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Comércio Internacional Já Não É O Motor Do PIB Mundial
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Comércio Internacional Já Não É O Motor Do PIB Mundial
Uma combinação preocupante entre um crescimento económico estagnado, uma pressão anémica dos preços e um contínuo excesso de produção, conduzem a previsões moderadas para o comércio internacional, refere a Euler Hermes, acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos.
Para identificar estas três razões para o prolongado abrandamento económico no comércio, a Euler Hermes, líder mundial em seguro de créditos, aponta em primeiro lugar os efeitos dos programas de austeridade na despesa pública – uma componente histórica forte para o crescimento das economias. Em segundo lugar, o volume de exportações e importações diminuiu e por força da relação natural existente, o impacto nas cadeias de produção foi exponencial o que vem enfraquecer ainda mais o comércio e o crescimento mundiais. Por último, e mais importante, o crescimento do consumo privado e do investimento – os principais ingredientes para a expansão do comércio internacional – são muito modestos. Em consequência, o comércio internacional já não é o motor do PIB mundial, está apenas a acompanhar o seu andamento, diz a Euler Hermes.
A seguradora prevê que o crescimento nominal do comércio internacional seja de apenas 1,8% este ano e de 4,5% em 2016, uma fração dos 12% registados anualmente entre 2001 e 2008. O relatório antecipa que um aumento da pressão negativa sobre os preços resultará num “tombo” de 560 mil milhões de dólares no comércio internacional em 2015, numa altura em que a recuperação mundial de bens e serviços continua em dificuldade, sete anos passados da crise financeira. “A ameaça do desenvolvimento de um ciclo vicioso é real: intensificam-se as pressões deflacionárias e as margens operacionais são esmagadas a um ponto tal que, estando os preços ao consumidor tão baixos, as empresas têm dificuldade em manter as suas margens”, diz a Euler Hermes.
Em consequência, os países têm um apetite voraz para conseguir aumentar a sua procura interna, enquanto se focam em estimular as exportações. Isto pode acarretar alguns riscos, nomeadamente, um maior protecionismo sob a forma de guerra de divisas, controlo de preços e outras medidas restritivas ao comércio.
“É fundamental que as empresas exportadoras tenham atenção aos três P’s dos riscos na exportação: Preços, Protecionismo e não-Pagamento”, sublinha o economista chefe da Euler Hermes, Ludovic Subran. “Isto implica gerir uma concorrência de preços a nível mundial, medidas de protecionismo nacionais e o risco de incumprimento por parte dos clientes para atingir com êxito o desafio da internacionalização.” O relatório da Euler Hermes refere mesmo que as faltas de pagamento por parte de clientes empresariais se estão a tornar uma das maiores preocupações. O tempo que as empresas têm de esperar até ao pagamento (prazo médio de recebimento), está a aumentar mundialmente. Durante este período de espera, os fornecedores estão a conceder crédito aos seus clientes, gerando uma pressão adicional nos seus fluxos de caixa.
De acordo com o presidente da COSEC, Miguel Gomes da Costa, “a atual conjuntura económica tem levado as empresas a analisar melhor a relação com os seus clientes e a ponderar os riscos que podem advir dos seus negócios, ainda mais quando é equacionada a perspetiva de exploração de novos mercados”. Assim ferramentas de mitigação deste risco, “como o seguro de créditos, ajudam a dotar as empresas exportadoras de um elevado grau de confiança nas suas tomadas de decisão”.
Exportações nacionais crescem 5% em 2015
A atual conjuntura económica, com a queda do preço do petróleo, a evolução da cotação do euro e as baixas taxas de juro, permitem antever uma melhoria no crescimento das exportações nacionais, diz o relatório da Euler Hermes. Contudo, estas condições favoráveis não podem ser tomadas como garantia, dado as implicações que estes fatores podem vir a ter em economias emergentes, com as quais Portugal tem vindo a fortalecer as suas relações, diversificando o destino das suas exportações. Neste contexto, a seguradora prevê ainda assim um ligeiro crescimento do ritmo das exportações em relação ao ano passado, apontando as atuais previsões para um crescimento entre 4 a 5% em 2015. Estas previsões estão aliás em linha com o aumento de cerca de 6% da exposição da COSEC em mercados externos,verificado no final de 2014.
Carlos Caldeira
26 Março, 2015 16:40
OJE.pt
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