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China também é ciência
Olhar Sines no Futuro :: Categoria :: Mundo :: Ásia :: China
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China também é ciência
As elites decisoras chinesas estão cientes que o futuro do país não poderá será apoiado por uma economia de baixos salários e pouca capacitação profissional. Isso seria uma armadilha de subdesenvolvimento.
Têm surgido notícias sobre o interesse chinês em desenvolver cooperação na área universitária com o espaço lusófono. Não há desculpas para estar distraído. Assinale-se: este é o país que já se comprometeu continuadamente a seguir uma "Estratégia de desenvolvimento baseada em inovação".
As elites decisoras chinesas estão cientes que o futuro do país não poderá será apoiado por uma economia de baixos salários e pouca capacitação profissional. Isso seria uma armadilha de subdesenvolvimento.
Que não hajam dúvidas: esta potência deixou o casulo da imitação e está a ganhar asas na inovação. China não é só quantidade, é qualidade; não é só escala, também é gama. O foco é o conhecimento, o saber tecnológico aplicado ao comércio.
Isso é uma estratégia explícita, e ainda há um ano foi re-enfatizada pelo Presidente Xi Jinping. É interessante o espaço lusófono ser contemplado. Dentro desse espaço, Portugal apresenta vantagens que o tornam um excelente destino e um ponto de passagem melhor ainda.É evidente que a relação histórica, nutrida através de Macau, pode justificar esta opção chinesa. A memória diplomática é longa na China. No entanto, dado o pragmatismo que se reconhece aos dirigentes deste país, a história não explica tudo.
Esta escolha crescente alicerça-se certamente em outros factores. Entre estes, a qualidade que Portugal pode oferecer na especialização de quadros superiores e o interesse estratégico que o bloco lusófono representa para a China. Note-se: até recentemente Portugal foi um país em pleno crescimento em investigação e inovação; depois Portugal mostrou capacidade de re-conversão na exportação e na mobilidade de quadros e empresas. Raramente louvadas publicamente há instituições em Portugal que estão a fazer um trabalho de grande recorte nesta matéria: na esfera do conhecimento as Relações Internacionais da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT); no âmbito do investimento a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC).
Vendo a partir do ISCTE é possível apreciar o seu trabalho, pois sabemos que é uma missão tão discreta quanto importante. O ISCTE desenvolveu ao longo de mais de 20 anos uma abordagem singular de ligação à China. Os nossos 23 alunos de doutoramento que estiveram em Lisboa a semana passada para painéis de avaliação (altos dirigentes das mais prestigiadas instituições e das maiores empresas) são a prova que vale a pena. Em Novembro virão mais.
Portugal precisa de valorizar os ‘stake-holders' de futuro se leva a sério esta pareceria multi-secular.
Sandro Mendonça
00.05 h
Económico
Têm surgido notícias sobre o interesse chinês em desenvolver cooperação na área universitária com o espaço lusófono. Não há desculpas para estar distraído. Assinale-se: este é o país que já se comprometeu continuadamente a seguir uma "Estratégia de desenvolvimento baseada em inovação".
As elites decisoras chinesas estão cientes que o futuro do país não poderá será apoiado por uma economia de baixos salários e pouca capacitação profissional. Isso seria uma armadilha de subdesenvolvimento.
Que não hajam dúvidas: esta potência deixou o casulo da imitação e está a ganhar asas na inovação. China não é só quantidade, é qualidade; não é só escala, também é gama. O foco é o conhecimento, o saber tecnológico aplicado ao comércio.
Isso é uma estratégia explícita, e ainda há um ano foi re-enfatizada pelo Presidente Xi Jinping. É interessante o espaço lusófono ser contemplado. Dentro desse espaço, Portugal apresenta vantagens que o tornam um excelente destino e um ponto de passagem melhor ainda.É evidente que a relação histórica, nutrida através de Macau, pode justificar esta opção chinesa. A memória diplomática é longa na China. No entanto, dado o pragmatismo que se reconhece aos dirigentes deste país, a história não explica tudo.
Esta escolha crescente alicerça-se certamente em outros factores. Entre estes, a qualidade que Portugal pode oferecer na especialização de quadros superiores e o interesse estratégico que o bloco lusófono representa para a China. Note-se: até recentemente Portugal foi um país em pleno crescimento em investigação e inovação; depois Portugal mostrou capacidade de re-conversão na exportação e na mobilidade de quadros e empresas. Raramente louvadas publicamente há instituições em Portugal que estão a fazer um trabalho de grande recorte nesta matéria: na esfera do conhecimento as Relações Internacionais da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT); no âmbito do investimento a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC).
Vendo a partir do ISCTE é possível apreciar o seu trabalho, pois sabemos que é uma missão tão discreta quanto importante. O ISCTE desenvolveu ao longo de mais de 20 anos uma abordagem singular de ligação à China. Os nossos 23 alunos de doutoramento que estiveram em Lisboa a semana passada para painéis de avaliação (altos dirigentes das mais prestigiadas instituições e das maiores empresas) são a prova que vale a pena. Em Novembro virão mais.
Portugal precisa de valorizar os ‘stake-holders' de futuro se leva a sério esta pareceria multi-secular.
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00.05 h
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