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“Falta uma estratégia, uma visão de futuro para Portugal”

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“Falta uma estratégia, uma visão de futuro para Portugal” Empty “Falta uma estratégia, uma visão de futuro para Portugal”

Mensagem por Admin Seg Abr 18, 2016 10:52 am

“Falta uma estratégia, uma visão de futuro para Portugal” Card_antonio_costa_silva_6_pn
Paula Nunes


O presidente executivo da Partex e professor do Instituto Superior Técnico lembra a importância da Zona Económica Exclusiva, que vai colocar quatro milhões de quilómetros quadrados sob jurisdição nacional.
 
Dessa área 97% é mar e o país, diz, tem de ter uma estratégia para a gerir, quer ao nível dos transportes, quer da exploração dos fundos marinhos, porque “As oportunidades passam como um comboio, só que, muitas vezes, passa apenas uma vez. Ou se apanha ou não se apanha”.

O que é para si, neste momento, capital?

O que é capital em Portugal é tentar compreender como é que o país entrou no século XXI e deixou a economia parada no século XX. A economia no século XXI está anémica, não cresce. Entra governo, sai governo e não se desenvolve uma estratégia, uma política, uma visão para o futuro do país que permita mobilizar as forças nacionais e sair do pântano em que estamos, contaminado por tudo o que se está a passar na Europa e no Mundo.

O petróleo tem responsabilidade nisso?

Para Portugal, o petróleo até devia funcionar de forma diferente. Temos uma factura energética extremamente pesada. Pagamos, por ano, entre oito a dez mil milhões de euros para importar petróleo, gás e carvão. Portanto, com o preço do petróleo mais baixo, a factura energética é muito menor. Isso deveria ser aproveitado pelos poderes públicos para dinamizar vários sectores, repensar a economia nacional, criar um conceito que, para mim, é vital para o século XXI que é o de país-arquipélago. Vamos ter uma área sob jurisdição das autoridades portuguesas de quatro milhões de quilómetros quadrados. Muda tudo, porque 97% do território nacional vai ser mar e nós estamos apenas concentrados em 3%. O país pode transformar-se, neste século em que está a mudar tudo, sobretudo na bacia do Atlântico, com as descobertas energéticas, com as redes de transportes, com a ampliação do canal do Panamá, com todas as infra-estruturas que temos, desde Sines, que é o melhor porto de águas profundas da Europa, ao alargamento do comércio e da riqueza na bacia atlântica. Depois é preciso olhar também para os recursos da Zona Económica Exclusiva. Falamos muito e fazemos muito pouco.


Mesmo com a existência de um Ministério do Mar?

No entra governo, sai governo, às vezes, as alterações não são importantes. Gosto mais de falar do país real. Há uns tempos, nos Açores, disseram-me que o porto da Praia da Vitória, na ilha Terceira, foi construído e “agora não sabemos como vamos utilizá-lo”. Está paralisado. Se tivermos este conceito estratégico, o gás natural liquefeito (LNG) vai ser um dos grandes meios para a locomoção das grandes frotas mundiais e aquele porto pode ser transformado numa grande estação de LNG no Atlântico, como se fosse uma estação de combustível para abastecer navios. Este é apenas um exemplo. Há muitas coisas pendentes no país, passam-se anos e andamos perdidos nas questiúnculas políticas, na espuma dos dias, não olhamos de forma estratégica para o futuro.

Falta uma visão do mundo?

Falta uma visão do que queremos que o país seja daqui a 20 ou 25 anos. Aonde vamos apostar? Creio que, começando pelos portos, pelas plataformas logísticas, pelas ligações às redes internacionais de comércio, às redes de fluxos energéticos pode-se fazer a diferença. Só para dar um exemplo, o porto de Gotemburgo, na Suécia, está ligado a 26 plataformas logísticas. Nós temos o porto de Sines, onde tem havido um trabalho extraordinário de modernização, com esta visão estratégica, podíamos potenciar as ligações não só com todos os transportes marítimos, mas também com o território, aproveitar o grande projecto das redes transeuropeias de transportes, onde vão ser investidos cerca de 16 mil milhões de euros, e tem um corredor atlântico que tem quatro alinhamentos, três dos quais começam nos portos portugueses. Isto é um grande projecto europeu que une cerca de 90 cidades, 88 portos e vários nós. Tem carácter multimodal.

Qual é o envolvimento de Portugal?

O que é que nós fazemos? As oportunidades passam como um comboio, só que, muitas vezes, passa apenas uma vez. Ou se apanha ou não se apanha.

Fala-se de Sines e da ligação à Europa há décadas.

Se fossemos um país rico até podia compreender que alguns dos grandes projectos estratégicos não fossem prioritários, o que se passa é que estamos numa situação de emergência nacional. Vivemos num país, da União Europeia, onde dois milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza.


Quais seriam as medidas, para si, prioritárias?

Uma diria respeito à questão dos transportes, dos portos, da logística. A ligação entre os portos nacionais e as regiões autónomas. Esta integração seria crucial. Outra medida seria criar um ambiente que seja realmente favorável ao investimento das grandes empresas internacionais. Temos recursos apreciáveis na nossa ZEE. A Sul dos Açores existe a maior mancha de sulfuretos polimetálicos do mundo.

Para que servem os sulfuretos polimetálicos?

Têm esfalerite, de onde se extrai zinco. Têm calcopirite, de onde se extrai cobre. Têm galena, de onde se extrai chumbo. São tudo minerais estratégicos fundamentais. Há uma empresa canadiana, a maior do mundo nesta área dos recursos marinhos, a Nautilus Minerals, que quer desenvolver os nossos recursos. O problema é que está prisioneira de conflitos entre o governo regional, o Governo central e a pesada burocracia que existe. As empresas vêm e somos nós que somos dissuasores da sua intervenção.


Nós, o Estado?

Sim. O Estado. É evidente que houve avanços, houve desburocratização, simplificação, mas há coisas que são absolutamente vitais. Ainda há pouco tempo, uma directiva da União Europeia para regular o espaço marítimo foi transposta para a legislação nacional que, por sua vez, criou oito a dez entidades. Se alguém quiser fazer alguma coisa no espaço marítimo tem de obter o parecer dessas entidades. Se uma delas der um parecer negativo, as coisas tornam-se muito difíceis e, em cima disso, vem a questão da opinião pública, que acho muito bem que exista, mas temos de ter processos agilizados. Não podemos dizer que vamos atrair investimento quando, na prática, criam-se obstáculos contínuos para isso não suceder.


E a terceira medida?

A terceira seria, provavelmente, ao nível da educação e da investigação. Temos excelentes centros de investigação, excelentes universidades, mas a ligação à indústria e, sobretudo, a grandes projectos internacionais falha. É por isso que acho que o exemplo da Nautilus e dos recursos da ZEE é importante porque a engenharia portuguesa tem dimensão mundial. Os engenheiros portugueses são muito bons. Temos trabalhos a nível da robótica, a nível dos sistemas de elevação, a nível de ciência dos materiais. Se um destes grandes projectos se desenvolver, tudo o resto pode ser catapultado em termos de país, das sinergias, da intervenção, da criação de valor acrescentado. E atenção, temos de conceber uma política aqui como os noruegueses conceberam quando começaram a desenvolver os recursos marinhos, de endogeneizar o conhecimento, endogeneizar a tecnologia, criar valor acrescentado no país. Trabalhar toda a cadeia logística para ver onde é que as empresas portuguesas, os centros de investigação e as universidades podem intervir, em ligação com as grandes empresas internacionais, criando um ‘cluster’ que seja funcional.

A Partex, está a fazer essa ligação às universidades?

Não gosto de falar da minha empresa, que tem uma atitude discreta. Há 20 anos que colabora com as universidades portuguesas. O centro de modelagem de recursos geológicos e petrolíferos do Instituto Superior Técnico foi formado com muita da colaboração que a Partex tem com as universidades. Colaboramos com a Universidade de Aveiro e com a Universidade do Minho para um projecto na área da ‘enhanced oil recovery’, que é a recuperação avançada de petróleo através da estimulação do metabolismo das bactérias que existem nos hidrocarbonetos. Temos vários projectos com universidades. Consideramos que isso é capital para se desenvolver o país e se chegar ao futuro. 

PERFIL:
António Costa Silva
Nasceu em 1952 em Catabola, Angola. É professor no Instituto Superior Técnico de Lisboa onde fez o doutoramento e a agregação em Planeamento e Gestão Integrada de Recursos Energéticos.
Iniciou a actividade profissional em 1980, na Sonangol, em Angola. Depois foi quadro da Companhia Portuguesa de Serviços e, mais tarde, director executivo da multinacional francesa Compagnie Générale de Geophysique. Entre 2001 e 2003 trabalhou no ramo empresarial do Instituto Francês do Petróleo, em Paris. Em 2002, foi seleccionado pelo Tribunal Internacional da Câmara de Comércio de Estocolmo como o perito internacional encarregue de resolver a disputa jurídica e técnica entre duas das maiores companhias de petróleo do mundo, num campo ao largo do Mar da China. É, desde 2003, presidente executivo do Grupo Partex Oil and Gas que está envolvido em projectos de exploração e produção de petróleo e gás em Abu Dhabi, Oman, Kazaquistão, Brasil, Argélia, Angola e Portugal.


Perguntas para resposta rápida 

Catabola?

É a minha alma.

Desconseguiram Angola?

Foi um livro que escrevi na sequência da independência para transmitir esse sentimento de um país que tem uma potencialidade elevadíssima e que não consegue materializar essa potencialidade.

Poesia?

É uma redenção.

Silêncio?

Um refúgio, completo e decisivo.

CO2?

Temos de o combater.

Yes we can?

Sempre. Uma ideia pode mudar o mundo.

Portugal?

É um país antigo e novo, sempre em renovação.

00:05 h
Francisco Ferreira da Silva e Rosário Lira
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