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Agitação e propaganda
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Agitação e propaganda
Há um dado importante dos últimos meses que tem sido subestimado quando se "comenta" ou "analisa" a situação. Uma das coisas que sustentaram e mantiveram Sócrates, sobretudo entre 2009 e 2011, foi o controlo propagandístico e apertado da informação e da contra-informação. Com ele, o tropismo salazarista do "em política, o que parece é" foi levado ao paroxismo extremo. Montaram-se tendas e "eventos" por todo o país e assegurou-se permanentemente uma cobertura hipermediática de tudo, implicasse ou não dedo governativo. As festividades acabaram de forma soturna, na Primavera de 2011, com um famoso pedido de ajuda externa do ministro das Finanças, ao arrepio do controlo mediático do chefe, que continuamos naturalmente a solver e com não poucos juros. A "novidade" do "socratismo costista" em matéria de "agitação e propaganda" reside na adição dos aparelhos similares do PC e do Bloco à já tradicional e bem oleada traquitana do PS no Governo. As tarefas são aparentemente mais dissimuladas, mas nem por isso menos importantes. Compete-lhes blindar as "más notícias", em especial aquelas que atingem mais depressa os respectivos eleitorados e corporações: medidas activas ou passivas de austeridade, despedimentos encapotados de "reestruturações", estagnações nas carreiras de serviço público, manutenção ou agravamento da pressão fiscal sobre os trabalhadores por conta de outros e nos impostos indirectos, incapacidades evidentes no tratamento do sistema financeiro com alvoroços governamentais desestabilizadores (Caixa, Novo Banco), etc. Os aliados do PS respondem invariavelmente com a culpa da "Europa" e da "Direita" ou com a tese abstrusa (Jerónimo é useiro e vezeiro nela) que, bom mesmo, foi ter "corrido" com Passos. O que sobra ou falta é facultativo. Daí também silenciarem críticas que, não fossem eles a maioria, dariam azo a um berreiro sem fim, como seja a irresponsável afirmação acerca da eventual "liquidação" de um banco a prazo. Juntam a sua voz à voz da propaganda soviética do Governo ao qual permitem o que nunca permitiriam a um Governo democrata liberal, julgando ganhar votos a prazo com isso. O colaboracionismo acéfalo da comunicação social encarrega-se, com pouquíssimas excepções, do resto, igualmente iludida pelo benefício do unto de curta duração. Vivemos uma alacridade sem tom nem som cujo desfecho se pressente desgraçado.
* JURISTA
João Gonçalves*
Hoje às 00:03
Jornal de Notícias
* JURISTA
João Gonçalves*
Hoje às 00:03
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