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Saudade e realidade
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Saudade e realidade
Em Agosto do próximo ano completar-se-ão 115 anos de estreito convívio entre Lisboa e os seus carros eléctricos. Lembrando esta antiguidade de relações e tomando em conta que, durante este longo período, a literatura, o teatro (principalmente o revisteiro), o cinema, a pintura, até a música, sempre que relacionados com esta cidade, não seriam os mesmos sem os "ex-libris" amarelos que trepam as colinas sem engasgamentos, poderia cair-se num estado a que aqueles que se intitulam de mais modernos poderiam rotular de puro saudosismo. Ou reafirmar, como me aconteceu ver escrito, durante uma época de "caça ao eléctrico", considerado como relíquia a abater, que Lisboa sem eléctricos é um tanto como seria Veneza sem gôndolas ou Amsterdão sem bicicletas.
Qualquer lisboeta empedernido e que ande ao menos pela meia idade poderá acabar por reconhecer que, de facto, quando pensa nos seus transportes mais clássicos, é atingido por alguma saudade. Ia-se a toda a parte. Ao longo do rio, de Algés ao Poço do Bispo; dentro da cidade, aos locais então mais recônditos - Benfica, Lumiar, Carnide...
Mas é sabido que uma cidade, por muito romântica que seja, não pode instalar-se comodamente na nostalgia. E então veio a voragem do trânsito, a pressa de chegar ou de partir, as dificuldades de rolar ou estacionar Sua Majestade o Automóvel. E o pobre eléctrico passou a ser ronceiro, mandrião, empata...
Resta saber se há, em qualquer das posições, verdades absolutas, se não existem casos em que o velho amarelo fosse mesmo útil e pudesse coexistir com o chamado progresso. Ora, por exemplo, a zona da Rua do Alecrim (servida pela antiga carreira 20) suportaria certamente a reposição do eléctrico. Seria um consolo para quem tem de enfrentar a subida e desespera perante os raros autocarros. O mesmo se diga da carreira 24. Posso ser suspeito a falar dela porque a utilizei vezes sem conta. Mas estou em crer que a sua reentrada em funções seria um bem. Por todos os motivos e até num eventual aproveitamento turístico: Príncipe Real, Jardim Botânico, Rato, Amoreiras... Há muito para ver e mostrar!
10 DE DEZEMBRO DE 2015
00:01
Appio Sottomayor
Diário de Notícias
Qualquer lisboeta empedernido e que ande ao menos pela meia idade poderá acabar por reconhecer que, de facto, quando pensa nos seus transportes mais clássicos, é atingido por alguma saudade. Ia-se a toda a parte. Ao longo do rio, de Algés ao Poço do Bispo; dentro da cidade, aos locais então mais recônditos - Benfica, Lumiar, Carnide...
Mas é sabido que uma cidade, por muito romântica que seja, não pode instalar-se comodamente na nostalgia. E então veio a voragem do trânsito, a pressa de chegar ou de partir, as dificuldades de rolar ou estacionar Sua Majestade o Automóvel. E o pobre eléctrico passou a ser ronceiro, mandrião, empata...
Resta saber se há, em qualquer das posições, verdades absolutas, se não existem casos em que o velho amarelo fosse mesmo útil e pudesse coexistir com o chamado progresso. Ora, por exemplo, a zona da Rua do Alecrim (servida pela antiga carreira 20) suportaria certamente a reposição do eléctrico. Seria um consolo para quem tem de enfrentar a subida e desespera perante os raros autocarros. O mesmo se diga da carreira 24. Posso ser suspeito a falar dela porque a utilizei vezes sem conta. Mas estou em crer que a sua reentrada em funções seria um bem. Por todos os motivos e até num eventual aproveitamento turístico: Príncipe Real, Jardim Botânico, Rato, Amoreiras... Há muito para ver e mostrar!
10 DE DEZEMBRO DE 2015
00:01
Appio Sottomayor
Diário de Notícias
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