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A importância dos avós na sociedade actual
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A importância dos avós na sociedade actual
Nas últimas décadas podemos perceber uma mudança no papel dos avós na nossa sociedade, com muitos dos avós passando a desempenhar o papel de pais, podemos identificar um crescimento no número de lares em que três gerações convivem: avós, pais e netos. Cresce também o número de lares em que os avós cuidam totalmente dos netos com os pais muitas vezes sem tempo nem condições para dedicar a atenção necessária aos seus filhos . Estes modelos de organização familiar podem estar associados a benefícios, mas também a enormes dificuldades. Os avós podem sentir-se mais realizados, menos sós e com maior auto-estima por assumirem a responsabilidade dos netos, mas por outro lado podem estar a ser submetidos a uma sobrecarga de funções que em alguns casos não são mais compatíveis com os estados de saúde física e financeira comuns entre muitos. A verdade é que, sociologicamente, nos últimos vinte anos com o aparecimento das residências próprias, fomo-nos habituando a assistir cada vez mais aos pequenos cubículos, muitas vezes com quartos demasiado pequenos para uma organização familiar e sem espaço para os exemplos dos mais velhos, muitas vezes remetidos para lares, valores que se foram perdendo e por consequência gerando filhos com menos bases. Estou em crer até que um dos problemas fundamentais de tamanho flagelo social que temos vindo a assistir, com mães a matarem filhos, pais a matarem e maltratem mães e vice versa, tem muito a ver com isto. Muitas vezes o quotidiano dos pais é adverso, discutem no escritório com os colegas, vão no carro ou nos transportes e discutem entre eles, e o vazio entre os filhos vai sendo cada vez maior, acabando por descarregar nos filhos, e os filhos no dia a seguir nos “colegas” na escola. Este é um problema social que só se vai agravar se os valores dos mais velhos não voltar a fazer parte do dia a dia dos nossos filhos, muitas vezes os idosos estão demasiado velhos e cansados para trabalhar, mas não estão nunca velhos para educar e transmitir valores. Estou certo que em muitas casas, daquelas que temos assistido na televisão pelos piores motivos, se tivessem um avô ou uma avó não haveria mãe ou pai que, por pior estado psicológico que estivesse, ousasse fazer “mal” a um filho. Como seria bom que as nossas escolas pudessem aproveitar este potencial tremendo e conseguissem usa-lo como activo valioso. Seria certamente uma experiência inesquecível tanto para os filhos como para os avós.
Sérgio Vieira de Nóbrega Administrador Executivo - Sharing Foundation
Diário de Notícias da Madeira
Sexta, 11 de Março de 2016
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