmagou-nos com impostos e, depois, obrigou-nos a fazer o trabalho das Finanças, usando o engodo de uns míseros benefícios. Parecia claro que um sistema destes, montado à pressa e que é resultado da cega obsessão em espoliar os contribuintes, iria dar problemas.
Pois bem, esta semana, o JN noticiou que devido a alterações ao código de classificação de atividade económica, todos nós corremos o risco de ter de rever todas as faturas que já registámos no portal e-fatura, um escândalo que passou quase despercebido na torrente informativa. Para o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, isto é "o mesmo que transformar os contribuintes em trabalhadores do Fisco". Para a Ordem dos Contabilistas, isto é "o Estado a remeter para os contribuintes a execução de funções que lhe dizem respeito". Para mim, isto é escravatura fiscal.
Tinha razão, Benjamim Franklin. "Nada é garantido a não a ser a morte e os impostos". Em Portugal, a carga fiscal é tão alta que arriscamos a morte por impostos ou nos matamos a trabalhar para os aliviar. E para nada. A desigualdade é cada vez maior.
, JORNALISTA
28.11.2015
MIGUEL CONDE COUTINHO
Jornal de Notícias
Pois bem, esta semana, o JN noticiou que devido a alterações ao código de classificação de atividade económica, todos nós corremos o risco de ter de rever todas as faturas que já registámos no portal e-fatura, um escândalo que passou quase despercebido na torrente informativa. Para o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, isto é "o mesmo que transformar os contribuintes em trabalhadores do Fisco". Para a Ordem dos Contabilistas, isto é "o Estado a remeter para os contribuintes a execução de funções que lhe dizem respeito". Para mim, isto é escravatura fiscal.
Tinha razão, Benjamim Franklin. "Nada é garantido a não a ser a morte e os impostos". Em Portugal, a carga fiscal é tão alta que arriscamos a morte por impostos ou nos matamos a trabalhar para os aliviar. E para nada. A desigualdade é cada vez maior.
, JORNALISTA
28.11.2015
MIGUEL CONDE COUTINHO
Jornal de Notícias
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