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Uma questão de humanidade
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Uma questão de humanidade
A fibra da das civilizações testa-se nas dificuldades. Assim é com a questão da crise dos refugiados, uma maré de gente que foge em massa do horror e da carnificina em que vivia.
Não é de hoje, ainda que muitas pessoas só tenham percebido o flagelo da atual vaga migratória com a aterradora fotografia do pequeno Aylan Kurdi, cuja volta ao mundo gerou uma onda de solidariedade nunca vista.
Somos refugiados, de uma maneira ou de outra, desde os tempos mais remotos da nossa existência. A fuga dos trópicos rumo a países mais amenos, antes ainda da revolução agrária, é um exemplo que nos mostra a vastidão de tempo à qual nos fomos habituando a mudar de paragens para melhorar a nossa condição. Assim foi neste tempo e assim se repetiu pela história. Mesmo nós, portugueses, que temos uma das mais antigas fronteiras do mundo, vimos as nossas gerações partir para os quatro cantos do mundo, fosse para melhorar as condições de vida que não somos capazes de proporcionar aos nossos filhos, fosse por razões políticas, seja no tempo em que se fugia do Estado Novo seja do tempo em que a fuga se dava pelos excessos cometidos durante o PREC no 25 de Abril. Mais recentemente, com as dificuldades impostas pela economia, muitos voltaram a partir em busca de soluções profissionais mais atrativas.
A familiaridade do fenómeno e a identificação que temos com ele, muitas vezes dentro das nossas famílias, é inquestionável. Sem querer comparar o dramatismo de quem foge da Síria ou de qualquer outro país onde a guerra se instalou, lamentavelmente, no quotidiano, com o dramatismo de quem parte de livre vontade e apenas motivado pelas suas justas ambições profissionais, a verdade é que quem parte sem feridas abre-as de outra maneira. Mas quem está a chegar à Europa, apesar de vir com os olhos cansados de guerra, tem de ser recebido com a maior dignidade possível. Muitos são profissionais qualificados, altamente qualificados, que, estou certo, encontrarão com facilidade onde e como contribuir para a sociedade na qual vieram viver.
Vêm de muitos lados e alguns, aqueles que podemos receber, estão por estes dias a chegar a Portugal. O concelho de Oeiras, como não podia deixar de ser, responde afirmativamente a este desafio, que muito nos honra não só como autarcas, enquanto CMC, mas como seres dotados da humanidade que se exige. O Plano Municipal de Oeiras para a Integração de Imigrantes é feito em parceria com um mosaico de associações com valências que nos dão garantias da diversidade de competências que são importantes. A Associação de Amigos da Mulher Angolana, a A. Portuguesa de Solidariedade e Desenvolvimento, a A. Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal, a A. de Solidariedade Social Assomada, a A. de Imigrantes Mundo Feliz, a A. de Imigrantes Chance+, a A. de Moradores do Bairro dos Navegadores, a A. Desportiva Cultural e Recreativa Moinho em Movimento, o Instituto Padre António Vieira e a Fundação Aga Khan são parceiros desde a primeira hora no sentido de garantir também o sucesso do Programa de Mentores para Migrantes, que se consubstancia num modelo de apoio de proximidade assente numa lógica de voluntariado, visando promover a integração de imigrantes na sociedade portuguesa.
Com estas sinergias queremos ser mais do que a soma das partes e transformar a nossa solidariedade num programa efetivo, capaz de devolver aos refugiados que nos procuraram a vida a que eles têm direito.
17 DE DEZEMBRO DE 2015
00:00
Paulo Vistas
Diário de Notícias
Não é de hoje, ainda que muitas pessoas só tenham percebido o flagelo da atual vaga migratória com a aterradora fotografia do pequeno Aylan Kurdi, cuja volta ao mundo gerou uma onda de solidariedade nunca vista.
Somos refugiados, de uma maneira ou de outra, desde os tempos mais remotos da nossa existência. A fuga dos trópicos rumo a países mais amenos, antes ainda da revolução agrária, é um exemplo que nos mostra a vastidão de tempo à qual nos fomos habituando a mudar de paragens para melhorar a nossa condição. Assim foi neste tempo e assim se repetiu pela história. Mesmo nós, portugueses, que temos uma das mais antigas fronteiras do mundo, vimos as nossas gerações partir para os quatro cantos do mundo, fosse para melhorar as condições de vida que não somos capazes de proporcionar aos nossos filhos, fosse por razões políticas, seja no tempo em que se fugia do Estado Novo seja do tempo em que a fuga se dava pelos excessos cometidos durante o PREC no 25 de Abril. Mais recentemente, com as dificuldades impostas pela economia, muitos voltaram a partir em busca de soluções profissionais mais atrativas.
A familiaridade do fenómeno e a identificação que temos com ele, muitas vezes dentro das nossas famílias, é inquestionável. Sem querer comparar o dramatismo de quem foge da Síria ou de qualquer outro país onde a guerra se instalou, lamentavelmente, no quotidiano, com o dramatismo de quem parte de livre vontade e apenas motivado pelas suas justas ambições profissionais, a verdade é que quem parte sem feridas abre-as de outra maneira. Mas quem está a chegar à Europa, apesar de vir com os olhos cansados de guerra, tem de ser recebido com a maior dignidade possível. Muitos são profissionais qualificados, altamente qualificados, que, estou certo, encontrarão com facilidade onde e como contribuir para a sociedade na qual vieram viver.
Vêm de muitos lados e alguns, aqueles que podemos receber, estão por estes dias a chegar a Portugal. O concelho de Oeiras, como não podia deixar de ser, responde afirmativamente a este desafio, que muito nos honra não só como autarcas, enquanto CMC, mas como seres dotados da humanidade que se exige. O Plano Municipal de Oeiras para a Integração de Imigrantes é feito em parceria com um mosaico de associações com valências que nos dão garantias da diversidade de competências que são importantes. A Associação de Amigos da Mulher Angolana, a A. Portuguesa de Solidariedade e Desenvolvimento, a A. Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal, a A. de Solidariedade Social Assomada, a A. de Imigrantes Mundo Feliz, a A. de Imigrantes Chance+, a A. de Moradores do Bairro dos Navegadores, a A. Desportiva Cultural e Recreativa Moinho em Movimento, o Instituto Padre António Vieira e a Fundação Aga Khan são parceiros desde a primeira hora no sentido de garantir também o sucesso do Programa de Mentores para Migrantes, que se consubstancia num modelo de apoio de proximidade assente numa lógica de voluntariado, visando promover a integração de imigrantes na sociedade portuguesa.
Com estas sinergias queremos ser mais do que a soma das partes e transformar a nossa solidariedade num programa efetivo, capaz de devolver aos refugiados que nos procuraram a vida a que eles têm direito.
17 DE DEZEMBRO DE 2015
00:00
Paulo Vistas
Diário de Notícias
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