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Desafios do crescimento
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Desafios do crescimento
Juntando a volatilidade da balança de serviços - por força da conjuntura internacional - o ano de 2017 vai ser um ano de grandes desafios para financiar o investimento!
A FRASE...
"O ministro das Finanças, Mário Centeno, prevê que o investimento continue a crescer em 2017, e considera que a economia portuguesa 'está dotada de sólidos alicerces' para garantir um crescimento económico sustentado."
Lusa, Jornal de Negócios, 18 de Fevereiro de 2017
A ANÁLISE...
Segundo as estatísticas recentes, a economia portuguesa acumulou um crescimento de 1,4% em 2016. Os resultados são globalmente positivos, mas subsistem fatores de preocupação. O crescimento do PIB continua ancorado na procura interna, e num baixo esforço de poupança. A aceleração verificada no último trimestre do ano tem a agravante de responsabilizar o consumo privado - não o investimento - pelo bom desempenho.
O crescimento do PIB - que ocorre ininterruptamente desde o último trimestre de 2013 - e a sua composição refletem os desequilíbrios estruturais e a fragilidade da economia. O défice da balança comercial (excluindo combustíveis) agrava-se ano após ano, em crescendo. O saldo de 2016 foi negativo em 7,6 mil milhões de euros, mais do dobro de 2013. Neste contexto, tem competido à balança de serviços - leia-se, o turismo, que viu as dormidas de não residentes crescer 11,4%, em 2016 - o papel de equilibrar as contas externas.
A fragilidade revela-se nos insuficientes níveis de poupança interna. Com as importações a superar as exportações, o país necessita do exterior para se financiar (i.e., a poupança externa). Em 2016, o endividamento externo não registou maior crescimento porque o investimento e o défice orçamental foram reprimidos. Todavia, continuando os atuais padrões de despesa pública e privada, a resolução de problemas estruturais, por via da retoma do investimento, vai exigir nova capacidade de dívida, a menos que o turismo reforce o desempenho positivo e os estrangeiros se interessem por investir diretamente em Portugal.
Os fundos disponíveis para Portugal não são abundantes. As taxas de juro revelam que os investidores estrangeiros exigem elevadas taxas de remuneração para os seus projetos. Juntando a volatilidade da balança de serviços - por força da conjuntura internacional - o ano de 2017 vai ser um ano de grandes desafios para financiar o investimento!
Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
Álvaro Nascimento
22 de fevereiro de 2017 às 20:40
Negócios
A FRASE...
"O ministro das Finanças, Mário Centeno, prevê que o investimento continue a crescer em 2017, e considera que a economia portuguesa 'está dotada de sólidos alicerces' para garantir um crescimento económico sustentado."
Lusa, Jornal de Negócios, 18 de Fevereiro de 2017
A ANÁLISE...
Segundo as estatísticas recentes, a economia portuguesa acumulou um crescimento de 1,4% em 2016. Os resultados são globalmente positivos, mas subsistem fatores de preocupação. O crescimento do PIB continua ancorado na procura interna, e num baixo esforço de poupança. A aceleração verificada no último trimestre do ano tem a agravante de responsabilizar o consumo privado - não o investimento - pelo bom desempenho.
O crescimento do PIB - que ocorre ininterruptamente desde o último trimestre de 2013 - e a sua composição refletem os desequilíbrios estruturais e a fragilidade da economia. O défice da balança comercial (excluindo combustíveis) agrava-se ano após ano, em crescendo. O saldo de 2016 foi negativo em 7,6 mil milhões de euros, mais do dobro de 2013. Neste contexto, tem competido à balança de serviços - leia-se, o turismo, que viu as dormidas de não residentes crescer 11,4%, em 2016 - o papel de equilibrar as contas externas.
A fragilidade revela-se nos insuficientes níveis de poupança interna. Com as importações a superar as exportações, o país necessita do exterior para se financiar (i.e., a poupança externa). Em 2016, o endividamento externo não registou maior crescimento porque o investimento e o défice orçamental foram reprimidos. Todavia, continuando os atuais padrões de despesa pública e privada, a resolução de problemas estruturais, por via da retoma do investimento, vai exigir nova capacidade de dívida, a menos que o turismo reforce o desempenho positivo e os estrangeiros se interessem por investir diretamente em Portugal.
Os fundos disponíveis para Portugal não são abundantes. As taxas de juro revelam que os investidores estrangeiros exigem elevadas taxas de remuneração para os seus projetos. Juntando a volatilidade da balança de serviços - por força da conjuntura internacional - o ano de 2017 vai ser um ano de grandes desafios para financiar o investimento!
Artigo em conformidade com o novo Acordo Ortográfico
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
Álvaro Nascimento
22 de fevereiro de 2017 às 20:40
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