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Um olhar duro para a suave economia mundial

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Mensagem por Admin Sex Dez 18, 2015 5:13 pm

A economia mundial está a instalar-se numa rota de crescimento lento, tendo sido levada até aí pela incapacidade ou falta de vontade dos responsáveis políticos para abordar os principais obstáculos a nível mundial.

De facto, mesmo o actual ritmo anémico de crescimento é provavelmente insustentável. A questão é se uma avaliação honesta dos impedimentos que enfrenta o desempenho económico em todo o mundo vai impelir os responsáveis políticos à acção.

Desde 2008, o crescimento real acumulado (ajustado à inflação) nas economias desenvolvidas ascendeu a uns meros 5-6%. Durante o mesmo período, o PIB da China subiu cerca de 70%, fazendo dela o maior contribuinte para o crescimento mundial; o dito crescimento, por sua vez, foi substancialmente ajudado pelo investimento impulsionado pelo endividamento. E, de facto, à medida que este estímulo se desvanece, torna-se cada vez mais evidente o impacto no crescimento da China da procura insuficiente dos países avançados.

O crescimento está a ser penalizado de todos os lados. A alavancagem está a aumentar, com cerca de 57 biliões de dólares empilhados em todo o mundo desde que a crise financeira mundial começou. E essa alavancagem – em grande parte o resultado da expansão monetária na maioria das economias avançadas mundiais – nem sequer cumpre o objectivo  de impulsionar a procura agregada de longo prazo. Acima de tudo, as políticas monetárias acomodatícias podem, no melhor dos casos, simplesmente ganhar tempo para que surjam fontes mais duradouras de procura.

Além disso, um período prolongado de baixas taxas de juro elevou os preços dos activos, levando-os a divergir do desempenho económico. Mas, ainda que as taxas de juro possivelmente se mantenham baixas, o seu impacto nos preços dos activos provavelmente não vai persistir. Como resultado, é possível que os retornos dos activos diminuam face ao passado recente; considerando que já se alargou amplamente a crença de que estes preços estão em território de bolha, é provável que ocorra uma correcção em baixa. Qualquer impacto positivo que os efeitos da riqueza tivessem no consumo e na desalavancagem, não se pode esperar que continuem.

O mundo também enfrenta um problema sério de investimento, que o baixo custo do capital não fez praticamente nada para ultrapassar. O investimento do sector público já está abaixo do nível necessário para sustentar um crescimento robusto, devido à sua contribuição insuficiente para a procura agregada e para os ganhos de produtividade.

A explicação mais provável para esta falta de investimento público são os constrangimentos orçamentais. E, de facto, a dívida e os passivos sem financiamento não gerados pelo endividamento pesam cada vez menos, tornando-se um peso para os balanços do sector público e dos fundos de pensões, penalizando as bases de um crescimento resiliente e sustentável.

Mas se a melhor forma de reduzir o sobre-endividamento soberano é atingir um crescimento do PIB nominal (a combinação do crescimento real e da inflação) mais elevado, cortar o investimento - um ingrediente chave numa estratégia pró-crescimento- não é uma abordagem sólida. Em vez disso, as regras orçamentais devem segregar o investimento público e, assim, facilitar uma resposta diferenciada na consolidação orçamental.

O aumento do investimento do sector público pode ajudar a estimular o investimento do sector privado, que também está severamente deprimido. Nos Estados Unidos, o investimento apenas supera os níveis pré-crise, embora o PIB tenha crescido 10%. E os Estados Unidos não são os únicos nesta situação.

Claramente, a deficiente procura agregada tem tido um papel ao reduzir o incentivo à expansão da capacidade. Em algumas economias, a rigidez estrutural afecta, de forma adversa, os incentivos e a rentabilidade dos investimentos. Do mesmo modo, a opacidade regulatória - e, de forma mais ampla, a incerteza sobre a direcção da política económica - tem desencorajado o investimento. E certo tipo de activismo dos accionistas produziu uma visão de curto prazo por parte das empresas.

Há também um problema de intermediação. Grandes conjuntos de poupanças agregadas nos fundos soberanos, fundos de pensões e seguradoras podem ser usados, por exemplo, para satisfazer as enormes necessidades de financiamento de infra-estruturas e urbanização que têm as economias emergentes. Mas os canais para os tais tipos de investimento - que podem fazer muito para impulsionar o crescimento mundial - estão entupidos.

Ao mesmo tempo, as forças tecnológicas e do mercado têm contribuído para a polarização do emprego, com a conseguinte deterioração gradual da categoria dos rendimentos médios. A automatização, por exemplo, parece ter impulsionado uma inesperada e rápida diminuição do emprego em postos de trabalho rotineiros. Isto conduziu à estagnação dos rendimentos médios e ao aumento da desigualdade de rendimentos, sendo que ambos têm restringido a componente do consumo privado da procura agregada.

Mesmo um dos factores que aumentou eficazmente os rendimentos disponíveis e aumentou a procura – os preços das matérias-primas têm diminuindo acentuadamente, particularmente dos combustíveis fósseis - é, em última instância, um factor problemático. De facto, para os países exportadores de matérias-primas, a queda nos preços está a gerar ventos contrários, tanto orçamentais como económicos, de intensidade variável.

A inflação - ou a falta dela - apresenta ainda mais desafios. O crescimento dos preços está muito abaixo dos objectivos e está a descer em muitos países. Se isto se tornar numa deflação plena e avançada, acompanhada pela subida descontrolada das taxas de juro reais, o risco para o crescimento seria grave. Mesmo uma inflação muito baixa penaliza a capacidade dos países para responderem ao excesso de endividamento. E há poucos sinais de pressões inflaccionistas, mesmo nos Estados Unidos, que estão perto de alcançar o "pleno" emprego. Tendo em conta estes grandes défices na procura e as brechas de produção, não deveria surpreender a ninguém que mesmo condições monetárias excepcionalmente generosas têm provado ser insuficientes para elevar a inflação.

Com poucas opções para combater a deflação, os países têm recorrido às desvalorizações competitivas. Mas esta não é uma estratégia eficaz para captar uma quota mais elevada da procura comercial a nível mundial, se todos fizerem o mesmo. E definir como meta uma taxa de câmbio competitiva não responde ao problema da procura agregada.

Se a economia mundial continuar na sua trajectória actual, um período de intensa volatilidade pode desestabilizar várias economias emergentes, ao mesmo tempo que penaliza os esforços de desenvolvimento em todo o mundo. É por isso que os responsáveis políticos devem agir agora.

Para começar, os governos devem reconhecer que os bancos centrais, independentemente das boas intenções com que serviram as suas economias, não podem fazê-lo sozinhos. As reformas complementares são necessárias para manter e melhorar os canais de transmissão da política monetária e evitar os efeitos secundários adversos. Em muitos países - como França, Itália e Espanha - as reformas desenhadas para aumentar a flexibilidade estrutural são também cruciais.

Além disso, devem ser eliminados os obstáculos a um maior e mais eficiente investimento no sector público e privado. E os governos devem implementar medidas para redistribuir os rendimentos, melhorar a prestação de serviços básicos e equipar a força de trabalho para tirar partido das mudanças em curso na estrutura económica.

Gerar a vontade política para chegar até algum destes feitos não será um caminho fácil. Mas um olhar honesto ao lamentável estado - e à trajectória pouco prometedora - da economia mundial ajudará, esperamos, a que os responsáveis políticos façam o que é necessário fazer.
 
Michael Spence, laureado com o Prémio Nobel da Economia, é professor de Economia na Stern School of Business de Nova Iorque, e conselheiro no Instituto Hoover. O seu livro mais recente intitula-se The Next Convergence – The Future of Economic Growth in a Multispeed World.
 
Copyright: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org
Tradução: Raquel Godinho

17 Dezembro 2015, 20:30 por Michael Spence
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