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Os adesivos e pirilampos da política
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Os adesivos e pirilampos da política
A expressão “adesivismo” não é nova na política portuguesa. No passado o adesivismo foi um fenómeno que se confundia com a desideologia, o pragmatismo e as relações clientelares do regime republicano saído da Revolução de 1910.
Hoje, transvertido de formas por vezes menos explicitas, o adesivismo continua a ser um fenómeno presente na política e na sociedade portuguesa.
Os adesivos são filhos de uma característica das elites portuguesas: de manhã é universitário ,comentador ao meio dia , empresário à tarde, e, o mais importante é amigo, sempre, sempre do poder de cada momento.
Com as sondagens na comunicação social na resposta à pergunta “quem acha que vai ganhar as eleições”, assiste-se a um regresso em peso do fenómeno dos adesivos e aproximação ao potencial vencedor, ao qual há que somar um sem número de administradores de empresas públicas, ou quadros dirigentes e intermédios da administração a que habitualmente chamamos os lugares de confiança ( boys and girls) do sistema político e que permite as ligações perigosas entre política e negócios.
A rapaziada pirilampa é espectacular! Com o mesmo verbalismo com que defendia a revolução socialista imediata a seguir ao 25 de Abril de 1974, salta para junto do poder, esquecendo tudo o que disse em pouco tempo. Outros, pirilampos e salta pocinhas, mudam de partido, combatem os seus anteriores partidos, formam os seus novos partidos porque o tacho na câmara ou no parlamento europeu dá muita massa.
Os pirilampos usam a memória curta do povo para saltar de um lado da barricada … como saltaricos que são.
Já na Primeira República, os aderentes de última hora, eram comparsas do regabofe administrativo, que mudavam de partido como se muda de meias.
Nos Ridículos (Lisboa nº 626 de 1911) perguntava um leitor, no caso de um regresso à monarquia, o que fariam tantos adesivos que já estão à mesa da República?
A resposta era clara -« ora aderiam outra vez ,e continuavam a comer»!
Dirio Ramos
Diário de Notícias da Madeira
Quarta, 23 de Março de 2016
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