Um Orçamento de Estado de ficção

Os orçamentos são documentos sérios de mais para estarem envolvidos em suspeitas graves. O governo socialista de António Costa efetuou um orçamento que é a soma de muitas erratas ( e de muitos erros). Há apenas uma coincidência em quase todos os comentários avalizados sobre o documento: ninguém acredita nas previsões e nas contas do governo. No mínimo há uma grande desconfiança. Este orçamento não está ao serviço de uma estratégia. É um conjunto de contas e intenções que servem apenas para enganar os portugueses e satisfazer a propaganda eleitoral da extrema esquerda. Em vez de credibilidade e de confiança este orçamento trouxe irrealismo, incerteza e populismo fácil. Além disso é um documento sem credibilidade. Ou seja: é tudo aquilo que o País deveria dispensar. É um orçamento que cria incerteza e que interrompe o caminho da credibilidade e de confiança que marcaram o passado recente. Como sabemos um orçamento é um documento técnico mas também político. Pois o atual governo socialista (apoiado pela extrema esquerda) diz que “com este orçamento chega ao fim a austeridade”. Será verdade?

Obviamente que não é verdade! A carga fiscal aumenta! O aumento dos impostos decidido pelo governo de António Costa - aumentos brutais sobre o consumo que atingem em cheio os mais pobres - demonstra claramente que a austeridade que tinha começado a ser removida, no último ano, pelo anterior governo sofre um revés. Este governo faz um enorme show com aquilo  - muito pouco - que dá, mas já é muito discreto com o muito que tira. O máximo que este governo atinge é em matéria de semântica. A “austeridade” passa a chamar-se “restrições orçamentais”. 

Repare-se que António Costa passou a campanha eleitoral a prometer que nunca aumentaria impostos. Não falou verdade! Mal chegou ao poder aumentou vários impostos e taxas. Outra promessa política feita por António Costa é que este orçamento iria beneficiar os mais pobres. Não é verdade! Quem aumenta os impostos sobre o consumo e os impostos sobre os combustíveis não deixa dúvidas quanto ao seu desnorte quanto ao que promete e o que na verdade faz. Outra questão: a criação de emprego. Este governo prevê criar muito menos emprego que o anterior governo criou no último ano. Uma péssima noticia. Já quanto ao investimento estrangeiro em Portugal – de uma importância enorme! – este governo tem feito tudo para afastar os investidores. As nacionalizações à força são um bom exemplo disso (caso dos transportes urbanos e da TAP). Portugal sem investimento não cresce. Já quanto à Madeira aquilo que tem sido exigido pelo governo da Madeira e pelos deputados do PSD na Assembleia da República é que se cumpra a Lei. Se o governo central corrigir, no Orçamento de Estado, os seus erros no que se refere à Madeira não está a fazer favor nenhum. Pelo contrário está, apenas, a cumprir com a sua obrigação. A isso não há que agradecer.