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Há dez anos a pensar...

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Mensagem por Admin Ter Mar 15, 2016 12:14 pm

Há dez anos a pensar... Mw-860
Joaquim Jorge, 58 anos, foi fundador do Clube dos Pensadores
Rui Duarte Silva

Clube dos Pensadores faz dez anos. Foi lá que Miguel Relvas desafinou com Grândola Vila Morena. E Marcelo também por lá passou. Debates são promovidos por... carolice. Como é que aquilo funciona?

Foi um momento de forte impacto político. O discurso do então ministro Miguel Relvas era interrompido por um numeroso grupo de assistentes que, da plateia da conferência, cantavam Grândola Vila Morena. Iniciava-se o protesto e introduzia-se no léxico político um novo verbo: "Grandolar". Miguel Relvas, desafinado, juntava-se ao coro. E o debate do Clube dos Pensadores fazia a abertura dos telejornais.

Este foi um dos momentos mais marcantes dos muitos que foram protagoonizados nos debates organizados pelo portuense Joaquim Jorge, no seu Clube dos Pensadores, por onde passaram, na última década, alguns dos nomes mais conhecidos do jornalismo, da política e da Economia nacionais. Dia 21, quando comemora dez anos, Daniel Bessa será o orador convidado.

O fundador do Clube dos Pensadores, um homem de 58 anos, foi professor de biologia toda a vida. Rejeita a vida partidária mas precisava de um espaço para intervir publicamente. Foi assim que nasceu a ideia. À Visão, Joaquim Jorge fala-nos das suas motivações.


Como é que tudo isto começou?

J.J: O meu talismã foi o Vicente Jorge Silva, ex-diretor do Público. Foi o meu primeiro convidado a 6 de Março de 2006. Eu pensava que a sala não ia encher mas encheu e correu muito bem. Deu também alguma controvérsia. Falámos da geração rasca. Teve gente jovem e jornalistas. Eu fiquei bastante motivada e fui fazendo. Uma coisa que eu aprendi no clube foi que nós na vida temos alguns atributos e nem sabemos que os temos. Eu nunca pensei que fosse possível dirigir um debate.


Tem alguma equipa que o ajude?

J.J: Tenho pessoas que me ajudam informalmente, sem ser de maneira remunerada. A minha família e amigos. Uns fazem umas fotos, outros o vídeo. Mas isto é que prova que a sociedade civil pode funcionar, sem um euro do erário público. Assim tem muito mais piada e eu faço o que quero. Não me falta quem me queira dar dinheiro mas depois querem mandar em mim.

Sem financiamento, como é que aluga os espaços onde faz as conferências? Sai-lhe do bolso?

J.J: Tenho tido sorte. Como a imprensa vai, o espaço acaba por ser publicitado e esse é o pagamento. Normalmente faço as conferências no hotel Holliday Inn em Gaia, mas já fiz noutros sítios. Já fiz em Lisboa também, com o Manuel Maria Carillho.


Como é que fez a divulgação das primeiras conferências?

J.J: Lá está, aí usei a minha costela de professor. Como eu já era conhecido naquele sítio (Porto) foi muito mais fácil passar a mensagem nos jornais locais e na rádio. Isso foi muito bom. No mesmo dia também percebi que tinha de abrir um blogue. Abri-o no dia em Janeiro de 2006 e também me serviu para passar mensagem. Nessa altura os blogues tinham uma saída enorme e isso ajudou-me muito.


Quantas pessoas já passaram pelo Clube?

J.J: Este debate agora com o Daniel Bessa será o 105º debate. Mas eu tenho um problema grande: eu estou no Porto e estou muito longe de Lisboa e as pessoas do Porto nunca olham para isto com olhos agradáveis. O Porto fala de Lisboa, dizendo que Lisboa é centralista mas as pessoas do Porto é que são super centralistas. Porque é que o Rui Moreira não vem ao Clube dos Pensadores, se é meu amigo há anos e até escreveu o posfácio do meu livro?


Que critérios usa para escolher os seus convidados?

J.J: Eu gosto de convidar pessoas de todos os quadrantes, porque acho que isso tem interesse para as pessoas. Eu aprendi uma coisa com o Barak Obama num discurso que ele fez antes de ser eleito, que é "deves ouvir quem não estás de acordo" porque quando não estás de acordo é que tu aprendes.

Quais são os momentos que considera mais marcantes?

Há vários. Um deles é o reaparecimento do Santana Lopes depois de ser primeiro ministro. Deu-me essa honra. Também a vinda do Marcelo. A Paula Teixeira da cruz, que é uma pessoa que eu admiro muito e respeito. Acho que ajudou muito a que a Justiça comece a calcar as canelas dos poderoso e dos interesses. Nunca tinha visto isso. Também gostei muito do Jerónimo de Sousa. É uma pessoa dócil ,que consegue dizer o que pensa. Mesmo não estando de acordo, respeito muito. Também gostei imenso da Marisa Matias.


Houve um momento que ficou especialmente conhecido: foi o episódio em que o ministro Miguel Relvas foi interrompido por manifestantes que cantavam a "Grândola, Vila Morena". Como é que reagiu?

J.J: A televisão, como eu digo, é mortal. Como aquilo dá um sketch, a ideia com que se fica é completamente diferente daquilo que se passou. As pessoas ainda não perceberam muito bem como é que o clube funciona. Uma pessoa chega ali sem ter de fazer marcação prévia. Naquele dia, quando o Miguel Relvas começou a falar, as pessoas começaram a cantar o "Grândola". Mas esse momento um dia tem de ser reescrito. O que é que acontece, a maioria das pessoas que lá estava nasceu depois do "25 de Abril" e quando estava a cantar a música, tinham a letra à sua frente. O Relvas não sabia a letra toda de cor, eu também não sabia, mas esse momento foi focado pela televisão. Quando esse momento acaba, os manifestantes foram ordeiramente embora. Só depois é que entra uma fulana, que eu não sei quem é, começou a andar por cima das cadeiras e aí sim eu passei-me. As pessoas já se tinham manifestado, depois havia o direito à reunião, que era legitimo. Por causa disso, algumas pessoas disseram que o clube ia acabar mas não aconteceu nada disso, até trouxe mais gente. Houve convidados, como o Miguel Sousa Tavares, que me disseram que vinham ao clube porque eu fiz o que fiz.

Acha que esse episódio acabou por trazer mais visibilidade ao clube?

J.J: O clube já tinha tido visibilidade porque já tinha tido uma ameaça de bomba. Foi com o Jerónimo de Sousa. As pessoas saíram da sala, vieram as minas e armadilhas, mas lá se fez o debate. Outro momento caricato foi com a Paula Teixeira da Cruz. Fizeram novamente uma manifestação dentro do clube, mas ela desarmou as pessoas porque foi falar com os manifestantes. Eu achei aquilo o máximo. Uma vez convidei a Joana Amaral Dias e o Nuno Ramos de Almeida, a propósito do movimento "que se lixe a troika". Eu não tinha muito boa impressão dele porque ele fomentava manifestações dentro do clube. Mas foi muito giro e fiquei amigo dele. Eu sou um democrata.

O que é que tem aprendido ao longo destes 10 anos?

J.J: Há pessoas que procuram aproveitar-se do que eu faço e pensam que eu não estou a perceber. Mas o positivo tem sido o calor humano: as pessoas de idade dizem-me para não acabar com isto, porque é uma oportunidade que têm para poder sair de casa e vestirem a sua melhor roupa. Eu fico sensibilizado. As pessoas gostam. Para o convidado também acho que é bom. Mas nem todos são como o Marcelo, que gosta de estar com as pessoas. Em Junho de 2014 quando ele veio cá percebi que ele era candidato. Ele aparecia na TVI todos os domingos, não precisava de cá vir. Acho que veio para sentir o povo.

CÁTIA RODRIGUES
14.03.2016 às 18h22
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