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À moda de Sá Carneiro
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À moda de Sá Carneiro
No dia em que a Selectiva Moda e a ANA (grupo Vinci), há mais de um ano, estabeleceram a parceria para a realização da edição número 47 da Modtissimo no aeroporto do Porto, ninguém imaginava que um ano volvido eu poderia escrever uma crónica como a que segue. Existia uma aposta comum, ousada, de pôr o aeroporto na moda e vice-versa, mas que o Sá Carneiro ia estar tão em foco como está era impossível prever.
1. À moda de Francisco Sá Carneiro
Depois de tantas linhas e soundbites, tantas bravatas e juras de guerra eterna aos infiéis, falemos do Aeroporto Francisco Sá Carneiro pelo que ele faz e é capaz de fazer por si, sem esperar que sejam outros a fazer por ele.
O aeroporto do Porto tem vida própria, capacidade própria, orgulho próprio. Fazendo jus ao nome com que o batizaram, o maior aeroporto do Norte peninsular está a tratar da sua vida à moda de Sá Carneiro. O carismático fundador e líder do PPD/PSD (como ontem o primeiro-ministro António Costa não se cansou de sublinhar no debate do Orçamento do Estado no Parlamento) deixou saudades, mas deixou sobretudo uma memória de que muitos se reclamam, mas bem menos assumem na sua prática política quotidiana.
Francisco Sá Carneiro não fugia das "guerras", nem as contornava com habilidades ou falinhas mansas. O dirigente que desapareceu num desastre de avião, que ainda hoje muitos apostam que teve mão criminosa, enfrentava os batalhões de cabeça erguida, sem pestanejar, mas não se deixava ficar pelas conversas ou ameaças. Sá Carneiro fazia, lutava no terreno pelas suas ideias, falando, gritando mas... fazendo pela vida! Das raras vezes em que não o deixavam levar a sua avante, não cedia, não transigia, não negociava. Saía pelo seu pé.
Para voltar mais forte e mais atuante.
2. A moda no Sá Carneiro
É assim que eu me revejo no aeroporto do Porto. Baluarte de uma enorme região, tem crescido sustentadamente como poucos e como poucas instituições da Região nos últimos anos. Segundo dados que ontem vi de um tal Conselho Internacional de Aeroportos para a Europa, o ASC registou em 2015 um crescimento de 17 %, sendo o quarto que mais cresceu num conjunto de 45 aeroportos europeus.
É assim que também me revejo na indústria têxtil, vestuário e moda portuguesa, a quem muitos vaticinavam uma morte inadiável logo após a adesão à Europa e que um punhado de "gauleses" no Norte, mas também em algumas bolsas de resistência no Centro (como na Covilhã) conseguiu resgatar porque nunca aceitou que o destino fosse ditado por outrem que não os próprios .
Voltando ao aeroporto do Porto, ainda me lembro do "apeadeiro" de Pedras Rubras, que agora vejo todas as semanas nas minhas idas à capital, "engolido" pela pujança da nova aerogare, que já tem 8 milhões de "testemunhas" anuais, mas ainda quer mais. Muitos mais, até ao limite das suas capacidades.
É evidente que a TAP também contribuiu e muito para este crescimento do aeroporto do Porto (que na verdade também é de Matosinhos, da Maia e de Vila do Conde), mas já percebi que para a atual gestão deste equipamento o caminho faz-se... caminhando. Sem baixar os braços perante as adversidades, mas também não se deixando ficar pelas lamúrias. O crescimento faz-se com quem quer crescer com ele e acredito que por cada avião da TAP que "cair", dois outros se levantarão!
Do mesmo modo, nem só de aviões vive um aeroporto com a qualidade e a envergadura do Sá Carneiro. Hoje e amanhã, indiferente às polémicas (mas sempre de frente para elas) o aeroporto do Porto é lugar e parceiro de um feito inédito a nível mundial: uma feira de moda um aeroporto em plena atividade. O Modtissimo é lá que assenta os arraiais da sua edição 47, que promete ficar para a História e toda a fileira têxtil tem um prazer especial em mostrar os seus produtos e serviços mais inovadores e performances num aeroporto que também não morrerá enquanto for paladino dessa inovação.
24.02.2016
MANUEL SERRÃO
Jornal de Notícias
1. À moda de Francisco Sá Carneiro
Depois de tantas linhas e soundbites, tantas bravatas e juras de guerra eterna aos infiéis, falemos do Aeroporto Francisco Sá Carneiro pelo que ele faz e é capaz de fazer por si, sem esperar que sejam outros a fazer por ele.
O aeroporto do Porto tem vida própria, capacidade própria, orgulho próprio. Fazendo jus ao nome com que o batizaram, o maior aeroporto do Norte peninsular está a tratar da sua vida à moda de Sá Carneiro. O carismático fundador e líder do PPD/PSD (como ontem o primeiro-ministro António Costa não se cansou de sublinhar no debate do Orçamento do Estado no Parlamento) deixou saudades, mas deixou sobretudo uma memória de que muitos se reclamam, mas bem menos assumem na sua prática política quotidiana.
Francisco Sá Carneiro não fugia das "guerras", nem as contornava com habilidades ou falinhas mansas. O dirigente que desapareceu num desastre de avião, que ainda hoje muitos apostam que teve mão criminosa, enfrentava os batalhões de cabeça erguida, sem pestanejar, mas não se deixava ficar pelas conversas ou ameaças. Sá Carneiro fazia, lutava no terreno pelas suas ideias, falando, gritando mas... fazendo pela vida! Das raras vezes em que não o deixavam levar a sua avante, não cedia, não transigia, não negociava. Saía pelo seu pé.
Para voltar mais forte e mais atuante.
2. A moda no Sá Carneiro
É assim que eu me revejo no aeroporto do Porto. Baluarte de uma enorme região, tem crescido sustentadamente como poucos e como poucas instituições da Região nos últimos anos. Segundo dados que ontem vi de um tal Conselho Internacional de Aeroportos para a Europa, o ASC registou em 2015 um crescimento de 17 %, sendo o quarto que mais cresceu num conjunto de 45 aeroportos europeus.
É assim que também me revejo na indústria têxtil, vestuário e moda portuguesa, a quem muitos vaticinavam uma morte inadiável logo após a adesão à Europa e que um punhado de "gauleses" no Norte, mas também em algumas bolsas de resistência no Centro (como na Covilhã) conseguiu resgatar porque nunca aceitou que o destino fosse ditado por outrem que não os próprios .
Voltando ao aeroporto do Porto, ainda me lembro do "apeadeiro" de Pedras Rubras, que agora vejo todas as semanas nas minhas idas à capital, "engolido" pela pujança da nova aerogare, que já tem 8 milhões de "testemunhas" anuais, mas ainda quer mais. Muitos mais, até ao limite das suas capacidades.
É evidente que a TAP também contribuiu e muito para este crescimento do aeroporto do Porto (que na verdade também é de Matosinhos, da Maia e de Vila do Conde), mas já percebi que para a atual gestão deste equipamento o caminho faz-se... caminhando. Sem baixar os braços perante as adversidades, mas também não se deixando ficar pelas lamúrias. O crescimento faz-se com quem quer crescer com ele e acredito que por cada avião da TAP que "cair", dois outros se levantarão!
Do mesmo modo, nem só de aviões vive um aeroporto com a qualidade e a envergadura do Sá Carneiro. Hoje e amanhã, indiferente às polémicas (mas sempre de frente para elas) o aeroporto do Porto é lugar e parceiro de um feito inédito a nível mundial: uma feira de moda um aeroporto em plena atividade. O Modtissimo é lá que assenta os arraiais da sua edição 47, que promete ficar para a História e toda a fileira têxtil tem um prazer especial em mostrar os seus produtos e serviços mais inovadores e performances num aeroporto que também não morrerá enquanto for paladino dessa inovação.
24.02.2016
MANUEL SERRÃO
Jornal de Notícias
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