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Marcelo em Nova Iorque
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Marcelo em Nova Iorque
Marcelo tem vindo a ter o protagonismo e a assertividade que se conhecem
A presença de Marcelo Rebelo de Sousa em Nova Iorque marcou bem a diferença relativamente àquilo que tem vindo a constituir a orientação do Presidente no que respeita à condução dos assuntos da política externa, E se é verdade que com este Presidente já não abundam pretextos para grandes surpresas tal a preocupação que tem vindo a colocar em manter uma imagem arejada e inovadora no exercício do cargo, contrastes existem relativamente ao que foram os tempos mais próximos que não podem deixar pelo contraste de ser chamados á colação.
Não se trata apenas da rigidez com que o Presidente antecedente pautava nos mais pequenos pormenores a sua actuação já que não era apenas e unicamente na forma que se distinguiam mas também no conteúdo. Cavaco tinha uma matriz partidária de que nunca se afastou por mais que se esforçasse por passar a imagem de que não era um político por ofício e muito menos um homem de partido. Ao invés de Cavaco, Marcelo, no estrito cumprimento das suas funções, não mostra pejo em assumir a candidatura de António Guterres ao cargo de Secretário Geral das Nações Unidas.
Dir-se-á que se trata de um desígnio nacional e muito embora sendo certo que assim é a verdade é que nestas coisas como noutras que lhe são aparentadas a partidarite sempre assumiu como que uma marca clubistica. Dizendo de outra maneira: por muito que assim seja, Guterres foi sempre um homem do PS não sendo essa a matriz Marcelo Rebelo de Sousa, com a particularidade de ambos terem sido “leaders” dos seus partidos.
Acresce que neste momento o que está em questão não são os partidos mas o País, existindo entre uma coisa e outra uma fronteira que nem sempre se tem mostrado de transposição fácil.
Na defesa que tem vindo a assumir da candidatura de António Guterres, Marcelo tem sabido passar ao largo das distancias e até das divergências que os separaram no passado para colocar a tónica no interesse nacional, assumindo que esta candidatura representa o interesse de Portugal. Significando isto o óbvio, a atitude tem em si de notável o despreendimento que neste domínio está longe de representar uma marca de água da política portuguesa onde os egoísmos e os pequenos interesses se sobrepõem as mais das vezes aos interesses verdadeiramente sérios. Marcelo, que já assumiu funções de “leader” no PSD, não tem mostrado qualquer embaraço em assumir nas mãos d bandeira da campanha de António Guterres em direcção à ONU. E constituindo esse o passo que se tornava necessário dar, é justo que se diga que esse não se trata de um procedimento que tenha raízes na política portuguesa. Sinal de que os tempos estão a mudar?
Seria desejável que sim, mas talvez seja temerário mostrar-se tão optimista sendo seguramente mais assertivo salientar-se que se tratam de dois homens da mesma geração e bem assim que Marcelo não teve mesmo dúvidas em reconhecer que António Guterres foi o vulto mais brilhante da sua geração, coisa que ganha uma importância acrescida dito por quem o disse. Pesem as distâncias que os separaram no passado, Guterres e Marcelo, que ao cabo de todos estes anos agora se reencontram ocupando lugares cimeiros no topo da política portuguesa, são dois protagonistas com condições para desempenharem papeis de grande relevância nos próximos anos. Marcelo, com pouco mais de seis meses de Presidência tem vindo a ter o protagonismo e a assertividade que se conhecem. Guterres aguarda pela eleição para o cargo de Secretário Geral das Nações Unidas que pode estar muito próxima para poder ser uma referência destes tempos conturbados que estamos a viver desassossegadamente.
A ver vamos o que o tempo nos trás!
Carlos Sequeira
Diário de Notícias da Madeira
Sábado, 24 de Setembro de 2016
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