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UE aproveita crise na Ucrânia para diminuir dependência da Rússia
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UE aproveita crise na Ucrânia para diminuir dependência da Rússia
Putin assinou ontem, com um sorriso, a lei que integra formalmente a Crimeia na Rússia, apesar das sanções
A crise nas relações com a Rússia deu o empurrão que parecia faltar ao projecto de criação de um mercado único de energia, com o reforço das interligações entre os sistemas eléctrico e de transporte de gás.
Até Junho, a Comissão Europeia vai desenhar um plano de acção para reduzir a dependência energética da Rússia. Para o presidente do Conselho Europeu, esta questão é "particularmente pertinente no actual contexto". Herman Van Rompuy frisou que, se a União Europeia (UE) não agir, a sua dependência do gás e do petróleo externos atingirá os 80% até 2035. O problema é particularmente crítico em relação ao gás natural russo, cujas importações representam 27% do consumo da UE, percentagem que é muito maior na Europa Central. "Sessenta e quatro anos após a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), devemos evoluir para uma União da Energia", defendeu Van Rompuy.
A UE vai financiar o investimento nas interligações, designadamente entre a península Ibérica e França. Este projecto foi defendido por Portugal, que quer exportar energia renovável para a Europa, mas tem sido travado pelas reticências francesa no reforço da interligação a Espanha. Para além de capacidade de produção eléctrica excedentária, a península tem também contratação em excesso de gás natural e ambiciona ser alternativa à Rússia no abastecimento de gás por via dos terminais de gás natural liquefeito (GNL) ao longo da costa, onde se inclui Sines. Para o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a aposta europeia no reforço das redes é, por isso, "do maior interesse para Portugal".
TRAVAR A RÚSSIA Num gesto que demonstra o apoio de Bruxelas a Kiev após a anexação da Crimeia pela Rússia, a UE e a Ucrânia assinaram um acordo para estreitar os laços económicos e políticos. Em comunicado, Van Rompuy afirmou que o documento "reconhece as aspirações do povo ucraniano a viver num país governado por valores, por democracia e pelo Estado de direito". Para o primeiro-ministro interino na Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, ontem foi um "dia histórico". "Queremos fazer parte da grande família europeia e este é um tremendo passo para a Ucrânia atingir o principal objectivo: tornar-se um Estado-membro com plenos direitos", disse Yatsenyuk, acrescentando que "a melhor forma de travar a Rússia é impondo o poder económico".
Enquanto as alíneas políticas do acordo foram ontem assinadas em Bruxelas, as secções económicas e comerciais apenas serão tratadas após as eleições presidenciais de Maio.
No fim do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se "muito contente" por os líderes europeus terem conseguido encontrar uma posição conjunta face à crise no país. Já o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que a melhor repreensão para Moscovo seria uma Ucrânia forte e bem-sucedida.
Com Sara Sanz Pinto
Por Ana Suspiro
publicado em 22 Mar 2014 - 05:00
Até Junho, a Comissão Europeia vai desenhar um plano de acção para reduzir a dependência energética da Rússia. Para o presidente do Conselho Europeu, esta questão é "particularmente pertinente no actual contexto". Herman Van Rompuy frisou que, se a União Europeia (UE) não agir, a sua dependência do gás e do petróleo externos atingirá os 80% até 2035. O problema é particularmente crítico em relação ao gás natural russo, cujas importações representam 27% do consumo da UE, percentagem que é muito maior na Europa Central. "Sessenta e quatro anos após a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), devemos evoluir para uma União da Energia", defendeu Van Rompuy.
A UE vai financiar o investimento nas interligações, designadamente entre a península Ibérica e França. Este projecto foi defendido por Portugal, que quer exportar energia renovável para a Europa, mas tem sido travado pelas reticências francesa no reforço da interligação a Espanha. Para além de capacidade de produção eléctrica excedentária, a península tem também contratação em excesso de gás natural e ambiciona ser alternativa à Rússia no abastecimento de gás por via dos terminais de gás natural liquefeito (GNL) ao longo da costa, onde se inclui Sines. Para o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a aposta europeia no reforço das redes é, por isso, "do maior interesse para Portugal".
TRAVAR A RÚSSIA Num gesto que demonstra o apoio de Bruxelas a Kiev após a anexação da Crimeia pela Rússia, a UE e a Ucrânia assinaram um acordo para estreitar os laços económicos e políticos. Em comunicado, Van Rompuy afirmou que o documento "reconhece as aspirações do povo ucraniano a viver num país governado por valores, por democracia e pelo Estado de direito". Para o primeiro-ministro interino na Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, ontem foi um "dia histórico". "Queremos fazer parte da grande família europeia e este é um tremendo passo para a Ucrânia atingir o principal objectivo: tornar-se um Estado-membro com plenos direitos", disse Yatsenyuk, acrescentando que "a melhor forma de travar a Rússia é impondo o poder económico".
Enquanto as alíneas políticas do acordo foram ontem assinadas em Bruxelas, as secções económicas e comerciais apenas serão tratadas após as eleições presidenciais de Maio.
No fim do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se "muito contente" por os líderes europeus terem conseguido encontrar uma posição conjunta face à crise no país. Já o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que a melhor repreensão para Moscovo seria uma Ucrânia forte e bem-sucedida.
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publicado em 22 Mar 2014 - 05:00
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