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TERÁ SALVAÇÃO O COMÉRCIO TRADICIONAL?
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TERÁ SALVAÇÃO O COMÉRCIO TRADICIONAL?
O tema é recorrente e divide os que acham que o comércio tradicional pura e simplesmente não tem salvação e os que defendem que salvar o comércio tradicional é salvar a genuinidade e identidade das comunidades.
Depois o assunto presta-se a muitos equívocos. O mais usual é a confusão que se faz entre o que é comércio local e o que é comércio tradicional. Porque se o segundo pode ser diferenciador, sobretudo em zonas turísticas, já o primeiro pode não ter absolutamente diferença nenhuma de outros tantos que se vêm em toda a parte. Tudo o mais entra nas regras de mercado e é o salve-se quem puder.
Em zonas de baixa densidade populacional como o são o interior e particularmente o Alentejo, o debate alcança outro patamar e que coloca Comércio Tradicional Versus Centros Comerciais.
Uns porque não querem ser obrigados a ir a Espanha ou ao Litoral para poderem fazer compras com preços competitivos, muita escolha e abertos todos os dias, outros porque defendem que Centros Comerciais colocam em perigo o débil equílibrio do pequeno comércio que se concentra nos Centros Históricos e isso pode ser elemento que contribui para acelerar a sua degradação. Estes últimos não se importarão de comprar longe quando não há oferta.
Entretanto a realidade vai sendo gerida como é possível.
Novas gerações abrem pequenas lojas inovadoras nos Centros Históricos com produtos tradicionais, cuidados de marketing, na relação com o cliente e até nos horários, que são adaptados ao ritmo de vida dos nossos dias. Por outro lado associações comerciais, autarquias e outras entidades empenham-se em convencer lojistas antigos a mudar um pouco e a submeterem-se aos novos hábitos de consumo e às novas exigências dos consumidores, a operar mudanças na imagem, com montras mais apelativas e até a organizarem-se entre si e suportarem animações períodicas de rua, de forma a atrair pessoas aos locais, confiando que isso as levará a consumir.
E o Natal é a época por excelência de consumo, em que a generalidade das pessoas gasta mais do que o habitual. Por isso autarquias como a de Beja lançam por esta altura campanhas de promoção e dinamização do comércio local/tradicional, onde incentivam a que as compras de Natal sejam feitas nas pequenas lojas que os Centros Históricos conhecem. Para atrair pessoas para as ruas a autarquia de Beja tem, por exemplo, preparada animação de rua, um Mercado de Natal com produtores locais e produtos regionais e até um sorteio de Natal através da troca de recibos de compra por cupões para o sorteio.
Mas vai mais longe e autoriza a abertura dos estabelecimentos comerciais das 6 horas da manhã até às 21 horas, sem interrupções e sem formalidades e oferece estacionamento em determinados parques da cidade.
O que fica a faltar? Primeiro dinheiro no bolso dos consumidores e confiança para o gastar. Depois lojas atrativas e com produtos de qualidade e diversificados. Depois vontade em ter as lojas abertas mais horas e simpatia em todas as circunstâncias. Para além disso preços razoáveis.
Não se pode dizer que não se faz o possível para salvar o Comércio Tradicional. Quando as autarquias se envolvem no processo são recursos públicos que são aplicados nesse esforço. Terá salvação o Comércio Tradicional?
Isso é uma decisão do consumidor.
EDITOR
4 Dezembro 2015
11:34
Tribuna Alentejo.pt
A nota é há boa gente mau educação a acredita o facto das superfícies comerciais e dos centros comerciais mais culpado o facto de comercio local no centro histórico a fecho dele, é o errado mais culpado e é a realidade menos culpado, é o facto mais culpado a demográfica territorial e turística a falta no local e com a desvantagem de conhecido das políticas empresariais como as avaliações económicas e rendimento em locais.
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