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Análise: Caminhos futuros para a logística
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Análise: Caminhos futuros para a logística
Perguntámos a economistas, académicos, empresários e associações do setor quais são os desafios logísticos para Portugal. O pragmatismo reina e já ninguém se deixa levar por megalomanias como a “porta de entrada da Europa” ou infraestruturas XPTO. Resolver estrangulamentos, priorizar investimentos específicos e concretizá-los é o que se pede ao Estado. Às empresas cabe trabalhar, de olhos postos fora do país.
“Sendo infraestrutural, o setor dos transportes e logística deve ser capaz de responder às solicitações que a economia lhe faz”, defende João César das Neves, contactado pela LOGÍSTICA & TRANSPORTE HOJE para dar a sua opinião sobre os desafios futuros da logística em Portugal. O economista adianta que o grande desafio é “estar presente e saber ajustar-se o melhor possível às mudanças tecnológica, geográfica, económica e social” a que se assiste, defende o economista, que considera que o sucesso do setor depende de “não se dar por ele, porque o seu funcionamento é suave e eficiente”.
Para Portugal ter uma logística eficiente é preciso que os decisores públicos identifiquem, mas mais do que isso, avancem com os investimentos prioritários na info e infraestruturas logísticas, os tais que vão criar valor para as empresas e para a economia, e que “contribuam para posicionar Portugal como um centro logístico competitivo a nível europeu”, como afirma Alcibíades Paulo Guedes. O desafio não é pequeno: “Teremos de ser muito seletivos”, avisa o Presidente da APLOG. Sobretudo nos tempos que correm, em que à pequena dimensão da economia nacional se juntam os fortes constrangimentos aos investimentos. Não avançar é sinónimo de perpetuar os estrangulamentos que continuam a comprometer a eficiência das cadeias de abastecimento.
José Crespo de Carvalho, docente no ISEG concretiza. “Os principais desafios são sistémicos” e “ao Estado cabe construir o software que permita às empresas trabalharem”. O professor elege os investimentos prioritários: “Encontrar um sistema portuário novo, agregado, onde Setúbal funcione articulado com Lisboa e Aveiro com Leixões. Precisamos de ter apenas três portos em Portugal: Sines, Setúbal-Lisboa e Aveiro-Leixões”. Outro investimento prioritário é a construção de uma linha de caminho-de-ferro ligando Sines, Lisboa e Porto com uma derivação para Espanha. Na rodovia importa a “A1, A2 e A3, o IP3 e IP5, a A22 e A23. Tudo o resto deveria ser muito bem pensado (ou repensado)”, defende o professor.
Outro desafio é alinhar a nossa estratégia logística à política europeia para os transportes. Os constrangimentos à intermodalidade são o tema que mais preocupa Sandra Augusto, Diretora de Logística da Auto-Europa. É neste aspeto que “Portugal deve apostar visando a criação de vantagens competitivas”. Os especialistas consultados veem as exportações como “um dos caminhos para o futuro da atividade logística em Portugal, até porque têm efeitos diretos na economia portuguesa”, segundo afirma Carla Fernandes, presidente da APOL. Muitos operadores logísticos têm encontrado nos mercados externos uma solução para contrabalançar a retração do mercado interno e os mercados de língua portuguesa têm-se apresentado como “um alvo natural”.Mas as exportações não são condição suficiente para o futuro da logística e da economia nacional.
8 - Caminhos de futuro para a logística:
1. Criar ligações estratégicas com centros de consumo
2. Definir os investimentos prioritários nos transportes e plataformas logísticas
3. Resolver os missing links da rede continuam a ser constrangimentos à intermodalidade
4. A internacionalização dos operadores logísticos, em especial para os mercados de língua portuguesa
5. As exportações, mas atenção ao desequilíbrio de fluxos!
6. Aplicar ao dia-a-dia dois conceitos chave: integração e colaboração
7. Fomentar o crescimento do outsourcing
8. A concentração de operadores
por Sandra Costa
5 de Dezembro - 2013
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