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A diferença de crescimento entre os dois lados do Atlântico

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A diferença de crescimento entre os dois lados do Atlântico Empty A diferença de crescimento entre os dois lados do Atlântico

Mensagem por Admin Qua Jul 30, 2014 7:46 pm

A diferença de crescimento entre os dois lados do Atlântico Img_126x126$_186398

A crise financeira mundial que estalou com toda a sua força em 2008 afectou a Europa e os Estados Unidos de forma similar - pelo menos no início. Em ambos os lados do Atlântico, o desempenho económico estagnou em 2009 e começou a recuperar em 2010.

Mas, à medida que a crise financeira se converteu na crise do euro, abriu-se um abismo económico entre os Estados Unidos e a Zona Euro. Nos últimos três anos (2011-2013), a economia americana cresceu mais cerca de seis pontos percentuais. Mesmo tendo em conta o aumento do diferencial demográfico, que agora representa cerca de meio ponto percentual por ano, a economia americana tem crescido mais cerca de 4,5 pontos percentuais, ao longo destes três anos, numa base per capita.
 
A principal razão para o fosso é a diferença no consumo privado, que cresceu nos Estados Unidos, mais caiu na Zona Euro, especialmente na periferia. Uma redução do consumo público, na verdade, subtraiu mais procura nos Estados Unidos (0,8 pontos percentuais) do que na União Europeia (0,1 pontos). Isto pode parecer ser algo surpreendente à luz de todo o debate sobre a austeridade imposta por Bruxelas. 

De facto, o consumo público na Zona Euro tem permanecido praticamente constante ao longo dos últimos três anos, ao mesmo tempo que desceu substancialmente nos Estados Unidos. (O mesmo é verdade no investimento público, embora isto constitua uma parte tão pequena do PIB, que as diferenças transatlânticas podem não ter tido um grande impacto no crescimento num horizonte de três anos.)
 
A contracção do investimento privado na Europa representa apenas uma pequena parte (um terço) do diferencial de crescimento. Embora as tensões nos mercados financeiros que acompanharam a crise do euro tenham tido um forte impacto negativo no investimento na periferia da Zona Euro, a procura de investimento também tem permanecido fraca nos Estados Unidos, minimizando a diferença geral.
 
A chave do diferencial de crescimento é a capacidade de resiliência do consumo privado nos Estados Unidos e isto não é surpreendente, dado que as famílias americanas reduziram consideravelmente os seus encargos com dívida face ao pico de mais de 90% do PIB que alcançaram precisamente antes da crise. O encargo inferior com a dívida é também uma razão-chave para que se estime que, este ano e no próximo, o consumo continue a crescer muito mais rápido nos Estados Unidos do que na Zona Euro.
 
Mas a questão crucial - e raramente colocada - é como as famílias americanas foram capazes de reduzir o seu encargo com a dívida durante um período de elevado desemprego e quase sem aumentos salariais, ainda que ao mesmo tempo conseguiram manter o crescimento do consumo. A resposta está nas hipotecas "sem recurso" e nos rápidos procedimentos de falência.
 
Milhões de casas americanas que foram compradas com hipotecas de alto risco ("subprime") foram executadas nos últimos anos, forçando os seus proprietários, incapazes de pagar a dívida das ditas casas, a saírem. Mas, como resultado das hipotecas sem recursos em muitos estados dos Estados Unidos, depois do dito processo de execução, toda a dívida imobiliária é extinta, mesmo se o valor da casa é demasiado baixo para cobrir o saldo do que ainda deve.
 
Além disso, mesmo nos estados onde há todos os recursos, pelo que os proprietários de casas continuam responsáveis pelo valor total do empréstimo (ou seja, a diferença entre o saldo a pagar e o valor recuperado pela venda da casa), os procedimentos americanos para a falência pessoal oferecem uma solução relativamente rápida. Milhões de americanos solicitaram a falência pessoal desde 2008 e assim extinguiram as suas dívidas pessoais. O mesmo se aplica a centenas de milhares de pequenas empresas.
 
Claro, houve também um aumento de falências na periferia da Zona Euro. Mas em países como Itália, Espanha e Grécia, a duração de um procedimento de falência é medida em anos, não em meses ou semanas, como nos Estados Unidos. 

Além disso, na maior parte da Europa continental, uma pessoa pode ser exonerada pela sua dívida depois de um longo período, frequentemente entre 5-7 anos, durante o qual quase todo o rendimento deve ser canalizado para o pagamento da dívida.
 
Nos Estados Unidos, pelo contrário, o período correspondente dura menos de um ano na maior parte dos casos. Além disso, as condições para ser liberto da dívida tendem a ser muito mais estritas na Europa. Um caso extremo é Espanha, onde a dívida hipotecária nunca é extinta, nem mesmo depois de uma falência pessoal.
 
Esta diferença-chave entre os Estados Unidos e a Europa (continental) explica a resiliência da economia americana face ao colapso do crédito. A dívida excessiva acumulada pelas famílias foi saldada muito mais rapidamente; e, uma vez as perdas sejam reconhecidas, as pessoas podem recomeçar.
 
A causa do diferencial de crescimento entre ambos os lados do Atlântico não deve, portanto, ser procurada na excessiva austeridade aplicada na Zona Euro ou na excessiva prudência do Banco Central Europeu. Há razões estruturais que explicam a lenta recuperação da economia da Zona Euro depois da crise na sua periferia. Mais importante, em comparação com os Estados Unidos, é que o excesso de dívida criado durante os anos de bonança tem sido muito mais difícil de saldar.
 
Os responsáveis europeus estão certos ao promoverem reformas estruturais nos mercados laborais e de produção dos países da União Europeia. Mas devem também focar-se em reformar e agilizar os procedimentos de falência, para que as perdas possam ser reconhecidas mais rapidamente e as famílias sobreendividadas possam recomeçar, em vez de ficarem "presas" durante anos. 
 
Director do Centro de Estudos Políticos Europeus
 
© Project Syndicate, 2014.
www.project-syndicate.org
Tradução: Raquel Godinho

30 Julho 2014, 20:24 por Daniel Gros
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