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França e Itália não cumprem metas do défice. Porquê?
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França e Itália não cumprem metas do défice. Porquê?
Nas últimas décadas muito se tem falado de Igualdade. Igualdade de género, de raça, de credo, de oportunidades. Mas esta tentativa de higienização social e económica tem demonstrado ser mais um meio do que um fim. Somos todos iguais, mas alguns são mais iguais que outros. Especialmente na União Europeia.
França e Itália apresentaram as suas propostas de orçamento de estado para 2015 na semana passada. A 2ª maior economia do Euro não vai cumprir as regras do tratado orçamental europeu novamente, pois não as cumpre desde 2008 com défices superiores a 5%. França diz que só cumpre a meta dos 3% de défice público em 2017, em vez de 2015 como está obrigada. Mas propõe-se atingir uns esforçados 4,3% em 2015. De forma semelhante, a 3ª maior economia do Euro não vai cumprir as regras fixadas para o controlo das finanças públicas. Itália propõe-se atingir um défice público de 2,8% em 2015, em vez dos 1,8% previstos.
França e Itália pretendem mais flexibilidade e tempo para reduzir défices públicos. Mas não pretendemos todos?
Esta pretensão é justificada pela situação difícil em que França e Itália se encontram. Com taxas de desemprego acima dos 10%, estagnação económica, endividamento público em torno de 95% e 135% do PIB respectivamente, descobriram agora que não é fácil cumprir as metas dos défices públicos. Ainda por cima as medidas de austeridade são impopulares e a popularidade dos governos em França e Itália é muito reduzida. Surpreendentemente.
Por isso é preferível falar em crescimento económico e alívio de medidas de contenção orçamental para dar mais oxigénio à economia e gerir o descontentamento político e social interno. Quem diria?
Se França e Itália estão de acordo é porque deve ser verdade e por isso devem ter razão. Mas como se isso não bastasse para aprendermos esta importante lição, também o BCE já tinha no mês passado tido a brilhante ideia de propôr a flexibilização do cumprimento das regras do tratado orçamental, com a novidade de reduzir impostos para gerar um efeito multiplicador na actividade económica.
Até o FMI já veio a semana passada apoiar a flexibilização, defendendo mais investimento público em infra-estruturas europeias. Tal como o novo Presidente da Comissão Europeia, Juncker, também já tinha proposto na sua campanha eleitoral um plano de investimento público como forma de acelerar o crescimento.
Amanhã irá realizar-se a cimeira europeia sobre emprego em Milão, onde este tema será certamente abordado, apesar de não constar da agenda formal.
Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda têm muito que aprender com estes grandes países e instituições.
Países que disparam primeiro e perguntam depois. Porque quem pergunta o que não deve, ouve o que não quer.
Mas Portugal está em fase de aprendizagem. Com eleições legislativas em 2015, todos os políticos ficam mais inteligentes e "preocupados" com o seu povo, sendo por isso mais fácil identificar e participar nesta nova vaga de fundo europeia. Contra a Alemanha. Contra as finanças públicas.
Hollande e Renzi já ultrapassaram Merkel pela esquerda em busca de popularidade. Com o empurrão de Draghi, Lagarde e Juncker. Coelho vai já descer impostos para mostrar que pode ir a jogo. Costa faria o mesmo.
PAULO BARRADAS | 7:00 Terça feira, 7 de outubro de 2014
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