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Telecomunicações e Multimédia – o invisível motor de desenvolvimento do país
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Telecomunicações e Multimédia – o invisível motor de desenvolvimento do país
Poucos negócios no futuro sobreviverão se não integrarem atempadamente nos seus processos estas tecnologias.
As actividades de investigação e desenvolvimento na área das Telecomunicações e Multimédia têm contribuído para o progresso de Portugal com uma importância que ultrapassa largamente a sua visibilidade. Desenvolvidas por grupos de investigadores que trabalham de forma continuada e, muitas vezes, silenciosa desde há várias décadas, destas actividades têm resultado protótipos de serviços e equipamentos de grande impacto e, não menos importante, contributos significativos na formação de engenheiros que lideram muitas das mais inovadoras empresas do país.
São inúmeros os casos de sucesso que sustentam as afirmações anteriores: a investigação feita na década de 80 em redes de comunicações ópticas com integração de serviços não terá sido alheia à extraordinária posição internacional que empresas e operadoras de telecomunicações portuguesas alcançaram nas décadas seguintes neste domínio; no campo da televisão digital, as actividades iniciadas na década de 90, com objectivo de digitalizar o processamento e a transmissão de vídeo, deram origem a um cluster nacional de empresas de assinalável impacto internacional.
As notícias que surgem na comunicação social dão sinais da vivacidade desta comunidade. O concerto a.bel na Casa da Música permitiu que telemóveis da audiência de uma sala de concertos fossem usados como instrumentos musicais; nas comunicações marítimas leva-se a Internet a zonas profundas e remotas do mar, onde certamente se começarão a desenvolver actividades económicas relevantes com robôs daqui a 20 anos; as técnicas de processamento de sinais visuais ajudam os médicos a detectar o cancro da mama; as comunicações sem fios permitem que contadores de energia enviem autonomamente informação sobre consumos; passageiros de transportes públicos têm acesso à Internet. Não será por acaso que os programas doutorais com componentes de Telecomunicações e Multimédia são apreciados e procurados por estudantes estrangeiros.
As Telecomunicações e Multimédia do futuro serão ubíquas, invisíveis e ficarão embutidas no ambiente que nos rodeia. Imagine-se o cenário em que não precisamos de carregar o telemóvel mas que a qualquer momento conseguimos ver e ouvir alguém, mas também cheirar ou sentir, apenas tendo vontade de o fazer; ou que da nossa sala de estar desaparecem todas as aparelhagens mas que a qualquer momento a poderemos transformar, por exemplo, num estádio de futebol com o espectador sentado virtualmente no banco de suplentes; ou que um médico consegue viajar dentro do corpo do seu paciente conseguindo observar órgãos ou artérias de forma não intrusiva. Imagine-se também as implicações na sociedade de cenários em que os objectos e coisas que nos rodeiam passam a ter capacidade de processamento e a obter ou depositar informação na Internet, transformando-se em pequenos robôs inteligentes.
As Telecomunicações e Multimédia estão na sua infância e continuarão a influenciar a sociedade. Poucos negócios no futuro sobreviverão se não integrarem atempadamente nos seus processos estas tecnologias. Atente-se no exemplo recente dos táxis. Há um longo caminho a percorrer até que consigamos tornar estas tecnologias invisíveis e omnipresentes, com inúmeras oportunidades de negócio e emprego para os portugueses. O político com visão colocará esta área de actividade no centro das políticas públicas que define, consciente de que aquilo que não for investigado por nós agora, será explorado comercialmente por outros daqui a 20 anos.
O futuro das Telecomunicações e Multimédia, o seu impacto na sociedade, na economia, no tecido empresarial e académico tem que ser discutido hoje. É isso que se fará no Dia Aberto do CTM/INESC-TEC que se realiza no dia 11 de Maio de 2016 nas instalações de ISEP, no Porto. Protótipos da investigação em curso e apresentações de trabalhos de doutoramento estarão também disponíveis para que empresas, estudantes e a sociedade em geral possam ver o que se faz nesta área e, connosco, ajudar-nos a continuar a construir o futuro. O Centro de Telecomunicações e Multimédia do instituto de investigação INESC TEC (CTM/INESC-TEC) é composto por 130 investigadores com ligações à Universidade do Porto e ao Politécnico do Porto. São estes investigadores que, acolhendo continuamente novos jovens, irão continuar a dedicar o seu esforço ao crescimento da ciência e de Portugal.
Manuel Ricardo, Paula Viana, Rui Campos, Jaime Cardoso e Henrique Salgado, Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC-TEC
04/05/2016 - 07:00
Público
As actividades de investigação e desenvolvimento na área das Telecomunicações e Multimédia têm contribuído para o progresso de Portugal com uma importância que ultrapassa largamente a sua visibilidade. Desenvolvidas por grupos de investigadores que trabalham de forma continuada e, muitas vezes, silenciosa desde há várias décadas, destas actividades têm resultado protótipos de serviços e equipamentos de grande impacto e, não menos importante, contributos significativos na formação de engenheiros que lideram muitas das mais inovadoras empresas do país.
São inúmeros os casos de sucesso que sustentam as afirmações anteriores: a investigação feita na década de 80 em redes de comunicações ópticas com integração de serviços não terá sido alheia à extraordinária posição internacional que empresas e operadoras de telecomunicações portuguesas alcançaram nas décadas seguintes neste domínio; no campo da televisão digital, as actividades iniciadas na década de 90, com objectivo de digitalizar o processamento e a transmissão de vídeo, deram origem a um cluster nacional de empresas de assinalável impacto internacional.
As notícias que surgem na comunicação social dão sinais da vivacidade desta comunidade. O concerto a.bel na Casa da Música permitiu que telemóveis da audiência de uma sala de concertos fossem usados como instrumentos musicais; nas comunicações marítimas leva-se a Internet a zonas profundas e remotas do mar, onde certamente se começarão a desenvolver actividades económicas relevantes com robôs daqui a 20 anos; as técnicas de processamento de sinais visuais ajudam os médicos a detectar o cancro da mama; as comunicações sem fios permitem que contadores de energia enviem autonomamente informação sobre consumos; passageiros de transportes públicos têm acesso à Internet. Não será por acaso que os programas doutorais com componentes de Telecomunicações e Multimédia são apreciados e procurados por estudantes estrangeiros.
As Telecomunicações e Multimédia do futuro serão ubíquas, invisíveis e ficarão embutidas no ambiente que nos rodeia. Imagine-se o cenário em que não precisamos de carregar o telemóvel mas que a qualquer momento conseguimos ver e ouvir alguém, mas também cheirar ou sentir, apenas tendo vontade de o fazer; ou que da nossa sala de estar desaparecem todas as aparelhagens mas que a qualquer momento a poderemos transformar, por exemplo, num estádio de futebol com o espectador sentado virtualmente no banco de suplentes; ou que um médico consegue viajar dentro do corpo do seu paciente conseguindo observar órgãos ou artérias de forma não intrusiva. Imagine-se também as implicações na sociedade de cenários em que os objectos e coisas que nos rodeiam passam a ter capacidade de processamento e a obter ou depositar informação na Internet, transformando-se em pequenos robôs inteligentes.
As Telecomunicações e Multimédia estão na sua infância e continuarão a influenciar a sociedade. Poucos negócios no futuro sobreviverão se não integrarem atempadamente nos seus processos estas tecnologias. Atente-se no exemplo recente dos táxis. Há um longo caminho a percorrer até que consigamos tornar estas tecnologias invisíveis e omnipresentes, com inúmeras oportunidades de negócio e emprego para os portugueses. O político com visão colocará esta área de actividade no centro das políticas públicas que define, consciente de que aquilo que não for investigado por nós agora, será explorado comercialmente por outros daqui a 20 anos.
O futuro das Telecomunicações e Multimédia, o seu impacto na sociedade, na economia, no tecido empresarial e académico tem que ser discutido hoje. É isso que se fará no Dia Aberto do CTM/INESC-TEC que se realiza no dia 11 de Maio de 2016 nas instalações de ISEP, no Porto. Protótipos da investigação em curso e apresentações de trabalhos de doutoramento estarão também disponíveis para que empresas, estudantes e a sociedade em geral possam ver o que se faz nesta área e, connosco, ajudar-nos a continuar a construir o futuro. O Centro de Telecomunicações e Multimédia do instituto de investigação INESC TEC (CTM/INESC-TEC) é composto por 130 investigadores com ligações à Universidade do Porto e ao Politécnico do Porto. São estes investigadores que, acolhendo continuamente novos jovens, irão continuar a dedicar o seu esforço ao crescimento da ciência e de Portugal.
Manuel Ricardo, Paula Viana, Rui Campos, Jaime Cardoso e Henrique Salgado, Centro de Telecomunicações e Multimédia do INESC-TEC
04/05/2016 - 07:00
Público
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