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O mundo em 2100
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O mundo em 2100
Bombeiros voadores, máquinas de aprender e patins elétricos como meio de transporte comum. Assim seria o mundo nos anos 2000, imaginado por Villemard um século antes. As imagens do artista francês fazem parte de uma série a que chamou Utopia e que inclui carros voadores, comboios elétricos a ligar o mundo inteiro e planadores.
Quando Villemard imaginou o ano 2000, o mundo acreditava que os carros (uma extravagância acessível ainda a muito poucos) com motor elétrico eram verdadeiramente eficientes, muito mais do que as máquinas a vapor ou os motores a explosão. "A eletricidade é ideal porque não precisa dos dispositivos complexos usados nos motores a gasolina, a vapor ou a ar comprimido, além de emitir menos vibração, calor e ruído", justificava a revista Scientific American em fevereiro de 1899. A tecnologia, porém, tomou um caminho bem diferente. Cem anos depois, os transportes, numa esmagadora maioria movidos a derivados do petróleo, são responsáveis por um quarto das emissões de gases com efeito estufa. Uma realidade que nem o investimento e o desenvolvimento dos carros elétricos - incluindo baterias com cada vez maior autonomia - nem os choques petrolíferos que atiraram os preços do petróleo para mais de cem dólares por barril foram capazes de alterar. Nem tudo são más notícias: por exemplo, a Europa - e Portugal está entre os melhores casos - é líder mundial, com 27% da energia que produz e consome a vir de fontes renováveis.
No entanto, nem os objetivos de atingir os 50% de energias limpas chegam para equilibrar os pratos da balança com as emissões de gases com efeito estufa emitidos por países como a China (responsável por um quarto das emissões mundiais), os Estados Unidos ou a Índia - países que compõem o top 3, ainda que, no seu conjunto, a União Europeia fique à frente de Nova Deli. É por isso que o compromisso assinado ontem pode realmente mudar o mundo: porque pela primeira vez conta com o empenho dos líderes de todos os grandes poluidores para conter o problema antes que este seja irresolúvel. É um acordo histórico, um compromisso sério. Mas é apenas o primeiro passo num caminho em que é preciso manter o entusiasmo e será fundamental levar o rigor até ao fim, sobretudo quando a passagem do papel para a realidade parecer demasiado complicada. Se assim for, talvez em 2100 o mundo se pareça um bocadinho mais com aquilo que Villemard imaginou.
Editorial
13 DE DEZEMBRO DE 2015
00:16
JOANA PETIZ
Diário de Notícias
Quando Villemard imaginou o ano 2000, o mundo acreditava que os carros (uma extravagância acessível ainda a muito poucos) com motor elétrico eram verdadeiramente eficientes, muito mais do que as máquinas a vapor ou os motores a explosão. "A eletricidade é ideal porque não precisa dos dispositivos complexos usados nos motores a gasolina, a vapor ou a ar comprimido, além de emitir menos vibração, calor e ruído", justificava a revista Scientific American em fevereiro de 1899. A tecnologia, porém, tomou um caminho bem diferente. Cem anos depois, os transportes, numa esmagadora maioria movidos a derivados do petróleo, são responsáveis por um quarto das emissões de gases com efeito estufa. Uma realidade que nem o investimento e o desenvolvimento dos carros elétricos - incluindo baterias com cada vez maior autonomia - nem os choques petrolíferos que atiraram os preços do petróleo para mais de cem dólares por barril foram capazes de alterar. Nem tudo são más notícias: por exemplo, a Europa - e Portugal está entre os melhores casos - é líder mundial, com 27% da energia que produz e consome a vir de fontes renováveis.
No entanto, nem os objetivos de atingir os 50% de energias limpas chegam para equilibrar os pratos da balança com as emissões de gases com efeito estufa emitidos por países como a China (responsável por um quarto das emissões mundiais), os Estados Unidos ou a Índia - países que compõem o top 3, ainda que, no seu conjunto, a União Europeia fique à frente de Nova Deli. É por isso que o compromisso assinado ontem pode realmente mudar o mundo: porque pela primeira vez conta com o empenho dos líderes de todos os grandes poluidores para conter o problema antes que este seja irresolúvel. É um acordo histórico, um compromisso sério. Mas é apenas o primeiro passo num caminho em que é preciso manter o entusiasmo e será fundamental levar o rigor até ao fim, sobretudo quando a passagem do papel para a realidade parecer demasiado complicada. Se assim for, talvez em 2100 o mundo se pareça um bocadinho mais com aquilo que Villemard imaginou.
Editorial
13 DE DEZEMBRO DE 2015
00:16
JOANA PETIZ
Diário de Notícias
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