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Grupo ETE tem 'luz verde' para construção do terminal fluvial de Castanheira do Ribatejo
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Grupo ETE tem 'luz verde' para construção do terminal fluvial de Castanheira do Ribatejo
O Administrador do Grupo ETE, Luís Figueiredo, foi outra das figuras ilustres presentes na Conferência sobre 'Soluções Inovadoras na Relação Porto-Cidade', com uma intervenção centrada no tema do 'Cais Fluvial de Castanheira do Ribatejo'. E, na sua intervenção, Luís Figueiredo trouxe novidades animadoras relativamente ao avanço do processo do futuro terminal fluvial. Isto porque, depois de avanços e recuos, o Grupo ETE terá recebido há dias a 'luz verde' das autoridades ambientais para avançar para a obra.
Recordando que o «projeto em Castanheira do Ribatejo tem tido alguns atrasos», sobretudo devido à «alteração de lei que atrasou o processo» em 2013 - «exigindo uma série de novos estudos» - Luís Figueiredo comunicou ali mesmo, e em primeira mão, a notícia recebida pelo Grupo há um par de dias atrás: «Tivemos a notícia, anteontem, que o projeto foi aprovado!». Assim, o Grupo ETE espera avançar para a construção «em breve» - Luís Figueiredo avançou com a possibilidade de começar já no «início do próximo ano».
Uma barcaça por dia é «perfeitamente possível»
Como se sabe, o Grupo ETE tem uma larga experiência nas operações fluviais no Porto de Lisboa (e, desde há algum tempo para cá, replicada nalguns países estrangeiros, casos do Uruguai ou Colômbia). Mas o Grupo espera que o investimento em Castanheira do Ribatejo potencie de forma clara a movimentação de carga por modo fluvial no porto da capital.
«Fazer uma barcaça por dia [com contentores] é perfeitamente possível», referiu Luís Figueiredo, lembrando que o Grupo já faz mais do que uma barcaça diária no transporte de outros produtos - os granéis são «o grosso da operação» atual fluvial do Grupo mas também se transportam cargas gerais desde há três anos para cá (e até aviões para a OGMA!). Vias não faltam, frisou Luís Figueiredo: «O rio Tejo é, hoje em dia, uma autoestrada com dez faixas para cada lado!».
Para a viabilidade e crescimento de importância do transporte fluvial contentorizado, o Grupo ETE espera colaboração da Yilport e do crescimento que se espera que os seus investimentos possam trazer para, por exemplo, o Terminal de Contentores de Alcântara.
Até porque o transporte fluvial se pode apresentar como verdadeira alternativa ao camião. «Temos que percorrer 22 milhas, 41 quilómetros, entre Castanheira do Ribatejo e Alcântara por modo fluvial», referiu Luís Figueiredo, acrescentando que por modo rodoviário a distância passa aos 54 quilómetros. A estas vantagens associou ainda as questões de congestionamento rodoviário ou das emissões de poluentes - e, por conseguinte, as restrições que já vão aparecendo relativamente ao modo rodoviário.
Castanheira pode ter grua para operar contentores
Para Castanheira do Ribatejo, o Administrador do Grupo ETE adiantou ainda que o Grupo está «a estudar a possibilidade da instalação de uma grua com capacidade para 20 TEU's/hora para descarregar barcaças», o que levaria a uma melhoria operacional significativa: «Em três ou quatro horas dava para descarregar uma barcaça inteira que tem 99 TEU's».
Ora, tendo Lisboa nos dias de hoje uma operação anual de «cerca de 500 mil TEU's ano» (mais o potencial de crescimento que existe com a Yilport), Luís Figueiredo não vê como irrealista o cenário de uma barcaça/dia, o que seria responsável por «52 mil TEU's/ano», ou seja cerca de «10% dos contentores» manuseados hoje em Lisboa.
Para que este cenário se concretize, faltam ser dados uma série de passos (entre os quais se destaca, desde logo, o projeto do novo terminal em Castanheira do Ribatejo que agora parece ser momento para avançar). Mas do seu lado, e do lado da opção fluvial, o Grupo ETE já tem uma série de factores, enumerados pelo seu Administrador: o crescimento comercial que se espera; as restrições que a rodovia começa a ter; a inserção num mercado logístico como o da região de Lisboa.
Mas há, por outro lado, fatores críticos, tais como o melhoramento dos canais de navegação ou a balizagem. E a questão financeira, no qual Luís Figueiredo se mostrou esperançoso (deixando o repto a Lídia Sequeira, presente na sala) de que o investimento do Grupo ETE possa ser recompensado por parte da APL: «Era importante ter uma isenção de pagamento de taxas para o modo fluvial até aos 100 mil TEU's». Uma ideia que Luís Figueiredo admitiu ter como exemplo o apoio dado, em tempos, no porto de Sines, recompensando o avultado investimento então feito. A resposta da APL ficará para outro dia.
No total, o Grupo ETE planeia investir 5 milhões de euros na movimentação de mercadorias por via fluvial no Tejo. Os primeiros dois milhões foram investidos no novo rebocador-empurrador, apresentado neste verão. Os restantes três milhões (um milhão para infraestrutura, dois para equipamentos) têm como destino o terminal fluvial de Castanheira do Ribatejo.
16/10/2016
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