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Utopia
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Utopia
Há uma pequena vila, no Oeste de Portugal, entre as maiores do Mundo na criação literária. Óbidos, ela própria terra de ficção, diz que ainda quer mais Utopia. Mas não sei se vai dar.
Declaração de interesses. Amo os livros, a literatura e o que representam os seus fazedores. Amo as ideias e a cultura; a criatividade; a obra que nasce única e depois se renova na boca de quem a fala, e na alma de quem a vê. Sou suspeito por isso.
Sou também suspeito porque participo no Folio, o Festival Literário Internacional de Literatura de Óbidos, que esta semana revelou parte da sua programação para 2016. Este ano o Folio vai ser de 22 de setembro a 2 de outubro, traz a Utopia como tema, mas também Cervantes, Rui Belo e Naipaul.
Num Mundo cheio de terrores e desventuras, as celebrações são coisas raras e, por isso, é preciso aproveitá-las o melhor possível. Mesmo prejudicado pela paixão dos livros não resisto a este texto. Neste domingo, que é de Páscoa, nem terrorismo, nem intelligence, nem política, nem economia, nem futebol. Literatura.
No ano passado, a vila portuguesa de Óbidos foi reconhecida por todos - público, Comunicação Social, blogosfera, Sociedade Portuguesa de Autores e até a UNESCO - como um exemplo a seguir. A UNESCO declarou-a parte da rede mundial das cidades criativas. A pequena Vila de Óbidos entre cidades como Melbourne, Dublin, Edimburgo, Bagdade, Montevideu, Heidelberg, Barcelona, Praga, Cracóvia e Nottingham - só para referir algumas, maiores em tamanho, iguais em vontade e utopias. Um feito notável.
Mas é ainda mais notável quando, em 2015, depois de um ciclo político muito restritivo em termos culturais, Óbidos foi uma pedrada no charco do panorama cultural português. No mesmo ano em que Portugal conseguia ser o único país de língua oficial portuguesa a não estar representado na Feira Universal - e a Expo Milão 2015, em Itália, aqui tão perto - os 11 dias do Folio foram um oásis. E uma lição.
Apesar de a Utopia ser o tema oficial apenas este ano - porque faz 500 anos que, em 1516, o inglês Thomas More escreveu o livro onde descrevia Utopia, a cidade ideal e impossível - a Vila Literária de Óbidos será sempre um lugar de ficção, esperança forte e fantasia. Mesmo quando já não houver efemérides a celebrar.
Quem a visitou durante o Folio, sabe que Óbidos será sempre uma festa da cultura. Utopia, Alegria da Criação, Sagração da Primavera e Aleluia.
27.03.2016
JOSÉ MANUEL DIOGO
Jornal de Notícias
Declaração de interesses. Amo os livros, a literatura e o que representam os seus fazedores. Amo as ideias e a cultura; a criatividade; a obra que nasce única e depois se renova na boca de quem a fala, e na alma de quem a vê. Sou suspeito por isso.
Sou também suspeito porque participo no Folio, o Festival Literário Internacional de Literatura de Óbidos, que esta semana revelou parte da sua programação para 2016. Este ano o Folio vai ser de 22 de setembro a 2 de outubro, traz a Utopia como tema, mas também Cervantes, Rui Belo e Naipaul.
Num Mundo cheio de terrores e desventuras, as celebrações são coisas raras e, por isso, é preciso aproveitá-las o melhor possível. Mesmo prejudicado pela paixão dos livros não resisto a este texto. Neste domingo, que é de Páscoa, nem terrorismo, nem intelligence, nem política, nem economia, nem futebol. Literatura.
No ano passado, a vila portuguesa de Óbidos foi reconhecida por todos - público, Comunicação Social, blogosfera, Sociedade Portuguesa de Autores e até a UNESCO - como um exemplo a seguir. A UNESCO declarou-a parte da rede mundial das cidades criativas. A pequena Vila de Óbidos entre cidades como Melbourne, Dublin, Edimburgo, Bagdade, Montevideu, Heidelberg, Barcelona, Praga, Cracóvia e Nottingham - só para referir algumas, maiores em tamanho, iguais em vontade e utopias. Um feito notável.
Mas é ainda mais notável quando, em 2015, depois de um ciclo político muito restritivo em termos culturais, Óbidos foi uma pedrada no charco do panorama cultural português. No mesmo ano em que Portugal conseguia ser o único país de língua oficial portuguesa a não estar representado na Feira Universal - e a Expo Milão 2015, em Itália, aqui tão perto - os 11 dias do Folio foram um oásis. E uma lição.
Apesar de a Utopia ser o tema oficial apenas este ano - porque faz 500 anos que, em 1516, o inglês Thomas More escreveu o livro onde descrevia Utopia, a cidade ideal e impossível - a Vila Literária de Óbidos será sempre um lugar de ficção, esperança forte e fantasia. Mesmo quando já não houver efemérides a celebrar.
Quem a visitou durante o Folio, sabe que Óbidos será sempre uma festa da cultura. Utopia, Alegria da Criação, Sagração da Primavera e Aleluia.
27.03.2016
JOSÉ MANUEL DIOGO
Jornal de Notícias
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