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Governo anunciou investimentos na ferrovia
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Governo anunciou investimentos na ferrovia
Comboio Alfa Pendular, perto de Grândola, na variante de Alcácer. Foto: João Cunha
Foi hoje reapresentado pelo Ministro Pedro Marques o PETI3+, na sua componente de investimentos ferroviários, em cerimónia com pompa e circunstância na sede da Infraestruturas de Portugal.
O governante encarregue da pasta do Planeamento e Infraestruturas enfatizou os objetivos dos investimentos, com clara prioridade dada ao transporte de mercadorias e à promoção da interoperabilidade nos eixos internacionais, onde subsistem claros défices de várias ordens.
O maior destaque vai para os novos troços de linha que em conjunto vão representar mais de 100 quilómetros de vias novas. Nascerão todas no Alentejo e terão como grande prioridade potenciar os portos do Sul do país, permitindo ligações ferroviárias de qualidade com o centro da península Ibérica, no que se espera propiciar um alargamento das respetivas áreas de influência.
Entre a Raquete de Sines, estação técnica junto aos ramais industriais de Sines, e a estação técnica de Grândola Norte, na linha do Sul, uma nova linha muito mais rectilínea e sem passar pelas inclementes rampas da serra de Santiago do Cacém permitirá aumentar de forma muito substancial a capacidade oferecida pelo transporte ferroviário, permitindo a produção de comboios mais longos, pesados e, por isso, mais eficientes. A estimativa da Infraestruturas de Portugal aponta para uma redução de custos na operação de comboios de mercadorias neste eixo de 35%.
Na linha da Beira Baixa, confirma-se a reconstrução do troço Covilhã – Guarda, encerrado desde 2009, e que permitirá uma redundância fundamental à linha da Beira Alta a partir de finais de 2018. Foram ainda anunciadas diversas eletrificações (linhas do Minho, Douro, ramal de Neves Corvo e parte da linha do Oeste) em linhas onde outro tipo de intervenções serão bem mais modestas: instalação de sinalização automática, aumento do comprimento de estações e pontuais aumentos de velocidade com ripagem de curvas.
Na Beira Alta, continua o suspense: serão gastos mais 56 milhões de Euros apenas em estudos e, construção da concordância da Pampilhosa à parte, continua sem se saber se vai haver nova linha a passar por Viseu ou se a aposta é na renovação da linha original, que limita os comboios a cerca de 1000 toneladas com uma locomotiva da série 4700, o que se traduzirá num investimento sem impactos reais na competitividade do modo ferroviário.
A linha da Beira Alta apresenta grandes constrangimentos a necessitar de resolução – traçado sinuoso e com muitas rampas penalizantes.
A linha do Norte continuará as obras de renovação, nunca concluídas, centradas nos troços que não mereceram renovação nos últimos 20 anos: Gaia – Ovar, Alfarelos – Pampilhosa e Cartaxo – Entroncamento. Esta renovação em particular assume apenas o objetivo de renovar a sinalização, melhorar fiabilidade da infraestrutura e reduzir custos operacionais da infraestrutura, sendo secundários os aumentos de velocidade (160 km/h para comboios convencionais) e inexistentes as ações relativas a criação de condições para maior capacidade de carga por parte das locomotivas.
Estão ainda previstas verbas para melhoramentos na linha de Leixões e ainda mais de 100 milhões de Euros para a renovação da linha de Cascais, cuja infraestrutura está em acelerado estado de decadência e cuja renovação está prometida há mais de uma década. Estes projetos, que não entram na lógica de projetos transfronteiriços, serão candidatos a fundos do Plano Juncker. A concessão desta linha a privados foi posta de parte.
A linha do Algarve estará totalmente eletrificada até 2021, correspondendo a uma ambição antiga da própria CP.
Balizas ERTMS – uma realidade em breve, na rede portuguesa – Foto: Ferropedia.es
Todas as obras de renovação de via comportarão instalação de travessas polivalentes autorizando uma migração facilitada para bitola UIC (1.435 mm) logo que seja pertinente por via das ligações com Espanha e ainda a instalação de sistemas de segurança e controlo de velocidade compatíveis com as normas ERTMS.
As primeiras obras no terreno devem começar no 3º trimestre de 2016, na linha Évora – Elvas, para a qual já existe financiamento comunitário assegurado e estão em curso os projetos de execução. Os restantes projetos sem financiamento ainda assegurado serão candidatos a fundos do CEF – Connecting Europe Facility, cujo prazo de candidaturas termina a 16 de Fevereiro.
Ao longo do fim de semana o Portugal Ferroviário irá dar a conhecer melhor as intervenções previstas e abordar o porquê de serem ou não importantes para aumentar a competitividade do transporte ferroviário em geral e para atingir os objetivos específicos de cada investimento em particular. A não perder!
12 FEVEREIRO, 2016
Portugal Ferroviário
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