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Mensagem por Admin Qua Fev 25, 2015 6:49 pm

Compreender o choque suíço Img_126x126$2012_12_10_17_24_48_192660


Desde o espoletar da crise europeia das dívidas soberanas em 2009, todos questionaram o que aconteceria se um país abandonasse a Zona Euro. Primeiro, o debate focou-se nos países em crise – Grécia, ou talvez Portugal, Espanha, ou Itália. Posteriormente, houve uma discussão algo hipotética sobre o que aconteceria se um dos países com fortes excedentes – digamos, Finlândia ou Alemanha – abandonasse.


Com tudo isto, um consenso emergiu de que a saída de um país poderia – tal como o colapso do Lehman Brothers em 2008 – desencadear uma crise mais ampla. Agora, na Suíça, temos uma demonstração de apenas alguns dos riscos que poderiam surgir caso um país excedentário abandonasse a Zona Euro.
 
Em Setembro de 2011, a Suíça ligou a sua moeda ao euro para impor um limite à rápida valorização do franco suíço, após o início da crise financeira mundial em 2008. O país tornou-se, assim, um membro adjunto temporário da união monetária europeia. Contudo, a 15 de Janeiro, o Banco Nacional da Suíça (SNB) repentina e surpreendentemente cortou a ligação.
 
Obviamente, sair de um união monetária real é muito mais complexo e legalmente problemático, do que acabar temporariamente um acordo de taxa de câmbio; os efeitos de tal decisão seriam muito amplificados. De qualquer modo, a jogada suíça revela pelo menos uma das incertezas que uma saída de pleno direito poderia criar.
 
O SNB não foi forçado a agir por uma corrida especulativa. Nenhuma crise financeira o forçou a actuar e, em teoria, o diretório do SNB poderia ter mantido a taxa de câmbio e comprado activos estrangeiros indefinidamente. Mas amontoavam-se as crísticas internas acerca das enormes reservas em moeda estrangeira. 
 
Em particular, os conservadores suíços não gostavam do risco a que o SNB estava exposto. Temendo que as obrigações soberanas da Zona Euro não fossem seguras, insistiram que o SNB comprasse, por outro lado, reservas de ouro, forçando mesmo a um referendo sobre a matéria. Apesar de fracassada a iniciativa para requerer uma percentagem fixa de reservas de ouro, a perspectiva de um programa de alívio quantitativo de larga escala pelo Banco Central Europeu intensificou a pressão política para acabar com a ligação cambial.
 
Enquanto os economistas têm teorizado eficazmente acerca de ataques financeiros, tem havido pouco estudo sobre quando a pressão política torna-se insuportável e um banco central desiste. O SNB, por exemplo, declarou lealdade à ligação cambial apenas dias antes de a cortar. Como resultado, os mercados irão agora hesitar em acreditar nas declarações dos bancos centrais sobre próximas políticas e a orientação futura (um enorme instrumento após a crise) tornar-se-á muito mais difícil.
 
Há um precedente histórico para a vitória da pressão política e a recente decisão helvética. No final dos anos 1960, o Bundesbank teve de comprar activos em dólares, de modo a travar a valorização do marco alemão e a preservar a integridade da sua taxa de câmbio. A discussão na Alemanha focou-se nos riscos para o balanço do Bundesbank, bem como na pressão inflacionária que surgia da ligação cambial. Alguns conservadores alemães da altura teriam gostado de comprar ouro, mas o Bundesbank prometera à Reserva Federal dos EUA que não poria o dólar sobre pressão negativa ao vender as suas reservas de ouro.
 
Em 1969, a Alemanha revalorizou unilateralmente o marco alemão. Mas não foi suficiente para travar a entrada de moeda estrangeira e o Bundesbank foi obrigado a continuar a intervir. Continuou a cortar a taxa de juro, mas a entrada de capitais persistiu. Em Maio de 1971, o Governo alemão – contra as pretensões do Bundesbank – abandonou completamente a ligação ao dólar e deixou a moeda a flutuar.
 
A política prevaleceu sobre os compromissos do banco central. Em três meses, o colapso destruiu todo o sistema monetário internacional e o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, acabou com o papel de referência do dólar para o ouro. A credibilidade de todo o sistema de compromissos dos bancos centrais colapsou e a política monetária internacional tornou-se extremamente instável. O marco alemão valorizou e dificultou a vida aos exportadores alemães.
 
Hoje em dia, as ramificações globais de importantes acções dos bancos centrais são muito mais salientes do que em 1971. Quando o Bundesbank agiu unilateralmente, os bancos alemães não foram muito internacionais. Mas agora as finanças são globais, implicando enormes exposições dos balanços a oscilações cambiais.
 
Os maiores bancos suíços autofinanciam-se em francos suíços, já que muitas pessoas em todo o mundo querem a segurança dos activos em francos. Assim, compram activos em todo o mundo, em outras moedas. Quando as taxas de câmbio mudam abruptamente, os bancos enfrentam enormes perdas – uma versão de larga escala da estratégia dos ingénuos proprietários de imóveis húngaros, que emprestavam em francos suíços para financiar as próprias hipotecas.
 
Apesar de o SNB ter avisado várias vezes que a ligação ao euro não era permanente e emboram tenha imposto maiores rácios de capital aos bancos, o fim da ligação face ao euro surgiu como um enorme choque. As acções dos bancos suíços caíram mais rápido que o índice geral suíço.
 
Os riscos criados pela decisão do SNB – tal como foi transmitido em todo os sistema financeiro – têm grandes ramificações. Os efeitos negativos para a economia suíça – através da menor competitividade das suas industrias exportadoras (incluindo o turismo e a medicina) – poderá já estar a demonstrar que abandonar a ligação ao euro não foi uma boa ideia.
 
Mas as consequências não ficarão pela Suíça. Após anos de especulação sobre se a saída de um país pequeno e orçamentalmente fraco como a Grécia poderia prejudicar o euro, os responsáveis terão de lidar com um choque ainda maior decorrente da saída de um país pequeno e orçamentalmente forte, que nem é membro da União Europeia.
 
Markus Brunnermeier é professor de Economia e director do Bendheim Center for Finance na Universidade de Princeton. Harold James é Professor de História e Relações Internacionais em Princeton.
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org

Tradução: André Tanque Jesus

25 Fevereiro 2015, 14:01 por Harold James, Markus Brunnermeier
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