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Os colégios e os liceus vão acabar
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Os colégios e os liceus vão acabar
E pronto. Assim se poderia terminar com esta espécie de (pequena) guerra que, em crescendo, nos vai enchendo os ouvidos e os olhos, dependendo do meio usado para nos ligarmos ao Mundo.
Claro que uma alternativa seria conseguir que alguém - provavelmente o Governo - explicasse, logo à cabeça, qual o problema real que está a tentar resolver com esta hipotética ameaça de fazer cessar os contratos de associação com alguns colégios privados.
Neste, como noutros temas, quem governa teria de fazer um esforço para partir para a discussão pública com uma ideia acabada e um objetivo concreto: "há um conjunto de colégios que são redundantes em relação à oferta da rede pública; não faz sentido mantermos os respetivos contratos de associação; vamos explicar aos responsáveis e aos pais e vamos fazer cessar os respetivos efeitos."
Espero não estar a ser injusta mas não me lembro de ter visto nada parecido com este fio de raciocínio. Só vejo e ouço intenções de estudo da rede, suspeitas sobre alegados interesses escondidos, o costumeiro gasto de energia, inútil e estéril.
Mas o que talvez seja mais preocupante é que estamos a iludir uma discussão séria sobre o que há de mais importante na nossa vida coletiva: a nossa demografia e a nossa educação.
Não há espaço para colégios privados e escolas públicas pura e simplesmente porque não há gente que chegue. E a verdadeira discussão a respeito, seria a de criteriosamente saber escolher pela melhor instituição, pública ou privada, no território e na comunidade que especificamente estivessem em discussão.
Nem por ideologia cega deveríamos parar de apoiar o colégio com história, currículo e enraizamento comunitário face a uma escola pública, tantas vezes pouco qualificada, nem preterir a escola pública bem organizada e qualificada, só porque um elitismo bacoco e mal fundamentado dá sempre o benefício da dúvida ao que parece mais restritivo e mais sofisticado.
Flexibilidade e sensatez na utilização de critérios que, sendo justos, não devem ser asséticos e desligados da realidade, são palavras de ordem para um setor onde à vertigem do lado da procura não pode corresponder uma fatal letargia do lado da oferta.
É que, a primeira das 10 profissões mais procuradas para os próximos 10 anos é de "programador de aplicações" (app developer) que não me consta ser uma das especialidades de nenhum dos lados da contenda.
CRISTINA AZEVEDO
12 Maio 2016 às 00:00
Jornal de Notícias
Claro que uma alternativa seria conseguir que alguém - provavelmente o Governo - explicasse, logo à cabeça, qual o problema real que está a tentar resolver com esta hipotética ameaça de fazer cessar os contratos de associação com alguns colégios privados.
Neste, como noutros temas, quem governa teria de fazer um esforço para partir para a discussão pública com uma ideia acabada e um objetivo concreto: "há um conjunto de colégios que são redundantes em relação à oferta da rede pública; não faz sentido mantermos os respetivos contratos de associação; vamos explicar aos responsáveis e aos pais e vamos fazer cessar os respetivos efeitos."
Espero não estar a ser injusta mas não me lembro de ter visto nada parecido com este fio de raciocínio. Só vejo e ouço intenções de estudo da rede, suspeitas sobre alegados interesses escondidos, o costumeiro gasto de energia, inútil e estéril.
Mas o que talvez seja mais preocupante é que estamos a iludir uma discussão séria sobre o que há de mais importante na nossa vida coletiva: a nossa demografia e a nossa educação.
Não há espaço para colégios privados e escolas públicas pura e simplesmente porque não há gente que chegue. E a verdadeira discussão a respeito, seria a de criteriosamente saber escolher pela melhor instituição, pública ou privada, no território e na comunidade que especificamente estivessem em discussão.
Nem por ideologia cega deveríamos parar de apoiar o colégio com história, currículo e enraizamento comunitário face a uma escola pública, tantas vezes pouco qualificada, nem preterir a escola pública bem organizada e qualificada, só porque um elitismo bacoco e mal fundamentado dá sempre o benefício da dúvida ao que parece mais restritivo e mais sofisticado.
Flexibilidade e sensatez na utilização de critérios que, sendo justos, não devem ser asséticos e desligados da realidade, são palavras de ordem para um setor onde à vertigem do lado da procura não pode corresponder uma fatal letargia do lado da oferta.
É que, a primeira das 10 profissões mais procuradas para os próximos 10 anos é de "programador de aplicações" (app developer) que não me consta ser uma das especialidades de nenhum dos lados da contenda.
CRISTINA AZEVEDO
12 Maio 2016 às 00:00
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