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Sines garante recorde de cargas nos portos do Continente
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Sines garante recorde de cargas nos portos do Continente
Nos primeiros 11 meses do ano findo, o movimento de cargas nos portos do Continente cresceu 4,1% em termos homólogos até ao recorde de 85,4 milhões de toneladas, anunciou a AMT. Sines garantiu 46,8 milhões de toneladas. Além do porto algarvio só a Figueira da Foz cresceu.
Um recorde é um recorde, e assim sendo pode dizer-se, sem receio de desmentidos, que nunca os portos nacionais movimentaram tantas cargas. Mas a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, que dá a boa noticia, também alerta para os “limites” desse recorde. Desde logo, porque o recorde é (quase) exclusivo de Sines, com um crescimento homólogo de 16,1% e uma quota de mercado que já vai nos 54,8% (mais 5,5 pontos percentuais que no inicio de 2016).
Mas também, sublinha a AMT, porque mesmo os números de Sines são muito alavancados pelo tráfego de contentores de transhipment (que valem quase 80% dos movimentos no Terminal XXI) e tiveram a “ajuda” da inoperância da monobóia de Leixões (entre Março e Outubro), que desviou os maiores petroleiros para o porto alentejano, “que realizou a descarga e posterior carga de cerca de 1,7 milhões de toneladas”. Verdade seja, na inversa, Sines sofreu com a quebra da movimentação de carvão, por exemplo.
Certo é que Sines acumulou, no final de Novembro, 46,8 milhões de toneladas. E que a Figueira da Foz avançou 2,9% até aos 1,9 milhões de toneladas.
Todos os demais portos perderam cargas nos primeiros 11 meses do ano face ao período homólogo de 2015: 3,7% Leixões (para 16,6 milhões de toneladas), 15,3% Lisboa (para 9,1 milhões de toneladas), 5,7% Setúbal e Aveiro (para 6,4 e 4,1 milhões de toneladas, respectivamente), 12,7% Viana do Castelo (para 354 mil toneladas), 5,1% Faro (para 152 mil toneladas).
Contentores e petróleo bruto
A carga contentorizada e o petróleo bruto foram os tipos de mercadorias que mais cresceram no período em análise. A primeira cresceu 12,1% e chegou aos 29,7 milhões de toneladas. A segunda disparou 25,4% e atingiu os 15,9 milhões de toneladas.
Com o contributo dos contentores, a carga geral cresceu 6% entre Janeiro e Novembro e atingiu os 36,5 milhões de toneladas. Do mesmo modo, os granéis líquidos avançaram 7,7% e contaram 32,3 milhões de toneladas.
Na inversa, os granéis sólidos recuaram 5,6% para os 16,6 milhões de toneladas, penalizados, nomeadamente, pelas descargas de carvão, menos necessário para a produção de energia eléctrica face ao desempenho das fontes de energia mais “limpas”.
10 Janeiro, 2017 at 11:03
por T&N
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