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Geoparques UNESCO: reconhecer o património geológico
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Geoparques UNESCO: reconhecer o património geológico
A UNESCO detém agora três instrumentos, de impacto mundial, que contribuem, no seu conjunto, para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2016-2030.
No dia 17 de Novembro de 2015, durante a 38ª sessão da Conferência Geral da UNESCO realizada em Paris, os 195 estados-membro desta estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram os estatutos do novo Programa Internacional Geociências e Geoparques. Este programa pretende reforçar o papel da UNESCO no reconhecimento da importância que as Ciências da Terra detêm para o bem-estar da sociedade. A ONU tinha já declarado 2008 como Ano Internacional do Planeta Terra, com o objectivo de alertar a sociedade para que o conhecimento científico disponibilizado pelas geociências pode contribuir para vida mais equilibrada e ambientalmente, economicamente e socialmente mais sustentada.
Com este novo programa, a UNESCO criou também a designação “Geoparque Global da UNESCO” (UNESCO Global Geopark) como forma de reconhecer a importância de conservar e gerir sítios e paisagens de importância geológica internacional (património geológico) de forma holística e em benefício das comunidades.
A UNESCO detém agora três instrumentos, de impacto mundial, que contribuem, no seu conjunto, para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2016-2030: os sítios de Património Mundial, as Reservas da Biosfera e os Geoparques Globais.
Os Geoparques Globais da UNESCO são territórios com património geológico de relevância internacional cuja conservação é essencial para garantir o progresso das geociências e o conhecimento que detemos do passado do nosso planeta, da origem e evolução da biodiversidade e das condições que nos permitem sobreviver com conforto e bem-estar. Porém, um geoparque não é apenas um território com rochas, minerais, fósseis e paisagens excepcionais! É também uma estratégia de gestão territorial que reconhece a importância da geodiversidade como matriz distintiva que condiciona a fauna e a flora, assim como o modo como a espécie humana se relaciona com esse espaço desde há milénios. Por esta razão, a promoção dos aspectos culturais é também de primordial importância para os geoparques.
Os geoparques iniciaram-se na Europa no ano 2000, tendo obtido os auspícios da UNESCO desde cedo. Porém, só agora esta organização decidiu garantir o seu apoio incondicional, conferindo-lhes um estatuto idêntico ao do Património Mundial e Reservas da Biosfera, ambos criados há cerca de quatro décadas.
Em Portugal, existem atualmente quatro Geoparques Globais da UNESCO: Naturtejo, Arouca, Açores e Terras de Cavaleiros. Estes geoparques integram uma rede mundial, em claro crescimento, que possui já 120 membros em 33 países. A Universidade do Minho coordenou o inventário nacional de património geológico e tem acompanhado de perto todas as iniciativas relacionadas com criação de geoparques no país. Integrado no seu novo programa de ensino a distância, esta universidade disponibilizará, pela primeira vez, um curso online de curta duração (4 semanas) dirigido a todos os que pretendem conhecer melhor o que são Geoparques Globais da UNESCO.
Instituto de Ciências da Terra, pólo da Universidade do Minho
JOSÉ BRILHA
01/01/2016 - 10:45
Público
No dia 17 de Novembro de 2015, durante a 38ª sessão da Conferência Geral da UNESCO realizada em Paris, os 195 estados-membro desta estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram os estatutos do novo Programa Internacional Geociências e Geoparques. Este programa pretende reforçar o papel da UNESCO no reconhecimento da importância que as Ciências da Terra detêm para o bem-estar da sociedade. A ONU tinha já declarado 2008 como Ano Internacional do Planeta Terra, com o objectivo de alertar a sociedade para que o conhecimento científico disponibilizado pelas geociências pode contribuir para vida mais equilibrada e ambientalmente, economicamente e socialmente mais sustentada.
Com este novo programa, a UNESCO criou também a designação “Geoparque Global da UNESCO” (UNESCO Global Geopark) como forma de reconhecer a importância de conservar e gerir sítios e paisagens de importância geológica internacional (património geológico) de forma holística e em benefício das comunidades.
A UNESCO detém agora três instrumentos, de impacto mundial, que contribuem, no seu conjunto, para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável 2016-2030: os sítios de Património Mundial, as Reservas da Biosfera e os Geoparques Globais.
Os Geoparques Globais da UNESCO são territórios com património geológico de relevância internacional cuja conservação é essencial para garantir o progresso das geociências e o conhecimento que detemos do passado do nosso planeta, da origem e evolução da biodiversidade e das condições que nos permitem sobreviver com conforto e bem-estar. Porém, um geoparque não é apenas um território com rochas, minerais, fósseis e paisagens excepcionais! É também uma estratégia de gestão territorial que reconhece a importância da geodiversidade como matriz distintiva que condiciona a fauna e a flora, assim como o modo como a espécie humana se relaciona com esse espaço desde há milénios. Por esta razão, a promoção dos aspectos culturais é também de primordial importância para os geoparques.
Os geoparques iniciaram-se na Europa no ano 2000, tendo obtido os auspícios da UNESCO desde cedo. Porém, só agora esta organização decidiu garantir o seu apoio incondicional, conferindo-lhes um estatuto idêntico ao do Património Mundial e Reservas da Biosfera, ambos criados há cerca de quatro décadas.
Em Portugal, existem atualmente quatro Geoparques Globais da UNESCO: Naturtejo, Arouca, Açores e Terras de Cavaleiros. Estes geoparques integram uma rede mundial, em claro crescimento, que possui já 120 membros em 33 países. A Universidade do Minho coordenou o inventário nacional de património geológico e tem acompanhado de perto todas as iniciativas relacionadas com criação de geoparques no país. Integrado no seu novo programa de ensino a distância, esta universidade disponibilizará, pela primeira vez, um curso online de curta duração (4 semanas) dirigido a todos os que pretendem conhecer melhor o que são Geoparques Globais da UNESCO.
Instituto de Ciências da Terra, pólo da Universidade do Minho
JOSÉ BRILHA
01/01/2016 - 10:45
Público
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