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Mensagem por Admin Qua Mar 02, 2016 7:48 pm

Livro sobre o Alentejo incendeia redes sociais Mw-860
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Henrique Raposo, cronista do Expresso Diário, escreveu “Alentejo Prometido”, um livro que está já a causar polémica ainda sem ter sido lançado oficialmente

O título é “Alentejo Prometido”, um livro da Fundação Francisco Manuel dos Santos. O autor, Henrique Raposo, escreve sobre o suicídio na região, bem como de outros fenómenos sociais como a violência doméstica ou a pobreza. Com apenas 107 páginas, a obra está já a causar polémica nas redes sociais e fora delas, mesmo sem ter sido ainda apresentado oficialmente.

De acordo com a explicação da própria Fundação Francisco Manuel dos Santos, o livro é “um road movie familiar. O autor conta-nos uma história do Alentejo através de histórias familiares e memórias pessoais. O cenário é a região do Alentejo Litoral, sobretudo o concelho de Santiago de Cacém. Entre cidades e aldeias, o road movie lá vai descobrindo segredos familiares enquanto tenta lançar uma nova e implacável luz sobre uma região que se afoga há décadas em lugares-comuns. A ligar todos os quilómetros desta viagem, encontramos três temas: as mulheres, o suicídio e o complexo do desenraizado. O autor é filho de alentejanos que migraram para a Grande Lisboa nos anos 60 e sempre assumiu que encontraria a sua identidade perdida numa viagem deste estilo pelo Alentejo. Será que esse velho sonho resistiu à realidade?”

As críticas subiram de tom sobretudo depois da entrevista que Henrique Raposo deu ao programa da SIC Radical “Irritações”, de Pedro Boucherie Mendes. “Para um alentejano, o suicídio é como se fosse um fenómeno natural: 'Olha, matou-se'”, ou “as alentejanas antigas nem sequer têm a palavra violação para descrever muitos dos abusos que sofriam: 'Ele chegou-se ao pé e mim e pronto'”, são duas das frases mais criticadas.
O vídeo do programa, disponível na internet, tem centenas de comentários negativos ao livro e ao autor, que é cronista do Expresso Diário.

No Facebook foi mesmo criada uma página intitulada ‘Henrique Raposo - O Inimigo Nº1 do Algarve e do Alentejo’, que conta já com mais de 11 mil seguidores. Num dos posts, um homem surge fotografado a incendiar alguns exemplares do livro.

O lançamento de “Alentejo Prometido” esteve previsto para a Galeria Tintos e Tintas, em Lisboa, que acabou por desmarcar a cerimónia. À “Sábado”, um dos sócios justificou a decisão: “Não tem a ver com o conteúdo do livro mas com a polémica em que não queremos estar envolvidos”.

O livro será apresentado dia 8 de março, às 18h30, na livraria Bertrand no Picoas Plaza, em Lisboa. Segundo o “Observador”, a Fundação Francisco Manuel dos Santos fez um pedido informal à PSP para avaliar o que se estava a passar. “Estamos a tentar perceber se o autor está em perigo e se é necessário um reforço de segurança no local do lançamento do livro”, disse uma fonte da PSP ao site.

Henrique Raposo prefere não fazer comentários sobre a polémica. Mas na sua página do Facebook fala sobre o assunto: “Agradeço o interesse de alguns órgãos de comunicação social por aquilo que se está a passar. Mas eu não vou prestar declarações sobre o caso, não tenho de responder a nada. Não se responde a uma multidão ou multidões que me acusam não sei do quê. Isto é uma espécie de tribunal popular e eu não me vou sentar no banco dos réus. Quando alguma entidade ou figura escrever uma contra-argumentação (e argumentar não é dizer ‘és uma besta’ ou ‘não sabes nada do Alentejo’), então sim, eu poderei responder e defender o meu livro. Isto é o B, A, BA da liberdade e do espaço público e está a ser preciso recordá-lo em 2016. Depois disto tudo acabar, uma coisa é certa: sairei mesmo da internet – o que é não é mesmo que sair do mundo. Aliás, é precisamente o contrário.” E acrescenta: “Sair da net não é o mesmo que deixar de escrever. É só sair da net. Nunca usei o fb para publicitar o meu trabalho no jornal, apenas como espaço de paródia e bloco de apontamentos. Mas também é uma porta de entrada para muita coisa má. Escrever como eu quero escrever e estar na net já é e será cada vez mais incompatível.”

Na última edição do Expresso, o autor escreveu a crónica “Carta de Amor ao Alentejo”, que está publicada no nosso site.

Na sua crónica no “Observador” intitulada Macroscópio, o jornalista José Manuel Fernandes critica a perseguição que está a ser movida, sobretudo nas redes sociais, a Henrique Raposo. ”Uma perseguição que lembra o radicalismo da fatwa lançada, há mais de 30 anos, pelo Ayatollah Khomeini contra um livro de Salman Rushdie, ‘Os Versículos Satânicos’. Num dos grupos já criados no Facebook há de resto imagens de pessoas a queimar o livro (orgulhosamente!) e ameaças irreproduzíveis.”

Também Ferreira Fernandes escreve sobre o assunto na sua coluna no “Diário de Notícias”: “Henrique Raposo tem o direito de escrever o que lhe der na gana... Muitas pessoas não gostaram do livro e passaram a não gostar do Raposo. Sobre isto, o seguinte: também têm direito. Até de não gostarem, não tendo lido, e não gostarem pela cara do Raposo”.

Ao Expresso, a Fundação Francisco Manuel dos Santos declara que “encara o debate plural e a diversidade de ideias como elementos fundamentais para a construção de uma sociedade mais livre e mais justa”. E acrescenta: “O convívio com a crítica feita com elevação, o respeito pela opinião do outro e a recusa firme de toda e qualquer censura são valores essenciais desta Fundação. É nossa convicção profunda que qualquer debate tem que começar por estas premissas e apenas deste modo pode ser desenvolvido com liberdade e com independência.”


O QUE DIZ O LIVRO

No livro, o autor explica o seu propósito de ir em busca das suas raízes. Como se procurasse apaixonar-se pelo Alentejo nesta sua reportagem/viagem.

“Há uns anos, quando comecei a projectar este livro, ainda pensei que era possível descobrir em mim uma identidade alentejana que me resgatasse do complexo do desenraizado. Como todos os migrantes de segunda geração, sentia-me sem terra. Há quem viva marcado pela ausência do pai, da mãe, ou pela morte precoce de um irmão. Eu vivia marcado pela ausência de raízes (…) queria olhar-me ao espelho para ver o regresso do filho pródigo do Alentejo, queria que o Alentejo fosse a minha prometida. No dia em que comecei estas viagens – o dia do casamento – já não tinha grande esperança, mas ainda pensei na possibilidade de um milagre, de uma epifania que me levasse a bater no peito com fervor marcial, ‘sou alentejano’.”

“A esmagadora maioria dos homicídios da violência doméstica ocorre na Grande Lisboa e no norte. (…) Os números do feminicídio nos distritos de Beja, Évora e Portalegre são baixíssmos.”

“Os alentejanos encaram a caridade como uma ofensa, recusam depender da bondade de estranhos mesmo quando os estranhos são os filhos.”

“A distância em relação à Igreja e à Fé é apenas uma das parcelas do estado da natureza que tem moldado a cultura alentejana.”

“O que distingue o Alentejo não é a pobreza, a paisagem, o calor, a solidão ou a genética, mas sim a arrumação do suicídio na prateleira amoral, no ângulo morto da moral. O alentejano não vê o suicídio, ou melhor, não o encara enquanto fenómeno ilegítimo ou passível de criar dilemas.”

“Se o Alentejo litoral fosse um país independente, seria a nação com a taxa de suicídio mais alta do mundo, superando até os países eslavos.”

“O Alentejo litoral (…) zona da Europa com maior percentagem de uniões de facto. (…) No Alentejo era mais fácil ver um anjo a cair aos trambolhões do que um padre sem mulher.”

“Além de desconfiar dos vizinhos, do Estado e da Igreja, o alentejano desconfia da própria família. O estado da natureza está no sangue.”

02.03.2016 às 10h58
HUGO FRANCO
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