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A corrupção do Atlântico
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A corrupção do Atlântico
A corrupção, o branqueamento e a fraude encontram hoje um imenso mar de países amigos e de dirigentes protetores.
A Operação Rota do Atlântico, que levou à detenção de José Veiga e Paulo Santana Lopes, não traz apenas os problemas da corrupção novamente para o espaço mediático. Destapa um verdadeiro cancro que mancha o espaço da política e das relações internacionais. Coloca aos olhos de todos o problema da impunidade que envia ou mantém na miséria milhões de pessoas no mundo inteiro.
Na lista de devedores do Fisco e com o nome chamuscado na Europa, Veiga procurou em alguns países africanos e junto de alguns dirigentes menos transparentes relançar as bases da sua fortuna. A investigação acredita agora que esse novo El Dorado terá sido alcançado à custa de distribuição de luvas – que envolvia os mais altos dirigentes destes países – e de um sofisticado esquema de branqueamento do dinheiro em Portugal, onde também estarão altos quadros envolvidos. Mais uma vez, claro, ao arrepio dos impostos e da carga fiscal que a todos nos pesa tanto.
Não vale a pena ocultar este facto: será um enorme desafio para a justiça, não apenas porque muitos destes países se recusarão a cooperar com o que quer que seja da investigação, como muitos dos dirigentes mencionados estarão obviamente disponíveis para acolher estes suspeitos à primeira oportunidade.
A justiça não pode, no entanto, deixar- -se vergar perante os obstáculos. A subsistência de paraísos do crime e de convite ao dinheiro sujo em vários lugares do mundo tem de ser denunciada. As consequências do branqueamento de dinheiro ilícito e de fuga ao pagamento de impostos têm de ser expostas. Em última análise, é dinheiro que deveria servir de base para a construção de novos hospitais, universidades e novas forças de segurança ao serviço de todos.
É de facto uma grande lição que Portugal tem de aprender: não é eticamente aceitável continuar a penalizar os que trabalham e produzem e ter uma espécie de justiça soft para aqueles que, enchendo os bolsos, nos empobrecem a todos.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/andre_ventura/detalhe/a_corrupcao_do_atlantico.html
08.02.2016 00:30
ANDRÉ VENTURA
Professor Universitário
Correio da Manhã
A Operação Rota do Atlântico, que levou à detenção de José Veiga e Paulo Santana Lopes, não traz apenas os problemas da corrupção novamente para o espaço mediático. Destapa um verdadeiro cancro que mancha o espaço da política e das relações internacionais. Coloca aos olhos de todos o problema da impunidade que envia ou mantém na miséria milhões de pessoas no mundo inteiro.
Na lista de devedores do Fisco e com o nome chamuscado na Europa, Veiga procurou em alguns países africanos e junto de alguns dirigentes menos transparentes relançar as bases da sua fortuna. A investigação acredita agora que esse novo El Dorado terá sido alcançado à custa de distribuição de luvas – que envolvia os mais altos dirigentes destes países – e de um sofisticado esquema de branqueamento do dinheiro em Portugal, onde também estarão altos quadros envolvidos. Mais uma vez, claro, ao arrepio dos impostos e da carga fiscal que a todos nos pesa tanto.
Não vale a pena ocultar este facto: será um enorme desafio para a justiça, não apenas porque muitos destes países se recusarão a cooperar com o que quer que seja da investigação, como muitos dos dirigentes mencionados estarão obviamente disponíveis para acolher estes suspeitos à primeira oportunidade.
A justiça não pode, no entanto, deixar- -se vergar perante os obstáculos. A subsistência de paraísos do crime e de convite ao dinheiro sujo em vários lugares do mundo tem de ser denunciada. As consequências do branqueamento de dinheiro ilícito e de fuga ao pagamento de impostos têm de ser expostas. Em última análise, é dinheiro que deveria servir de base para a construção de novos hospitais, universidades e novas forças de segurança ao serviço de todos.
É de facto uma grande lição que Portugal tem de aprender: não é eticamente aceitável continuar a penalizar os que trabalham e produzem e ter uma espécie de justiça soft para aqueles que, enchendo os bolsos, nos empobrecem a todos.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/andre_ventura/detalhe/a_corrupcao_do_atlantico.html
08.02.2016 00:30
ANDRÉ VENTURA
Professor Universitário
Correio da Manhã
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