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Site sobre a crise passa a incluir estatísticas regulares do tecido empresarial
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Site sobre a crise passa a incluir estatísticas regulares do tecido empresarial
Dezasseis indicadores reúnem informação sobre criação e dissolução de empresas, número de trabalhadores, volume de negócios ou exportações.
O site Conhecer a Crise, lançado há dois anos com 125 indicadores estatísticos que ajudam a ler os “sinais” da crise económica em Portugal, passou a incluir uma área centrada no tecido empresarial português, com dados anuais e trimestrais actualizados a partir de novos indicadores. Como tem evoluído a constituição e a dissolução de empresas? Qual a taxa de sobrevivência das empresas a cada ano que passa? Quantos trabalhadores tem, em média, uma sociedade? Quantas empresas são exportadoras?
Os números que dão resposta a estas perguntas – e a outros dados estatísticos sobre o sector empresarial – foram trabalhados pela analista Informa D&B, que nesta quinta-feira assinou um protocolo com a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), a responsável pelo portal Conhecer a Crise, umsite que o sociólogo e presidente da fundação, António Barreto, vê como “irmão” ou “filho” do Pordata (http://www.pordata.pt).
Aos indicadores que agregam informação estatística sobre apoios sociais, conjuntura económica, balança de pagamentos, despesas das famílias, endividamento, finanças públicas, trabalho ou habitação, juntam-se agora 16 novos indicadores sobre actividade empresarial.
Alguns dados de conjuntura já abrangiam o universo empresarial (por exemplo, quanto à produção industrial, ao endividamento de empresas ou ao sentimento económico dos empresários em vários sectores de actividade). O que a nova secção vem acrescentar é uma análise mais fina sobre as empresas em torno de quatro grandes áreas: a caracterização do tecido empresarial, os nascimentos, a sobrevivência e os encerramentos de empresas, o perfil das exportadoras e as empresas que têm um crescimento elevado.
Quando, em Março de 2012, o site arrancou com os primeiros indicadores (actualizados à medida que são conhecidos dados oficiais), António Barreto falava num “alarme público” em torno de uma crise “muito fértil em rumor urbano e em boato”. Dois anos depois, mantém o radar no mesmo sentido e diz ser preciso prudência – e deixar correr o tempo – para não se tirarem conclusões precipitadas sobre alguns indicadores. Alguns dados analisados no contexto da austeridade sobre mortalidade infantil, homicídios, o número de divórcios, assaltos, por exemplo, “não resistem à mais simples análise”, afirmou Barreto durante a apresentação da parceria com a Informa D&B.
Um exemplo: “É possível concluir que, até 2010-2011, as desigualdades sociais em Portugal estavam em diminuição marcada, clara – [de forma] muito gradual, muito lenta, mas estavam; é possível pensar, com os primeiros dados que temos, que, a partir de 2011-2012, esse movimento de diminuição das desigualdades estagnou ou até talvez tenha havido uma inversão”. Mas, para se chegar a conclusões, são precisos mais anos, afirmou ao PÚBLICO o ex-ministro da Agricultura e Pescas. “Há esses sinais e a nossa preocupação é começar a detectá-los para depois os poder interpretar”.
Foi este o trabalho que o projecto estendeu agora aos indicadores sobre o tecido empresarial. Alguns dados trabalhados pela Informa D&B: em 2012, 61% das empresas tinham um volume de negócios anual inferior a 250 mil euros; o número médio de trabalhadores era de 7,5; o número de empresas activas tem vindo a cair, passando de 372.346, em 2010, para 365.362, em 2012; a taxa de sobrevivência das empresas caiu para 86,6%; por cada empresa dissolvida em 2013, nasceram 2,3 novas empresas.
Para cada dado, explicou António Barreto à margem da apresentação da parceria com a Informa D&B, o objectivo é “mostrar onde é que começam as mudanças no sentido bom ou mau”, cingindo a leitura aos dados estatísticos e permitindo aos utilizadores do site relacionar alguns dos indicadores.
PEDRO CRISÓSTOMO
06/03/2014 - 16:42
© 2014 PÚBLICO
Comunicação Social SA
António Barreto, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, pede prudência na interpretação dos indicadores económicos NUNO FERREIRA SANTOS
O site Conhecer a Crise, lançado há dois anos com 125 indicadores estatísticos que ajudam a ler os “sinais” da crise económica em Portugal, passou a incluir uma área centrada no tecido empresarial português, com dados anuais e trimestrais actualizados a partir de novos indicadores. Como tem evoluído a constituição e a dissolução de empresas? Qual a taxa de sobrevivência das empresas a cada ano que passa? Quantos trabalhadores tem, em média, uma sociedade? Quantas empresas são exportadoras?
Os números que dão resposta a estas perguntas – e a outros dados estatísticos sobre o sector empresarial – foram trabalhados pela analista Informa D&B, que nesta quinta-feira assinou um protocolo com a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), a responsável pelo portal Conhecer a Crise, umsite que o sociólogo e presidente da fundação, António Barreto, vê como “irmão” ou “filho” do Pordata (http://www.pordata.pt).
Aos indicadores que agregam informação estatística sobre apoios sociais, conjuntura económica, balança de pagamentos, despesas das famílias, endividamento, finanças públicas, trabalho ou habitação, juntam-se agora 16 novos indicadores sobre actividade empresarial.
Alguns dados de conjuntura já abrangiam o universo empresarial (por exemplo, quanto à produção industrial, ao endividamento de empresas ou ao sentimento económico dos empresários em vários sectores de actividade). O que a nova secção vem acrescentar é uma análise mais fina sobre as empresas em torno de quatro grandes áreas: a caracterização do tecido empresarial, os nascimentos, a sobrevivência e os encerramentos de empresas, o perfil das exportadoras e as empresas que têm um crescimento elevado.
Quando, em Março de 2012, o site arrancou com os primeiros indicadores (actualizados à medida que são conhecidos dados oficiais), António Barreto falava num “alarme público” em torno de uma crise “muito fértil em rumor urbano e em boato”. Dois anos depois, mantém o radar no mesmo sentido e diz ser preciso prudência – e deixar correr o tempo – para não se tirarem conclusões precipitadas sobre alguns indicadores. Alguns dados analisados no contexto da austeridade sobre mortalidade infantil, homicídios, o número de divórcios, assaltos, por exemplo, “não resistem à mais simples análise”, afirmou Barreto durante a apresentação da parceria com a Informa D&B.
Um exemplo: “É possível concluir que, até 2010-2011, as desigualdades sociais em Portugal estavam em diminuição marcada, clara – [de forma] muito gradual, muito lenta, mas estavam; é possível pensar, com os primeiros dados que temos, que, a partir de 2011-2012, esse movimento de diminuição das desigualdades estagnou ou até talvez tenha havido uma inversão”. Mas, para se chegar a conclusões, são precisos mais anos, afirmou ao PÚBLICO o ex-ministro da Agricultura e Pescas. “Há esses sinais e a nossa preocupação é começar a detectá-los para depois os poder interpretar”.
Foi este o trabalho que o projecto estendeu agora aos indicadores sobre o tecido empresarial. Alguns dados trabalhados pela Informa D&B: em 2012, 61% das empresas tinham um volume de negócios anual inferior a 250 mil euros; o número médio de trabalhadores era de 7,5; o número de empresas activas tem vindo a cair, passando de 372.346, em 2010, para 365.362, em 2012; a taxa de sobrevivência das empresas caiu para 86,6%; por cada empresa dissolvida em 2013, nasceram 2,3 novas empresas.
Para cada dado, explicou António Barreto à margem da apresentação da parceria com a Informa D&B, o objectivo é “mostrar onde é que começam as mudanças no sentido bom ou mau”, cingindo a leitura aos dados estatísticos e permitindo aos utilizadores do site relacionar alguns dos indicadores.
PEDRO CRISÓSTOMO
06/03/2014 - 16:42
© 2014 PÚBLICO
Comunicação Social SA
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