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2016: Uma panorâmica a meio do ano
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2016: Uma panorâmica a meio do ano
Muitos investidores vão virar-se, mais uma vez, para as acções norte-americanas, sobretudo de empresas de grande capitalização, pelas suas vantagens defensivas e de maior duração, e pelas suas obrigações de maior qualidade.
Este ano, os temas transversais com impacto nos mercados têm sido tantos que talvez não constitua nenhuma surpresa o facto de os mercados nacionais de ações com melhor desempenho terem sido os de países que se encontram em fases muito diferentes do seu ciclo económico: Brasil, Reino Unido e EUA. A Rússia e o Brasil beneficiaram do facto de as suas perspetivas económicas, de acordo com a perceção geral, terem batido no fundo, bem como de avaliações extremamente atraentes. A queda da libra esterlina deu um novo impulso ao FTSE 100 em moeda local devido à sua forte dependência de lucros no exterior.
O Japão e a zona euro foram os mercados de ações com melhor desempenho em 2015, em termos de dólares. Até ao momento, 2016 tem sido muito diferente, pois o Japão, nomeadamente, viu-se prejudicado pela valorização do iene e pela perceção de que a “Abenomics” está a ficar sem margem de manobra. O Japão e a zona euro perderam investimento no primeiro semestre deste ano, enquanto nos mercados emergentes este fenómeno sofreu um certo abrandamento.
Como de costume, quando se olha para as ações europeias, vale a pena ir além dos grandes números, que estão distorcidos devido às perdas das empresas energéticas em 2015 e, mais recentemente, por um colapso das avaliações no setor financeiro, que corresponde a 25% do valor do índice.
Numa altura em que a economia interna da zona euro continua a recuperar e o euro se situa a um nível menos competitivo do que há um ano a esta parte, seria de esperar que tivesse havido mais ações orientadas para o mercado interno a apresentar um desempenho superior ao das que estão orientadas para a exportação. O ‘Brexit’ e um clima avesso ao risco nos mercados poderá ter esmorecido esta tendência, mas os fundamentos macroeconómicos continuam largamente favoráveis às ações da zona euro.
É possível que os ativos dos mercados emergentes tenham atingido o seu ponto mais baixo do ciclo atual. Caso se verifique uma estabilização do dólar e das ‘commodities’, e a confiança na retoma dos EUA venha a ser restaurada, poderemos assistir a um aumento do investimento nos mercados emergentes. No entanto, enquanto não se verificarem melhorias essenciais na competitividade e no crescimento dos lucros das empresas, parece ainda improvável que venha a ocorrer uma retoma mais consistente.
Esta situação leva muitos investidores a virar-se, mais uma vez, para as ações norte-americanas, sobretudo de empresas de grande capitalização, pelas suas vantagens defensivas e de maior duração, e pelas suas obrigações de maior qualidade, tanto numa perspetiva de obtenção de rendimento como de retornos relativamente estáveis. Trata-se de uma conjuntura em que os investidores esperam que continue a verificar-se um crescimento moderado, embora sem grande convicção. Uma posição neutra no que diz respeito a obrigações e ações faz sentido numa conjuntura destas, tal como uma maior diversificação mediante ativos e abordagens alternativas. Mas os investidores deverão igualmente entender que mesmo os retornos de uma carteira de elevado desempenho vão ser significativamente menores do que no início do ciclo.
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
Miguel Luzárraga, Executive Director e Senior Sales Executive da JPMorgan AM
Económico
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