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Mário Fernandes (IP) realça boas ligações rodo e ferroviárias ao terminal do Barreiro (Projeto irracionalista para o país como a previsão de movimentar 2 milhões de TEU por ano é muito duvidou)
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Mário Fernandes (IP) realça boas ligações rodo e ferroviárias ao terminal do Barreiro (Projeto irracionalista para o país como a previsão de movimentar 2 milhões de TEU por ano é muito duvidou)
Em mais um debate sobre o Futuro do Porto de Lisboa, a Gare Marítima de Alcântara recebeu, esta sexta-feira, a conferência 'Um porto com duas margens - Plataforma multimodal do Barreiro'. E um dos oradores convidados pela APL foi Mário Fernandes, Diretor de Planeamento Rodoferroviário da IP- Infraestruturas de Portugal, que tem acompanhado de muito perto os avanços do projeto - e contribuído para os mesmos (Projeto irracionalista para o país como a previsão de movimentar 2 milhões de TEU por ano é muito duvidou).
A intervenção de Mário Fernandes no certame começou com um breve enquadramento da realidade ferroviária do país e com as estimativas de crescimento esperado para os volumes manuseados por caminho-de-ferro.
Lembrando que a «quota de mercado da ferrovia no tráfego do hinterland dos portos é baixa» mas que esta «reside no sul», Mário Fernandes destacou o papel do porto de Sines nessa realidade, com «uma quota alta de cerca de 80%».
Se a realidade mostra uma escassa utilização da ferrovia na ligação dos portos ao hinterland – salvo, lá está, o caso de Sines –, é a rodovia quem assume predominância na ligação terrestre: «A rodovia tem quotas claramente predominantes, essencialmente em Lisboa e Leixões».
«Até 2050 estima-se um movimento de 4 milhões de toneladas no tráfego com Espanha», apontou ainda o responsável da IP, estimativas que apontam para uma quadruplicação da realidade atual dado que hoje ronda o milhão de toneladas/ano. Desses volumes, a ferrovia tem hoje 2,4% de quota sendo que as estimativas apontam para que cresça para os «5%».
Os volumes da ferrovia e a infraestrutura ferroviária não entusiasmam, mas a malha rodoviária compensa. Mário Fernandes lembrou a realidade rodoviária nacional, colocada no topo a nível internacional, salientando que «temos uma rede moderna, densa, e que na nossa opinião serve com qualidade a mobilidade de pessoas e bens». Neste plano, identificou que «faltam sobretudo micro-ligações, ao nível da última milha».
E como está servido o Barreiro a nível de conexões terrestres?
No meio desta realidade rodoviária e ferroviária nacional, a pergunta que se colocava era: Como está servido o Barreiro? Mário Fernandes tentou também esclarecer os presentes sobre as conexões à localização prevista para o novo terminal de contentores.
E, nesses esclarecimentos, salientou que, a nível rodoviário, o Barreiro não foge muito à regra da realidade do país, sendo esta uma zona que está servida por «infraestruturas de grande qualidade e longe da saturação» que permitem tempos de viagem de «duas horas até à fronteira de Elvas» e de «três horas e quarenta e cinco minutos até Vilar Formoso».
Embora tenha salientado que «na ferrovia não temos, infelizmente, a mesma realidade» a nível nacional, o responsável da IP particularizou a situação do Barreiro que, vinca, até se encontra bem servido de ligações por caminho-de-ferro, sendo quase uma exceção à regra. «Temos um ramal ferroviário até à porta do futuro terminal», lembrou, ao que acresce a ligação à linha do Alentejo.
O problema – lembrou – é a «a realidade ferroviária do país» que leva a tempos de viagem manifestamente superiores aos conseguidos por estrada: «Por ferrovia, do Barreiro até Elvas faz-se hoje em 4 horas e para Vilar Formoso demora-se quase 8 horas».
Garantias de investimento na ferrovia
Mário Fernandes salientou, por tudo isto, que uma das grandes ambições do governo é dotar o país, e em particular os portos, de melhores conexões ferroviárias e de uma rede de maior qualidade ao serviço da economia. Nesse âmbito, e tendo bem presente a ligação ao hinterland espanhol, lembrou que a IP está atenta ao que se passa do outro lado da fronteira. «Queremos criar condições para que seja fácil adaptar à futura bitola europeia espanhola», vincou, preferindo falar num cenário de interoperabilidade.
Depois, e ainda sobre planos do governo para melhorar a situação ferroviária do país, Mário Fernandes não poderia deixar de falar do Plano Ferrovia 2020 que, entre outras vantagens, permitirá a «possibilidade de cruzar comboios de 750 metros» e, respetivamente, maior volume, para além dos investimentos em «corredores internacionais, a Norte e a Sul», no «corredor Norte-Sul» ou em «corredores complementares».
Ora, nesses investimentos previstos, Mário Fernandes lembrou que para o Barreiro e para o seu eventual terminal de contentores, interessa sobremaneira o Corredor Internacional Sul que, adiantou, «estará concluído antes de 2020», o qual «reduzirá em uma hora o tempo de viagem Barreiro-Elvas».
Capacidade para dar resposta à procura prevista
A sessão começara com um momento de apresentação do projeto do terminal de contentores do Barreiro, onde ficou esclarecido que a segunda fase de construção do mesmo prevê a instalação de capacidade para uma movimentação de 2 milhões de TEU/ano.
Foi com base nesses números que Mário Fernandes realizou um pequeno exercício, uma espécie de teste à capacidade instalada no que diz respeito às conexões terrestres. E o responsável da IP deixou bem claro que, mesmo «com a repartição de 25%» desses 2 milhões de TEU/ano para as ligações terrestres ao hinterland, «a rede atual ainda assim aguentava» - E daí reforçou a ideia de dar privilégio às ligações no ‘last-mile’.
A terminar a sua intervenção, Mário Fernandes deixou bem claro que a IP irá sempre «atrás» do desenvolvimento que vai assistindo relativamente ao terminal – e não o contrário –, salientando também que, seja qual for a decisão ou a localização para os contentores de Lisboa, é tarefa da IP garantir as melhores condições de acessibilidade terrestre.
23/10/2016
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